Capítulo 21

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ALEXANDER

O grito alarmado de Rebeca vibrou em meus ouvidos, tirando do sono profundo em que me encontrava e num segundo ponho-me em alerta, puxando a arma da cabeceira e apontando com o dedo no gatilho para o invasor.

-- Bom dia, pombinhos! -Rock cumprimenta-nos com um sorrisinho dissimulado.

-- Rock?!--Exclamo, espantado, baixando a arma, - O que diabos faz aqui? - Questiono furioso.

Rebeca ergue o lençol até o queixo. mortificada.

-- Temos um compromisso pendente. Lembra? --diz num tom muito calmo e debochado, encostando-se na cômoda despreocupadamente.

Levanto da cama, me enfiando no roupão preto jogado displicentemente pelo chão, amarrando-o com mais força que o necessário.

--Poderia ter batido na porta.

--Ora, foi exatamente o que fiz. - Ele diz com ar inocente. -- Na verdade, quase derrubei a porta com as pancadas ... foi quando destravei o trinco e percebi que não estava trancada. Então entrei --Explica com naturalidade -Se eu soubesse que estava acompanhado não teria entrado. -- completa com divertimento.

- Você é ridículo! - digo, puxando bruscamente o sutiã de Rebeca que noto em sua mão.

-- Bem, da próxima vez, certifique-se de que a porta esteja trancada. -Recomenda em tom zombeteiro.

Constrangida, Rebeca apenas nos observa.

--É isso mesmo que irei fazer. -Replico irritado. -Agora, poderia sair e nos dá um pouco de privacidade? - Demando, indicando a porta.

Rock solta uma gargalhada.

-- Você me fez levantar muito cedo. Eu também tenho uma vida. -Ele resmunga, fingindo indignação, ao atravessar o recinto.

-- Acho que lhe devo um pedido de desculpas- Zombo.

--Não demore. Não tenho o dia todo-- ele sugere com uma risada abafada.

Balanço a cabeça concordando, e ao abrir a porta me deparo com Enrico e Norah parados na entrada da porta

--O que está acontecendo aqui? - Meu pai pergunta, olhando Rock cruzando a porta. -Escutamos um grito.

-- Que eu saiba, nada. -- respondo ríspido, pronto para fechar a porta.

--Como nada? -- Rock contesta-e virando para meu pai e minha madrasta, declara: -- Alexander e Rebeca dormiram juntos.

Norah e Enrico lançam-me um olhar de desaprovação.

Rock mal pode segurar a risada.

-- Exatamente! - Confirmo, fuzilando o fofoqueiro, que não esconde estar se divertindo com a situação.

-- Você continua perseguindo Rebeca, estando noivo de Petra? -Enrico interpela severo.

-- Isso precisa ser corrigido. -- Rock põe mais lenha na fogueira.

--Você é um intrometido! - Resmungo.

De lado, noto Rebeca muito desconcertada, sentada no meio da cama. A última coisa que eu precisava numa manhã era de uma reunião familiar. Mas, apesar de não gostar de ser questionado, devo admitir que o momento merece uma explicação, principalmente com Norah me olhando acusadora.

-- Pai, Norah, depois conversamos e tudo será esclarecido. E, só para tranquilizá-los, aviso-os que não existe mais noivado.

Eles assentem, e seus semblantes demonstram surpresa e alivio.

--Venha Enrico. -- Norah a agarra o marido pelo braço e a afastam-se da entrada da suíte.

Antes de trancar a porta direciono um olhar fulminante ao Rock, parado no meio do corredor.

UMA TRAMA DO DESTINO- RELEITURAOn viuen les histories. Descobreix ara