Capítulo 54

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Anne

—— Diz alguma coisa, por que eu estou começando a me borrar de medo, e olha que eu nunca tive medo de assombração. – Gaguejo ainda paralisada.

— Eu não estou morto menina...o que está vendo agora é uma ilusão. Um truque bem elaborado que faz parte das minhas habilidades. – Da de ombros. — Acontece que o plano acabou indo por água abaixo. – Sopra. — Então é melhor você se apresar e sair desse lugar o mais rápido possível, por que eu não vou poder te ajudar, não enquanto estiver preso nessa cela mágica.

— E você não pode só...sei lá entrar na mente dele também? Igual você fez lá na torre, você entrou na mente dos guardas,. Conseguiu sair daquela cela. Pode fazer isso outra vez não pode ? – Questiono.

— Aquila era um cela qualquer. O lugar que estou agora está inibindo quase todas as minhas habilidades. Só estou conseguindo fazer esse contato por que está próxima de mim. E eu não posso ariscar nenhum tipo de plano precipitado. qualquer atitude que eu possa ter a coloca em perigo, e por mais estranho que seja, não quero a culpa da sua morte na minha consciência. Embora eu sempre tenha achado que nunca tive uma. – Da de ombros.

— Olha só, então agora eu acho que podemos nos considerar amigos não acha ? Já que amigos costumam proteger e ajudar ums aos outros. – Dou um sorriso fechado.

— Sem essa de amigos, tá mais pra uma relação profissional de "eu não quero morrer hoje"... Então se tem algum amor por sua vida trate de fazer o que eu orientei e da o fora desse lugar AGORA !

— Tá legal. – Gaguejo. — Eu acho que posso construir algumas luvas especiais, não vai ser nada muito inovador mas vai me ajudar a descer pelas paredes sem acabar morta a 20 andares abaixo... Só preciso de 15 minutos, é tempo o suficiente para conseguir. – Volto minha atenção para a mesa colocando em prática toda as ideias que me vinham a mente. Deixando meu lado gênio aflorar o mais rápido possível. —  não vai demorar, eu acho que vou conseguir. São só quinze minutos, é um bom tempo não é Loki ? .... Loki ??? – Olho para trás sutilmente a procura da ilusão que já não estava mais ao quarto.

Ótimo, agora sim estou completamente sozinha.

— Espero que você fique bem...mesmo que ainda não me considere a sua amiga. – Susurro.

— A ele vai ficar bem sim... – Hammer entra a cela com um revólver em mãos apontando para minha cabeça. O dispositivo era estranho, não parecia se tratar de uma arma de fogo, embora fosse muito similar. — Fica calada e coloque as mãos pra cima. – Ordena.

— Hammer... você não tem que fazer isso... não precisa me matar. – Falo passivamente. — Eu sei que está com raiva, e sei que fui uma péssima filha. – Minto, na tentativa de ganhar tempo. — Sei que errei muito com você, e fui bastante egoísta. Mas nós ainda podemos ser uma família, podemos voltar a ser felizes...

Antes que eu pudesse usar um dos dispositivos contra Ele, Hammer dispara o gatilho de sua arma, que lança contra mim uma forte corrente elétrica que se espalhou rapidamente, provocando uma dor tremenda, paralisando cada parte do meu corpo.

— A Anne ... Por mais que você não acredite eu te conheço muito bem minha princesa. – Sussurra. — E a Anne que eu conheço, jamais falaria essas coisas para mim...a não ser que estivesse protelando, ganhando tempo para atacar. – Ele sorri acorrentado minhas mãos. — Nós vamos descer até lá embaixo agora, e você vai ser boazinha e me obedecer em tudo aquilo que eu disser tá bem ? Quando tudo terminar, e já não precisarem mais de você, ai então nós vamos voltar pra casa. Só eu, você e sua mãe, sua família de verdade. – Ele desliza seus dedos por meu rosto passando seu polegar sob meus lábios devagar, mantendo a todo momento o contato visual.

— Vocês não são a minha família, nunca vão ser. – Ainda ao chão, deixo uma lágrima escapar por meus olhos involuntariamente. — Família de verdade não te machuca, não te causa dor, e com certeza não destrói a sua vida.

Hammer me dá um forte tapa no rosto apertando forte suas mãos contra meu pescoço. — Nunca mais, nunca mais repita essas palavras. Está me ouvindo? Nunca mais trate sua família dessa maneira. A mesma família que sempre te deu tudo o que podia. Tudo Anne...TUDO.  Estou farto de malcriações, estou farto de suas grosseiras, de agora em diante você irá se comporta como deve, caso contrário não vou ser mais bonzinho como sempre tenho sido 

Cada palavra que saia de sua boca me apavorava... Meu corpo todo se estremecia ao sentir suas mãos perto. A sensação de impotência e completo pânico era desesperador. Eu queria sair, correr para o mais longe que podia. Mas cada parte de mim estava paralisada, dolorida e ainda trêmula com a descarga elétrica. De modo que tornasse tudo cada vez mais difícil.

— Eu já devia imaginar que o maldito do Loki iria nos trair. Já está na natureza dele ... – Grunhi. — Mas agora que tenho você, agora que está aqui em minhas mãos, nós podemos finalmente ter um momento só nosso. Momento que venho esperando a muito tempo, e não sei se vou conseguir aguentar muito mais ...

Ele coloca sua mão direita gelada contra minha barriga, deslizando seus dedos lentamente por meu corpo, percorrendo toda extremidade de minhas coxas. Sinto pânico, medo... Não podia conter as lágrimas, não podia conter o meu choro.

— Shiii... Fica quietinha. – Sussurra cobrindo minha boca com força. — Eu jamais machucaria você Anne, jamais faria qualquer coisa que pudesse te causar algum mal. Você é tão linda... é tão bonita para sua idade... – suas mãos continuam a correr por minhas coxas subindo devagar por entre minha pernas, me causando enorme desconforto... Dor...e mais dor...

— Nós temos que descer logo, o rei do crime não gosta muito de esperar, então eu prometo que serei rápido. E não se preocupe, vou ter cuidado para não te machucar. – Ele sobe sobre mim, depositando todo o seu peso sob meu corpo, suspendendo pouco a pouco meu moletom. Tento gritar entre soluços, esboçar qualquer tipo de som ou pedido de socorro, mas nada sai...

— Oh, não chore meu amor... Eu prometo, isso vai acabar logo....

O meu pai é o Tony Stark Onde as histórias ganham vida. Descobre agora