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Os fechei, sentindo o suor começar a banhar minha testa.

Um pouco de pressão da parte de Ethan, abri os olhos novamente, vendo o mesmo massagear seu pênis.

Fechei os olhos novamente, começando a tentar sentar de forma lenta.

— não pense, Mag — a voz invadiu meus ouvidos, me arrepiando, deixando tudo mais tenso — continue de joelhos, como você sempre ficou.

— meus joelhos estão doendo — falei em você baixa, sentindo um outro tapa de Ethan em meu rosto.

Aquele tapa, por algum motivo e por breves segundos, me fez sentir uma sensação boa, mas que logo passou.

— abra a boca — a abri, fazendo o mesmo com os olhos, sentindo o grande pênis de Ethan dentro dali — se você me morder, irá pagar.

Concordo em um gesto lento, começando a novamente ficar enjoada com o gosto do órgão.

— irei te guiar — as mãos estavam em meu couro cabeludo novamente, fazendo uma pequena pressão — abra bastante a boca, use sua língua e tente me deixar o mais molhado possível.

Confirmei, tentando começar os movimentos que me fora ensinado anos atrás com cuidado, me distraindo nos pensamentos de que um dia iria mudar, deixando meus dentes de trás roçar de forma breve no órgão do homem.

— porra Maggie! — a voz alta me fez tirar seu membro da minha boca e me afastar dali — chega, vamos para o quarto.

por favor Ethan, eu estou grávida. Não faça isso...

Um tapa forte atingiu meu rosto, me fazendo lhe olhar com os olhos marejados.

— eu não quero — falei de forma firme, lembrando do lugar em que me fizera ser uma pessoa triste, humilhada e um objeto — eu não quero, Ethan!

O sorriso pequeno que se formou em seus lábios me fez retrair, me arrastando mais para o lado.

— desde quando você tem alguma escolha, Catarina? — outro sorriso, meu coração parou uma batida por aquilo.

Eu sabia que ele iria começar a me humilhar.

Sabia que Ethan iria começar a usar coisas do meu passado para tal, que não iria se importar com minhas lágrimas e muito menos meu medo para com aquilo.

Porque no fim, Ethan não se importava se iria me machucar ou não.

Vi seu rosto se transformar. De um olhar antes impaciente para um olhar institativo, vingativo. Seu sorriso me fez escolher por dentro, porque eu sabia, sabia mais que tudo, que ele iria falar toda merda possível para mim.

— desde quando, me diz? Você sempre foi um capacho dos seus pais. Sempre fazendo o que eles queriam. Chorando que nem uma estúpida quando eu falei que iria te proteger. Ignorando o fato da sua mãe e de seu pai NUNCA TER DADO A MÍNIMA PARA VOCÊ!

Continuei o encarando de forma impassiva, mesmo que na minha cabeça houvesse milhões de possibilidades para tentar entender como ele sabia de tudo aquilo, mesmo que eu não o conhecesse antes daquele dia.

— você tem que escolha, Catarina? Você escolheu a escola de ballet e mais o que? Você já reparou o quanto se vitimiza? O quanto quer parecer a garota vulnerável que...

— por que você está fazendo isso? — perguntei com as sobrancelhas franzidas, tentendo estabelecer um meio para entender tudo aquilo.

Ethan sorriu mais.

Os olhos estavam ganhando aquele brilho que tanto conhecia e eu soube naquele momento que iria me arrepender por aquilo.

Passado vol.1 - El finWhere stories live. Discover now