Capítulo 38

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Narrativa

Mesmo aliviada por ter chegado em casa a salvo, Anne sabia que seu pai não estava nenhum pouco contente. E Peter se sentia extremante culpado, de modo que não conseguiu falar uma palavra o caminho de volta.

—— Eu não acredito que vocês dois tiveram a coragem de ir pelas minhas costas e fazer a única coisa que eu pedi para NÃO FAZER. – Tony pega o dispositivo de armadura das mãos de Anne o trancando em uma gaveta em seu escritório. – Já chega de malcriação, e já chega de desobedecer, a partir de hoje vocês não terão mais contato com o outro, e a senhorita vai ficar de castigo até quando eu decidir que aprendeu a lição. Será que fui Claro dessa vez ?

— Isso não é justo. – Grita. – Nós não tínhamos como saber que a escola seria atacada. – Talvez se tivesse explicado o motivo ao invés de simplesmente dizer que não poderíamos ir seria bem mais prudente.

— E por que você acha que eu pedi que ficassem ? Acha que isso tudo foi uma coisa atoa, que eu estava destruindo seus sonhos de criança rebelde ? – Ele sorri nervoso. — Fiz isso por que sabia o que iria acontecer, sabia que o Loki iria atrás de você hoje, e sabia que estariam em perigo se saíssem dessa casa. Mas é claro que vocês nem se quer colocaram a cabeça pra pensar por um segundo antes de fugir pela cidade como duas crianças birrentas que não sabem escutar um NÃO como resposta. Já estou farto e cansado de tudo isso...

Peter não conseguia se quer dizer uma palavra, seus ombros permaneceram encolhidos durante todo o sermão, enquanto Anne estava furiosa e totalmente revoltada com a decisão do seu pai.

— Você pode dizer Adeus a missões, e pode dizer Adeus aos vingadores garoto, por que a partir de hoje está oficialmente convidado a se retirar da equipe.

Ele balança a cabeça sutilmente em negação escondendo algumas de suas lágrimas. – Sim senhor... – Sussurra indo em direção a porta.

— Onde pensa que vai ?

— Vou pra casa...ficar com a minha tia, e contar o que aconteceu. – Peter força um sorriso fraco se desculpando mais uma vez pelo ocorrido.

Anne se sente terrivelmente culpada ao ver o rosto triste do garoto. De modo que a fizesse implorar a Tony que reconsiderasse a decisão. — Não faz isso com ele por favor, a ideia foi minha, ele nem queira ir.

— Mais foi !

— Por que eu ameacei ele...fui uma péssima amiga. – Funga. – Não expulsa ele da equipe, não tem que o castigar, eu quem tive a ideia de tudo.

— Você o amarrou e o obrigou a ir até o colégio com você ?

— Não mas... — Então está decidido. – Corta. — o garoto está fora da equipe, e você perdeu todas as chances que tinha de entrar algum dia. Agora vai já pro seu quarto e tenta ficar nele dessa vez. Eu não vou pedir duas vezes.

A menina se sente nervosa, enfurecida com a decisão de seu pai, tomando uma atitude impensada e pouco prudente para o momento. — Não ! – Responde.

— Como é que é ? – Tony aperta o nariz sem acreditar em que ouviu.

— Eu disse não – Repete irritada.

— O que é que está acontecendo aqui ? – Pepper entra na sala ao notar a grande confusão que se formava.

— Por que não pergunta a ela ? De repente ficou ótima em dar respostas.

— Se acalma Tony. – Pede gentilmente. – ela é só uma criança, e é sua filha.

— Então diz isso a ela Pepper, por que até onde eu sei as filhas escutam os pais, e não desobedecem. Muito menos são completamente malcriadas e respondonas.

— Aposto que você era o melhor filho do mundo então. – Responde Anne fazendo Tony engolir seco com a frase. — Se é uma pessoa tão correta, se foi um bom filho, por que nunca me fala deles ? Nunca toca no nome dos meus avós! Eu sinceramente duvido que eles gostem muito de lidar com alguém tão arrogante assim.

—  Tem razão Anne. – Tony da um longo Suspiro para a garota. — Eu nunca fui um bom filho, nunca disse ao meu pai que o amava...nunca pude me perdoar por tê-los deixado ir naquela maldita viagem. E com toda certeza nunca os obedeci como devidamente devia. Talvez você pense que sou extremamente egoísta, e talvez você até esteja certa... Mas saiba que eu tentei, e estou tentando todas as noites, tentando pensar em uma forma de te manter segura, te afastar do perigo. Por medo de te perder como os perdi... Mas se isso não é suficiente, então pode fazer o que você quiser.

— Eu...

— Não precisa dizer mais nada. Já estou cansado de insistir que me escute, e com certeza, já estou casado desse negócio de ser pai, pra mim já chega. – Ele da as costas para a menina deixando a sala de estar direto para sua oficina.

— Tony volta aqui – Grita Pepper. – Não pode dar as costas pra sua filha.

Anne não conseguia conter sua respiração alterada, se sentia extremamente mal por cada palavra, cada letra, cada frase.... A culpa... tristeza...o receio... Ou Talvez tudo isso junto em uma grande bola de neve.

— Querida, não fica assim tá bem ? O seu pai só está nervoso, tenho certeza que ele disse muita coisa da boca pra fora assim como você. – Pepper passou suas mãos pelos cabelos da menina tentando a trazer algum conforto.

— Eu sou um monstro Pepe - Soluça. – Eu não devia ter dito essas coisas pra ele, não devia ter agido dessa forma. Eu não sabia que eles tinham morrido, eu achei que talvez pudessem só estar em outa cidade. Agora ele não gosta mais de mim... – A menina se perde cada vez mais em sua respiração acelerada sentindo uma forte tontura.

— 1, 2, 3.... 1, 2, 3.... –  Ela começa a contar ainda sem fôlego deixando Pepper totalmente confusa. – Anne... O que está sentindo querida ? Fala comigo por favor.

— E..Eu não consigo respirar... não consigo respirar – Anne perde cada vez mais a cor de modo que cai sob os braços de Pepper que grita em desespero com o Estado da garota.

— Aí meu Deus... TONY...TONYY

O meu pai é o Tony Stark Onde as histórias ganham vida. Descobre agora