Anaya Kamil tinha tudo o que considerava essêncial para ser feliz, mas uma tragédia a torna órfã. O destino levará Anaya a conhecer Alexandre Salvatore no campo de refugiados quando ainda ela era menina e ele um médico inexperiente.
Voltam a...
"Pensas que desconheço a densidade do muro negro que construiste, para proteger o teu melhor lado. Vem, e deixa-nos viver meu querido, deixa-nos amar e nunca recear. Depois deixa beijos apaixonados residir. Milhares e centenas deles, e centenas e milhares mais"
Capítulo não revisado. Pode conter erros.
Anaya Kamil
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Não conseguia analizar com clareza toda aquela bagunça em que estava metida. Como é que eu fui me meter naquela confusão? Aquilo ultrapassava as minhas capacidades reflexivas. Era demais pra mim... pra qualquer ser humano! Nunca imaginei que gostar de alguém fosse tão complicado, nem era assim que eu imaginava que seria o meu primeiro relacionamento. Apesar de estar familiarizada com a dor, tinha medo dela e faria de tudo para evita-la.
Deixei Antônia abalada tal como eu, consciente de que eu não estava interessada no Travis, houve um momento em que confundi tudo, ele é um homem lindo totalmente diferente do Alexandre e fazia sentido nós dois juntos, ele é negro eu sou negra, ví nele o homem ideal pra mim... mas a gente não manda no coração, e o meu escolheu um idiota para amar.
Apos caminhar alguns metros pelo Parque Metropolitano Zilker, liguei para Padre Marcelo, não quero que os meninos do abrigo se sintam abandonados ou esquecidos, era o primeiro fim de semana que passava sem os ver desde que os conheço então falei com a Nala e o Tobias durante a tarde, passei na biblioteca Municipal onde trabalhei em part-time e também visitei a campa do Ethan (o Ethan foi o homem responsável por eu e o meu irmão sempre vivermos nos mesmos lares de acolhimento, ele de alguma forma se sentia responsavel por nós).
Voltei pra casa muito depois da hora do almoço, comi um hot dog na lanchonete do campus. Provavelmente a dona Maristela já devia estar em volta do jantar.
Ouvi vozes no escritório, que parecia do Alexandre e o pai dele. Segui andando até ao quarto de hóspedes daquela mansão onde eu estava dormindo. Comecei a organizar a minha mala com esperança de apanhar o trem ainda hoje pra Dallas.
A porta do quarto foi aberta sorrateiramente, vejo o homem pelo qual o meu coração bate desgovernadamente... pelo amor da Santa! Dá um freio nesse core mulher! Toda vez que o vejo fico patética, e agora que estamos juntos parece que sinto tudo duas vezes mais.
