capítulo 5

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Narrativa

     Anne caminhou de volta a sua antiga confecção, pensando que poderia fazer Donna repensar a sua decisão, a aceitando de volta.

As ruas movimentadas a deixavam aflita, cada passo um calafrio diferente. E cada Suspiro uma lembrança ruim. – Donna, você ainda está aí ? – Grita ao lado de fora.

—— Eu vim pedir desculpas. Será que Posso voltar a trabalhar com você ? Eu aceito até 30% dos lucros. – Que humilhação – Pensa.

— Qual é Donna, me deixa entrar – Choraminga.

A mulher abre o portão após longos minutos de insistência. Sua cara não era nada agradável. – O que você quer pirralha ? Já não temos nada para negociar.

— Eu sei que fui um pouco rude, mas agora eu preciso desse trabalho mais do que nunca.

— E qual é a dessa tralha toda aí atrás, por acaso está de mudança ? – Ela range os dentes.

— Eu saí de casa, briguei feio com minha mãe, e com certeza não irei mais voltar. Preciso de um lugar temporário pra ficar. – Explica.

— Sem chances, vá embora. – Diz ela quase apertando o portão nos dedos da garota que o segura antes de fechar.

— Espera – Grita. _ Eu posso te dar todos os lucros, tudo o que eu vender... o dinheiro será seu, só precisa me deixar ficar.

Donna sopra Impacientemente empurrando a menina ao chão junto de suas coisas. – Já falei que não quero mais negócios com você garota, se vira. – Responde ríspida batendo o portão.

— Velha imbecil – Rosna ainda ao chão. – Espero que guarde essa sua dentadura e esqueça onde, bruxa velha.

— Não devia ficar jogada pelas calçadas. – A voz familiar se mistura a respiração enraivada da menina que rapidamente se levanta dando três pulos para trás.

— Você...era sua voz no carro preto outro dia – Soluça. – o que você quer comigo?

— Eu não mordo, prometo – Responde erguendo as mãos. – Sou Happy, amigo e segurança pessoal do Tony Stark. Vim pedir que me acompanhe.

— Como é ? – A menina puxa um pincel de suas coisas o apontando contra o rosto de Happy. – Eu não tenho faca, mas se enfiar isso aqui no seu olho garanto que vai doer.

— Insuportável igual o pai – Cochicha.

— Como é que é ?

— Olha aqui menina, eu só vim aqui por que o seu pai pediu que a levasse até ele. Então se puder abaixar esse pincel do meu nariz seria de muito bom tom.

— Mentiroso – Sopra. – O meu pai me abandonou quando eu era bebê, nem liga pra mim. Agora você quer vir dizer pra mim que o conhece ? – A menina revira os olhos entediada. – vai logo embora daqui antes que eu chame a polícia.

— Que se dane então. – Happy pega a garota pelos braços a levando relutante até o carro.

— Seu desgraçado – Grita ela. – Me solta agora brutamontes imbecil. – Anne se debate com grande fúria na tentativa de se soltar.

— Eu não queria ter de fazer isso, mas você é cabeça dura e muito desconfiada. – Responde travando as portas. – Vai poder voltar pra casa logo, só precisa conhecer o seu pai antes.

— Eu não quero conhecer ninguém, eu não quero ir pra lugar nenhum abre a porcaria dessa porta agora – Berra socando o vidro.

— Ei ei ei, da pra parar com isso ? Vai acabar estragando o vidro do carro. – Reprime Happy.

Anne manteve as lágrimas nós olhos, observando sua mochila que acidentalmente ficou ao meio da rua. Todas as suas roupas e materiais de pintura ficaram para trás, incluindo seu único notebook de estudos.

— Eu sei que você está aí atrás me olhando com cara de tigre enraivado. Mas isso vai passar quando conhecer o seu pai. Ou não né... É tão genhosa e irritante quanto ele.

Happy deixou o carro na garagem da torre abrindo a porta para que a menina pudesse sair. Imediatamente Anne correu para a saída sendo barrada por mais um dos seguranças que ficavam a entrada.

— É pra aquele lado ali – Apontam.

— Se me machucarem, eu juro que vou acabar com vocês – Ameaça. – Nem pensem em chegar perto, já aviso logo.

— Anne, é esse o seu nome não é ?

— E quem é você ?

— Sou a Pepper Potts, esposa do seu pai...vem eu vou te levar até ele – sorriu carinhosa.

— Obrigada moça mas eu só quero sair daqui. Não estou interessada em conhecer o meu pai. Nunca estive. Tenho certeza que significo tão pouco para ele do que para minha mãe. – Funga.

— Não diga isso querida, o seu pai não sabia da sua existência a dias atrás. – Explica ela. – aconteceu alguma coisa no caminho ? Você me parece assustada.

— Aconteceu que eu não queria vir e esse imbecil aí me jogou dentro do carro.

— Happy ! Isso lá é jeito de trazer a menina ?. – Reprende Nervosa.

— Ela ameaçou espetar meu olho com um pincel.

— Um pincel ? Fala sério Happy, eu já vi várias histórias no livro da vergonha, mas essa daí superou todas. – Gargalha Tony.

Anne ergueu uma sombrancelha rígida ao fitar Strak com os olhos.

— Espera aí... – Suspira olhando em volta. – Conheço esse lugar. É a torre dos vingadores. Anunciaram a pouco tempo na TV... Será que podem me explicar o que droga eu tô fazendo aqui ?

— Anne, quando sua mãe veio outro dia na torre, descobrimos que você poderia ser filha do Tony. – Diz Pepper. – Ele foi até sua loja com a desculpa de comprar uma tela e coletou uma amostra de DNA.

— Por isso espetou o meu dedo – Grita fazendo carreta.

— Em minha defesa eu ia pegar um fio de cabelo, mas você deu pra trás como se eu fosse te matar. – Da de ombros.

— De qualquer forma eu não me importo. Já me trouxeram até aqui e eu já sei quem é o meu pai. Agora abram esse portão e me deixem sair.

— Eu sei que é estranho querida, mas ele é o seu pai, talvez vocês possam se dar bem se tentarem ao menos conversar um pouco. – Sugere Pepper.

— Obrigada moça mas eu já disse que não faço questão de nada Disso. Esse encontro me custou tudo o que eu tinha, e com certeza nessa altura do campeonato alguém já roubou minha mochila com tudo que tinha dentro. – buffa.

— Não tem problema, seu pai consegue tudo novo de volta. – Diz calma.

— Eu não sei se vocês entenderam, mas eu não quero ficar aqui, e com certeza não quero nada que venha de pessoas estranhas...eu nem devia estar aqui, preciso procurar outro trabalho e...

A pele de Anne foi ficando cada vez mais branca conforme falava. Dando lugar a um rosto apático e visivelmente doente, de modo que caísse ao chão da torre sem terminar de falar.

O meu pai é o Tony Stark Onde as histórias ganham vida. Descobre agora