CAPÍTULO 41

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ALEXANDER

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ALEXANDER

 A essa altura dos acontecimentos, todos estão no casamento. Embora o orgulho me impeça de admitir, infelizmente, me sinto excluído do evento onde toda família se reuniu. Por outro lado,  reconheço que é melhor não está presente,  seria minar o restante de minha paciência, porquê, eu  não suportaria os olhares de censura e reprovação dos meus parentes. Só não contava que isso acabasse sendo tão doloroso particularmente para mim. Agora o que me resta, é beber sozinho, apoiado ao parapeito da varanda  do apartamento. Suspiro profundamente, erguendo  a cabeça para  perscrutar o céu cheio de pontinhos brilhantes.  E baixando a vista ao redor, tenho a impressão de que o tempo está parado. Nem uma brisa sopra   balançando as cortinas das janelas.  Tudo está quieto demais. Um contraste com a inquietação que me consome.   Bebo o ultimo gole da bebida, e despejo mais uma generosa dose, enchendo o copo,  para em seguida entorna-lo  na boca.  Tudo o que preciso nesse exato momento, é me embriagar, me livrar do horrível pressentimento de que algo catastrófico está por vir. Uma crescente agitação represa em meu íntimo, e durante dias venho tentando ignorá-la, no entanto, essa perturbação se expandiu, quase deixando no limite da minha sanidade. Por isso véspera do casamento, incumbi Hector de fazer a escolta de Rebeca, apesar de já ter providenciado anteriormente, um exército para fazer a segurança de todos.

Mas nada disso, resultou na tranquilidade que necessito para minha consciência. É absolutamente incoerente me deixar impressionar por pressentimentos infundados, mas eu precisava me precaver. Entretanto nada disso,  aliviou-me  do estranho aperto no peito, chega a ser quase física a sensação.

Maldição! Porque Rebeca tinha que ser tão teimosa? Porque ela não considerou minha oferta razoável? Ela não percebe que serei um péssimo pai? Ratificando, o pior pai que uma criança poderia ter.

Saio da varanda meio cambaleando e me estico sobre a cama, enterrando a face no travesseiro. Seria tão bom poder dormir por um instante. Fecho os olhos, e bocejo... sem saber quanto tempo se passou, pisco,  ao toque estridente do celular. Talvez eu tenha dormido um pouco,  porque ao despertar, acordo com o quarto mergulhado na escuridão.  Com dificuldade olho ao redor, lançando a vista no relógio ao lado do aparelho que nao para de tocar. Constato que   passa das quatro da manhã. Com um sobressalto me sento na beirada do colchão, e agarro o celular, deslizando o dedo na tela para conectar a chamada.

De imediato, a voz de Hector surge ofegante na linha.

--Senhor Alexander—ele parece hesitante--... tenho... tenho más notícias...

Olho ao redor do quarto, tentando controlar a pulsação forte do coração, enquanto me preparo para o que virá.

-- Aconteceu alguma coisa com minha mulher? -- pergunto, sentindo os músculos do meu rosto contrair-se.

-- Sua esposa ...—sua voz soa porosa-- desapareceu...

ficando perplexo por um instante, mal consigo assimilar o que ouço. De repente parece que o quarto girou e depois parou de girar abruptamente.

UMA TRAMA DO DESTINO- RELEITURAOnde as histórias ganham vida. Descobre agora