Rebeca tinha oito anos quando os pais morreram em um acidente de carro. Levada para itália pela tia, nem desconfia que ficará sobre o mesmo teto do homem que provocou o acidente. Sem contar que dez anos depois, ela se apaixona por ele: Alexander C...
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Com estranha satisfação, observo impassível, as violentas trocas de insultos e acusações entre os membros da N'drangheta. Contrariados e injuriados revidam o sangue de Ferrara a qualquer custo, e em contrapartida do próprio Cosima por tê-lo acobertado com a desculpa de não amargar a reputação da organização.
--Cosima foi conivente e por isso deve ser punido também! —um grita encolerizado.
-- Traidor! – vozes se misturam.
--Isso mesmo, Cosima e Ferrara merecem morrer–outro revida.
Os aliados de Cosima tentam atenuar, acalmá-los, pondo-se em defendê-lo.
-- Não permitirei que duvidem da minha lealdade – Cosima replica, assumindo um ar ofendido.
Decido me abster de conter os furiosos por enquanto, e me acomodo em uma cadeira um pouco afastada.
Em instantes, Marcolo, um dos revoltosos, agarra Ferrara e o mantem preso vigorosamente pelo pescoço, enquanto, outros atacam-no, com chutes e socos. Os seguranças, afastam Cosima para longe do motim. Em pé, ao lado do telão, Frederico Tomazzino, treme dos pés à cabeça, muito pálido, ao ver Ferrara, jogado no chão, enquanto é agredido brutalmente.
A situação torna-se insustentável.
--Ainda bem, que deu ordem para que as armas fossem deixadas na entrada, ou teríamos uma matança aqui dentro. –Rock comenta, me olhando de lado, com as mãos nos bolsos e um sorriso diabólico.
-- Eu previ que isso poderia acontecer.
--Longe de mim, querer salvar Ferrara, mas devemos fazê-los parar. Afinal por enquanto, precisamos dele vivo. -- Rock previne.
--Tem razão ...Ele nos deve algumas informações importantes.
Tomando esta resolução, levanto-me, puxando a arma da cintura, e efetuo três disparos para o alto. Os agressores sobressaltam-se de seus ânimos violentos e pousam suas feições endurecidas em minha figura.
--Chega de bagunça! —brado em alta voz-- Voltem para seus lugares. – Delibero.
Cheios de ira, um a um tomam seus lugares, em meio ao silêncio absoluto que se instaura no salão.
Quando todos se acomodam, olho-os, demoradamente. Ninguém se move ou fala qualquer coisa.
--Eu compreendo que estejam revoltados, mas não aceito que se comportem como se fossem arruaceiros. – Reprovou-os, demorando o olhar em cada um. -- Quanto a Cosima, peço a todos que compreendam que, em nada pecou contra nossa instituição. Desse modo, deixo claro, que qualquer um, que se levante contra ele, responderá com a própria vida.
-- Percebam, senhores—Marcolo, filho de um dos membros do conselho da N'drangheta, sentado numa cadeira da primeira fila, se pronuncia, em tom raivoso-- Cosima está sendo privilegiado com o perdão de seus crimes sem que ao menos fossemos consultados. Isso não está correto.
