38. Eu preciso te falar uma coisa

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— O que a Genilda queria? — Mônica perguntou assim que Bianca soltou o telefone e foi até o balcão lhe ajudar com as flores.

— Ela quer que eu vá com ela para a fundação. — Mônica gargalhou.

— Para a fundação? Terminou com a filha e começou com a mãe?

— Não, com a filha não terminou ainda. — Respondeu no automático e sua tia arregalou os olhos.

— Como não?

Bianca foi salva por Marcela, que chegou comentando que havia postado o perfil de Mônica em suas redes falando sobre os pratos e salgadinhos, deixando todas em choque ao entrarem no perfil e verem ele com mais de dez mil seguidores. Aparentemente, estar com o nome na alta sociedade de São Paulo, significava um passo a mais para se tornar digital influencer.

— Imagina o tanto que a Gizelly vai perturbar quando descobrir sobre isso?! — Bia falou rindo e as outras concordaram, a garota iria pirar querendo tornar sua tia uma Paola Carosella da vida. — Está bem, vou indo lá então. — Pegou suas coisas e ouviu ao fundo sua tia fazer alguns comentários enciumados, rindo da situação e deixando a floricultura.

— E aqui está Rafaella Kalimann. — B2 riu ao ver o carro parar em frente à loja menos de cinco minutos depois de Bianca sair e Gizelly chegar.

— Bianca está aqui? — Perguntou a mulher ao encontrar Mônica, Gizelly, B2 e Marcela lado a lado lhe esperando em frente ao balcão da loja.

— Por que você está procurando por ela? — Perguntou a mais velha do local.

— Eu preciso falar com ela.

— Não sabemos onde ela está. — Deu de ombros.

— Ela saiu. — B2 sorriu convencida.

— Saiu?

— Sim, e antes disso, ela saiu do escritório. — Gizelly completou. — E agora saiu daqui. Como gosta de sair essa garota!

— Está bem. — Baixou a cabeça. — Quando ela voltar, podem dizer que estou procurando por ela?

— Podemos sim, é claro. — Gi respondeu e Rafaella voltou para seu carro, dirigindo pela cidade em busca de alguma memória de onde Bianca poderia estar.

— Estou ouvindo, Kleber. — Atendeu a ligação pelo alto falante do veículo.

— Oi, irmã. Eduardo concordou em falar com a imprensa, ele dará a entrevista coletiva e assumirá seu erro.

— Perfeito.

— Você está vindo?

— Não, não posso ir. Mandei uma mensagem para Gabriela, deixe ela fazer exatamente o que eu disse, está bem?

— Onde você está, irmã?

— Procurando pela Bianca.

— Procurando como?

— Tenho que falar com ela e ela desapareceu.

— Procure nos lugares que não vem a sua mente.

— Kleber, o que você está dizendo? Você só me da conselhos estranhos.

— Irmã, me escute. Vocês são assim. Sempre é possível encontrar mulheres em lugares que nunca passam na nossa mente. Está bem, Gabriela chegou, tchau.

Em menos de dois minutos seu telefone tocou novamente.

— Diga, Eduardo.

— Rafaella, eu sei que foi você quem teve a ideia desta coletiva de imprensa, que você quer se vingar de mim.

Assim nasce o amor Where stories live. Discover now