Capítulo 49

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Narrativa

Parados em meio a uma praia, após inúmeras tentativas falhas de encontrar Anne, Tony estava ficando sem ideias. Sua mente estava em completo caos, e Peter não podia conter a sua insegurança. O menino se sentia assuatado, culpado por tê-la deixado sair naquela madrugada, e essa preocupação excessiva, acabou por provocar uma grande discussão.

—— Eu não estou gostando nada disso. – Gagueja Peter. — Como vamos encontrar a Anne se o rastreador pifou ? Eu tô com um mal, péssimo, terrível pressentimento. Devíamos pedir ajuda, falar com a polícia, ou com o restante da equipe.

— Garoto quer parar ? – Tony fita o menino furioso. — Eu não consigo me concentrar se não calar a dorga da boca, e você já está falando a quase vinte minutos, tanto tempo que já nem consigo ouvir os meus próprios pensamentos. Então vê se me faz um grande favor e finge que eu não estou aqui, faz de conta que não existo. Ou melhor, se quiser falar alguma coisa, não diga !  Já estou farto de opiniões, opiniões inúteis que não vão resultar em nada.

— Tem razão, desculpe... – Cochicha encolhendo os ombros. — Eu só queria ajudar...

Tony tinha total noção que descontar a sua raiva sob Peter não faria com que Anne aparecesse. Mas toda aquela tenção e sensação de culpa era demais para se suportar...

— Olha, parece que o ambiente de trabalho anda bastante desestabilizado.  – A voz de Hammer vindo de dentro da armadura de Strak o pegou completamente de surpresa. Era óbvio que haviam invadido seu sistema, ou bolado alguma forma de comunicação a longa distância.

— Quem é que está falando ? – Peter olha em volta procurando por qualquer Sinal de vida.

— Eu estava esperando o momento adequado para fazer a ligação, sabe como é... Tenho que seguir ordens e mais ordens.

— Escuta aqui seu Grande verme nojento. – Rosna Tony. — Eu juro, que se tiver encostado na minha filha, eu vou arrancar cada dedo dessa sua mão nojenta e fazer você os mastigar bem devagar. Depois disso irei quebrar cada osso do seu corpo,  só para ter certeza que nunca mais vai respirar de novo. – Grita.

Peter nunca o tinha visto tão nervoso, muito menos fazer ameaças grandes naquele tom. Suas mãos estavam fechadas e trêmulas, como se a qualquer instante ele pudesse perder o auto controle.

— Cruzes, não sabia que era tão bom com ameaças assim. – Debocha. — Escuta Anthony, eu não faço ideia do que aquela pentelha contou pra você, mas eu nunca fiz mal nenhum pra ela, sempre fui um excelente pai, coisa que você nunca foi. Além disso, a sua querida filha espetou um garfo em meu pescoço. UM GARFO TONY ! Eu podia ter morrido sabia ?

— A não, ainda não acredito em tamanha Sorte... Mas não precisa se preocupar, quando eu o encontrar, vou cuidar para que esse erro não se repita. – Peter conseguia ouvir um tom sombrio e raivoso na voz de Tony. Sua respiração acelerada e olhar avermelhado não disfarçava para esconder o tamanho ódio que o consumia.

— É melhor cortar esse tom de voz arrogante comigo Strak...

•••

Do outro lado da cidade, assim que saiu do hospital Hammer se encaminhou até a cela da menina a segurando forte pelos cabelos no mesmo momento em que entrou.

— Tá me machucando. – Grita.

— É, então por que não diz isso pro seu papai aqui ? Anda, diz pra Ele Anne. – Justin coloca o telefone ao ouvido da menina que Choraminga baixo.

— Anne, Filha está me ouvindo ? – Tony escuta a voz da garota ao outro lado da linha deixando que o desespero o tomasse. — Diz alguma coisa Anne, por favor me diga que Está bem...

A garota da um sorriso fraco, se sentindo feliz em ouvir a voz do pai. — Eu tô bem pai, eu sinto muito... não devia ter saído de casa, não devia ter ido contra suas ordens de novo.

— Tá tudo bem meu amor, não se preocupa, eu juro que vou encontrar você tá legal ? Vai ficar tudo bem.

Hammer aproveita da situação para puxar ainda mais forte os cabelos de Anne, a fim de que ela gritasse ao telefone. — Está ouvindo Anthony ? Escuta bem a sua filha ? – gargalha. — Se quer a ver outra vez, vai vir até nós sozinho, sem nenhum tipo de truque, fui Claro ? Agora se me dá licença, vou ter uma conversa bem séria com a nossa pequena Anne. – Hammer finaliza a chamada deixando Tony totalmente furioso e assuatado.

— Seu... Seu desgraçado. – Grita. — Eu vou matar ele, vou acabar com aquele imbecil.

— Senhor Stark, tá tudo bem ? – Peter o fita assuatado, notando o Desespero em sua voz.

— Garoto, presta atenção, eu preciso que você vá até a torre. – Tony segura aos ombros de Peter tentando conter o seu nervosismo. — Por favor esquece tudo o que eu te disse, esquece tudo e vai pedir reforço. Eu preciso de ajuda garoto, a minha filha precisa.

— Senhor Stark, está chorando ? – Peter pisca os olhos diversas vezes totalmente perdido. — A Anne...ela tá bem ? Ela tá machucada ?

— Não faz perguntas garoto, por favor não faz perguntas...só faz o que eu te pedi. Por que não vou conseguir sem sua ajuda, não posso fazer isso sozinho, e não estaria pedindo se não precisasse de verdade.

— Tá legal mas... O que eu faço quando chegar ? O que eu devo dizer? – Gagueja.

— Vai encontrar o Steve Rogers, diga a ele que preciso da equipe pronta. Diga que é uma emergência. E assim que tiver o endereço em mãos vou emitir a torre. Consegue fazer isso ?

— E-Eu ...

— Pete, consegue fazer isso ? – Repete apreensivo.

— Consigo, eu consigo sim. – Responde por fim.

— Ótimo, agora me promete mais uma coisa. Prometa que quando passar o recado vai voltar pra casa. Vai ficar ao lado da sua tia e esperar que essa confusão termine.

— Desculpe senhor, eu não posso fazer essa promessa. Ela é minha amiga, e o que puder fazer para a ajudar eu vou fazer.

— Você vai exatamente o que eu mandei, vai fazer por que não vou suportar que lhe aconteça algo também. Já não basta  a minha filha em perigo, cercada de pessoas que querem lhe fazer mal. Não vou tolerar que arrisce sua vida também.

O meu pai é o Tony Stark Onde as histórias ganham vida. Descobre agora