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— eu vou fazer uma coisa agora — Robert levantou, me fazendo voltar ao mundo real — mas preciso que você vá voluntariamente para aquela maca que está bem ali encima.

E eu fui, andando em passos incertos, ainda presa em um tipo de loop a qual não sentia nada.

— vou segurar sua cabeça, tudo bem? — o loiro me perguntou quando eu estava deitada de cabeça para cima, olhando para a luz branca que havia no teto.

Não respondi.

O que está acontecendo comigo? — me vi me perguntando, quando meu corpo estava voltando ao normal — por que eu estou presa? Por que meus pulsos estão sendo presos?

eu vou fazer uma coisa com você — Robert disse, parando do meu lado, tocando na mão do loiro para soltar minha cabeça — e você só terá que me dizer para parar. E então eu irei parar. Também diga que está te machucando, então eu irei acabar logo, tudo bem?

Meus olhos encheram de lágrimas, mesmo que eu não soubesse em si o que ele queria dizer com aquilo.

Mas mesmo assim, como todas as outras coisas em minha vida, me vi confirmando.

— ótimo.

Meu vestido foi posto em minha barriga, meu ferimento doeu por conta do vento e me vi começando a me mexer, quando minha calcinha começou a ser retirada.

— não — falei, tentando sair dali. Mas minha cabeça foi segurada pelo loiro novamente.

— você prefere com a luz acesa ou apagada? — o homem perguntou alisando meu rosto, tirando uma mexa do meu cabelo.

Meu corpo parou por um momento.

Meu peito encheu de ar, meus olhos lacrimejaram novamente, porque nas últimas duas semanas, havia perdido a conta de quantas vezes havia chorado.

— estou esperando uma resposta, Maggie — o homem continuou alisando meu cabelo, olhando para meus lábios — luz acesa ou apagada?

Então era aquilo.

Ele estava me dando a opção de como queria ser estuprada e pela primeira vez, me vi rindo.

Uma risada carregada de soluços, que me fez fechar os olhos e começar a me debater.

— bom, já que você não respondeu... — ouvi passos, a mão deslisar do meu rosto a meu pescoço, seio, barriga e virilha — prefiro ligada.

— você prometeu — falei chorando, olhando para o loiro que segurava meu rosto com delicadeza — você prometeu para mim, prometeu que não iria...

Minha fala foi silenciada, quando o que parecia ser uma facada me invadiu, me fazendo soltar um alto grito de dor.

As invertidas foram firmes, o homem gemia sob minha barriga, enquanto eu tentava inutilmente me mexer para sair dali.

— você prometeu — continuei ainda chorando, sentindo minhas barreiras internas serem quebradas de uma maneira que nem Ethan conseguiu fazer — vocês prometeram para mim, vocês...

Novamente, minha fala foi interrompida, quando minha barriga foi arranhada por algum objeto.

— isso está doendo... — falei baixo, tentando sair do toque gentil do homem que segurava minha cabeça, o total oposto para o que estava entre minhas pernas — por favor, isso está me machucando muito...

Minha cabeça foi solta, e eu a levantei em um ato desesperado de sair dali, mas tudo o que recebi em resposta foi minhas pernas sendo levantadas para o alto, e as invertidas ficarem mais firmes, a medida que eu era quebrada.

Mais uma vez.

Passado vol.1 - El finOpowieści tętniące życiem. Odkryj je teraz