Passado vol.1 - El fin

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— se você não quiser que a garota do orfanato morra a qual é sua filha e você obviamente sabe disso, convença seu esposo a matar Arnel.

— se você não quiser que a garota do orfanato morra a qual é sua filha e você obviamente sabe disso, convença seu esposo a matar Arnel.

A frase ia e vinha em minha cabeça quando a tristeza e o sentimento de incapacidade se foi; dando vazão a de preocupação e incerteza.

A menina me veio a mente novamente, como um breu.

Era pequena, e eu não sabia dizer se seu cabelo era castanhos escuros, ruivos ou negros.

Meu coração pareceu subir a garganta quando a porta abriu de forma abrupta, me mostrando um Ethan raivoso.

— se arrume — falou enquanto entrava no closet, voltando com uma arma em mãos — vamos para o México.

Pisquei, tentando ver se havia entendido direito.

— México? — minha voz parou Ethan, que andava literalmente de um lado para o outro com as mãos na cabeça.

— sim, Maggie Catarina Nuevo, iremos para o México e muito provavelmente seus pais também.

Confirmei, apagando logo em seguida quando ele saiu do closet novamente, com uma agulha em mãos.

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— bienvenida a México, princesita — a voz grossa soou em meus ouvidos quando abri os olhos, vendo o céu azul da janela de onde estávamos — espero que você goste e considere essa viagem como uma lua de mel. — seus olhos se tornaram avaliativos, buscando algum tipo de afirmação que logo veio. — ótimo, porque iremos para uma festa logo, logo.

Ethan me levantou com cuidado, estralando os dedos logo em seguida, fazendo com que uma mulher vestida de azul escuro trouxesse água.

— beba, porque preciso que você entenda o que vou dizer e siga minhas ordens de forma rápida. — esperou que eu bebesse a água para continuar — você está sentindo alguma reação da droga?

Neguei.

— está sentindo dor, dormência ou formigamento?

Novamente, neguei.

— ótimo — uma pausa — estamos perto do México. Logo iremos parar e eu quero que você fique perto de mim todo momento naquele festa. Sei que nunca passamos por isso antes porque nosso amor teve de ser escondido por aquele tempo que ficamos juntos — uma pausa, ele me olhava com cuidado enquanto dizia — porra, já te disse que você é linda hoje?

— não, Ethan — falei de forma baixa, corando ao desviar o olhar.

— você é linda demais, mas continuemos. Você não poderá sair de perto de mim e irá ficar quieta e só falar quando eu lhe pedir. Você não irá chorar e muito menos chegar perto dos seus pais, ok? Não irá falar com nenhum homem, não importa quem te chame, a não ser que eu mande, aí sim. Está me entendendo?

— sim — respondi, engolindo em seco.

— alguma dúvida, princesinha? — a mão grossa de Ethan pousou em minha coxa nua, me fazendo encolher.

— por que isso tudo? — perguntei, saindo o mais discretamente possível do seu toque.

— porque você está na frente do maior distribuidor de drogas da Europa e por incrível que pareça; eu tenho muitos inimigos.