CAPÍTULO 31

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Rebeca

Pela milésima vez, sou tomada pelo medo

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Pela milésima vez, sou tomada pelo medo. Na verdade, a situação me enche de horror. Se eu tivesse juízo, teria recusado me meter nessa embrulhada. Ainda mais com as coisas mal resolvidas com Alexander. Pensando sobre isso, lembro que preciso deixar o passado definitivamente para trás. Por mais que seja doloroso, preciso seguir em frente. Rumo a um futuro, do qual nem sei o que esperar.

Baixo os olhos para o relógio no meu pulso, vendo o tempo correr. Já se passaram trinta minutos, desde que saímos da mansão, e a cada segundo a tensão aumenta.

O veículo segue velozmente pela estrada de terra, deixando uma densa nuvem escura de poeira para trás. De esguelha, olho para as duas mulheres acomodadas ao meu lado no banco detrás do automóvel e percebo que elas se esforçam para manter uma aparência tranquila. Mas seus semblantes, são traídos pelos olhares receosos. E, mais uma vez, verifico o relógio, contando cada minuto, cada segundo. Mais dez minutos e estaremos em nosso destino.
Respiro fundo, num esforço de controlar o nervosismo. Não tendo êxito, viro a vista para paisagem rural que contorna o caminho. Algumas casinhas apontam para a existência de moradores. Depois de alguns quilômetros rodados, o motorista executa uma manobra, conduzindo o veículo por um caminho estreito e em instantes, alcança um imenso campo aberto, onde um enorme casarão se encontra edificado imponentemente de modo assustador. Em seguida, veículo é estacionado em frente ao imóvel cercado por um grande número de homens armados, desde a entrada.

-- É aqui senhora! –ele avisa, olhando-nos por cima do ombro.

Viro para as garotas, vendo seus semblantes atemorizados. E, mal tenho tempo de tomar fôlego, a porta do meu lado é aberta por um soldado, não me dando outra opção, a não ser deixar o conforto do automóvel. Brianna e Antonella também se movem para fora, e em segundos, juntam-se a mim, debaixo do sol escaldante da tarde. Em pé lado a lado, nós três, erguemos os rostos para cima e contemplamos boquiabertas, o imenso bloco de pedra, que projeta sua sombra sobre nós. O imóvel utilizado para armazenar todo tipo de negócio ilegal que a Camorra movimenta, além de servir de prisão aos traidores, é muito maior do que imaginava.

-- Acho que foi uma péssima ideia virmos para esse lugar pavoroso. -- Brianna cochicha no meu ouvido com olhos arregalados.

-- Agora é tarde! – Digo desanimada, seguindo o soldado que nos mostra o caminho. Passamos por um imenso portão, vigiado por mais de vinte homens fortemente armados.

Ao entrar no interior do armazém, um ritmo de trabalho constante predomina no extenso pavilhão. Vários homens manuseiam carrinhos para enormes prateleiras que ocupam grande parte do espaço.

-- Os senhores Rock e Alexander estão aguardando-as—outro soldado, comunica assim que nos ver chegar.

-- Eles sabiam que estávamos vindo? – Antonella pergunta um pouco pálida.

-- Os soldados tiveram que comunicá-los, mediante a determinação das senhoras em vir. —O soldado confirma seco. --Queiram me acompanhar, por favor. -- solicita num tom educado, porem rude, caminhando em frente. Tentando alcançá-lo, temos que andar quase correndo pelo comprido corredor. Depois de percorrer três corredores e passar por três portões com fortes trancas, enfim o soldado para diante de uma porta de aço. Ele bate os punhos no aço, antes de entreabrir a porta. Então se põe na abertura.
-- Elas estão aqui – seu tom fúnebre causa um estremecimento pelo meu corpo. De imediato, escuto Alexander num tom imponente autorizando nossa entrada.

UMA TRAMA DO DESTINO- RELEITURADove le storie prendono vita. Scoprilo ora