Anaya Kamil tinha tudo o que considerava essêncial para ser feliz, mas uma tragédia a torna órfã. O destino levará Anaya a conhecer Alexandre Salvatore no campo de refugiados quando ainda ela era menina e ele um médico inexperiente.
Voltam a...
"Que você não está sozinho Eu estou aqui com você Embora você esteja longe Eu estou aqui para ficar
Você não está sozinho Eu estou aqui com você Embora estejamos separados Você sempre estará em meu coração Você não está sozinho"
Capítulo não revisado. Pode conter erros.
Alexandre Endicott Salvatore
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A casa parecia-me dolorosamente vazia, era estranho pois eu não ia pra casa, ou não ficava tempo suficiente desde que perdemos o nosso filho. Apercebi-me que não era invencível, e a dor que sentia era indescritível, parecia física mas era mental, como se quisesse colocar toda água de um rio dentro de um copo descartável. Fora eu que a provocara a mim próprio. Mergulhei-me no trabalho, diferente do que devia ser, o trabalho me ajudava a esquecer os problemas. Fui algumas vezes a Austin ver o Tobias jogar, ia frequentemente ao abrigo na esperança de causar um encontro "casual" com ela, parecia uma missão impossível, nunca conseguimos estar frente a frente. Estava cada vez mais difícil respeitar a sua decisão de a dar um tempo, deixa-la em paz, deixa-la se reencontrar, era como pedir-me para deixar de respirar.
Anaya complicava tudo com a sua liberdade, o pior é que em momento algum ela está ou estava a salvo, o Manin continuava a vigiando, e por mais que a pedisse que voltasse pra casa, mesmo que fosse apenas pra eu a proteger... ela preferia manter a sua rotina como se não estivesse correndo riscos. A única coisa que não fazia, respeitando um dos meus pedidos, era estar presente nas festas que organizava. Lamentava por isso também, ela adorava o seu trabalho.
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Tinha chegado o fim do ano lectivo, e a Nala iria fazer o papel principal de uma peça na escola, a minha família veio toda de Austin, incluindo o meu pai de propósito. A nossa separação fez com que todo o resto do mundo se tornasse próximo, menos nós dois.
Estacionei o carro no parque do colégio, estava cheio, segui a fila que salpicava a paisagem de pequenas pessoas vestidas com as suas variadas fantasias dos personagens da peça até ao auditório, estava apinhado de gente. Procurei por rostos conhecidos e estavam todos lá, menos Anaya, e eu normalmente é quem atrasava nos eventos, na verdade estava atrasado nesse mesmo evento.
