ALEXANDER
O grito alarmado de Rebeca vibrou em meus ouvidos, tirando do sono profundo em que me encontrava e num segundo ponho-me em alerta, puxando a arma da cabeceira e apontando com o dedo no gatilho para o invasor.
-- Bom dia, pombinhos! -Rock cumprimenta-nos com um sorrisinho dissimulado.
-- Rock?!--Exclamo, espantado, baixando a arma, - O que diabos faz aqui? - Questiono furioso.
Rebeca ergue o lençol até o queixo. mortificada.
-- Temos um compromisso pendente. Lembra? --diz num tom muito calmo e debochado, encostando-se na cômoda despreocupadamente.
Levanto da cama, me enfiando no roupão preto jogado displicentemente pelo chão, amarrando-o com mais força que o necessário.
--Poderia ter batido na porta.
--Ora, foi exatamente o que fiz. - Ele diz com ar inocente. -- Na verdade, quase derrubei a porta com as pancadas ... foi quando destravei o trinco e percebi que não estava trancada. Então entrei --Explica com naturalidade -Se eu soubesse que estava acompanhado não teria entrado. -- completa com divertimento.
- Você é ridículo! - digo, puxando bruscamente o sutiã de Rebeca que noto em sua mão.
-- Bem, da próxima vez, certifique-se de que a porta esteja trancada. -Recomenda em tom zombeteiro.
Constrangida, Rebeca apenas nos observa.
--É isso mesmo que irei fazer. -Replico irritado. -Agora, poderia sair e nos dá um pouco de privacidade? - Demando, indicando a porta.
Rock solta uma gargalhada.
-- Você me fez levantar muito cedo. Eu também tenho uma vida. -Ele resmunga, fingindo indignação, ao atravessar o recinto.
-- Acho que lhe devo um pedido de desculpas- Zombo.
--Não demore. Não tenho o dia todo-- ele sugere com uma risada abafada.
Balanço a cabeça concordando, e ao abrir a porta me deparo com Enrico e Norah parados na entrada da porta
--O que está acontecendo aqui? - Meu pai pergunta, olhando Rock cruzando a porta. -Escutamos um grito.
-- Que eu saiba, nada. -- respondo ríspido, pronto para fechar a porta.
--Como nada? -- Rock contesta-e virando para meu pai e minha madrasta, declara: -- Alexander e Rebeca dormiram juntos.
Norah e Enrico lançam-me um olhar de desaprovação.
Rock mal pode segurar a risada.
-- Exatamente! - Confirmo, fuzilando o fofoqueiro, que não esconde estar se divertindo com a situação.
-- Você continua perseguindo Rebeca, estando noivo de Petra? -Enrico interpela severo.
-- Isso precisa ser corrigido. -- Rock põe mais lenha na fogueira.
--Você é um intrometido! - Resmungo.
De lado, noto Rebeca muito desconcertada, sentada no meio da cama. A última coisa que eu precisava numa manhã era de uma reunião familiar. Mas, apesar de não gostar de ser questionado, devo admitir que o momento merece uma explicação, principalmente com Norah me olhando acusadora.
-- Pai, Norah, depois conversamos e tudo será esclarecido. E, só para tranquilizá-los, aviso-os que não existe mais noivado.
Eles assentem, e seus semblantes demonstram surpresa e alivio.
--Venha Enrico. -- Norah a agarra o marido pelo braço e a afastam-se da entrada da suíte.
Antes de trancar a porta direciono um olhar fulminante ao Rock, parado no meio do corredor.
ESTÀS LLEGINT
UMA TRAMA DO DESTINO- RELEITURA
Literatura romànticaRebeca tinha oito anos quando os pais morreram em um acidente de carro. Levada para itália pela tia, nem desconfia que ficará sobre o mesmo teto do homem que provocou o acidente. Sem contar que dez anos depois, ela se apaixona por ele: Alexander C...