— Não se atreva a tomar café da manhã, eu conheço um lugar perfeito no caminho para o escritório. — Dizia Rafaella ao telefone.
— Eu não estou em casa. Estou aqui... a Genilda me ligou. — Dizia parada no meio da sala da mais velha, esperando por ela, segurando o celular em uma mão e um buquê de flores na outra.
— Minha mãe? Você quer que eu vá aí?
— Não, não, eu vou resolver isso. Além disso, você sabe que me dou muito bem com ela. — Riu.
— Se você tiver algum problema, me liga. — Disse Rafaella ao mesmo tempo que Bianca via Genilda entrar na grande porta. — Então você será apenas minha.
— Está bem, vou desligar, ela chegou.
Bianca desligou o celular e observou Genilda fazer a volta na sala, com um sorriso leve no rosto enquanto usava um vestido longo rosa clarinho. Respirando fundo ao vê-la chegar perto.
— Eu trouxe para o senhor Kalimann, com votos de rápida recuperação. — Disse sorrindo e estendendo o buquê para a mais velha.
— Certo, muito obrigada. — Pegou as flores e voltou a olhar seriamente para Bianca. — Há algo que quero falar com você, Bianca.
— Bianca? — Segurou a risada ao ouvir seu nome sem ironias ou "Bruanca" e Genilda olhou para cima concordando. — Provavelmente, o assunto é sério então? — Perguntou desconfiada.
— Por favor, sente-se. — Disse sentando na ponta do sofá e apontando para a outra ponta, esperando Bianca fazer o mesmo. — A conversa que aconteceu entre nós e Rafaella ontem ajudou a abrir meu olhos, Bianca. Vamos deixar todos os mal-entendidos que aconteceram no passado, está bem? — Tinha um sorriso leve no rosto.
— Você tem certeza? — Bia perguntou desconfiada e a mais velha assentiu.
— Já que seu nome agora estará ao lado do nome Rafaella Kalimann...
— E o nome dela estará ao lado do meu...
— Certo. Você terá que aceitar todas as minhas propostas que você rejeitou até hoje. — Sorria convencida e Bianca fazia o mesmo, dividida entre desconfiada e querendo desafiá-la.
— Por exemplo?
— Você irá para todos os lugares que eu disser. Você vai fazer o que eu mandar.
— O que quer dizer com "todos os lugares"?
— Estamos deixando o passado para trás, não estamos Bianca? Se você quiser recomeçar com a Rafaella, terá que fazer enormes sacrifícios. — Bia segurava a risada ao ver a mulher falando. — Ou você não pode? É muito difícil para você?
— Sem problemas, farei isso por Rafaella. — Disse levantando as sobrancelhas.
— Existe um evento da revista "smiling and tender women". — Se referiu a uma revista internacional que falava da alta sociedade ao redor do mundo. — Você vai me representar no evento aqui no Brasil. Você vai conhecer cada mulher da alta sociedade que estiver lá.
— Que evento é esse? — Estava se divertindo achando graça de Genilda criando desafios.
— Será uma exposição. Nós vamos organizar... vestidos de estilistas renomados e muito mais. Mas, o mais importante, os convidados. As mulheres não tem muito bom gosto lá, Bianca. Temos que escolher até a cor do guardanapo, você sabe, não é?
— Me parece muito divertido! Eu vou resolver isso. — Bia voltou a desafiá-la.
— Temos que escolher de tudo, desde toalha de mesa até tapetes. Precisamos fazer com que essas senhoras de mau gosto aceitem. — Tentava assustá-la, mas Bia seguia sorrindo, adorava organizar festas.
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Assim nasce o amor
قصص الهواةAlgemar-se a alguém tem tudo para ser uma péssima ideia, ainda mais quando esse alguém é a pessoa que você mais odeia no mundo. Inspirada na série Sen Çal Kapimi.