Anaya Kamil tinha tudo o que considerava essêncial para ser feliz, mas uma tragédia a torna órfã. O destino levará Anaya a conhecer Alexandre Salvatore no campo de refugiados quando ainda ela era menina e ele um médico inexperiente.
Voltam a...
"Você atingirá o sucesso quando apresentar com orgulho as cicatrizes que adquiriu ao longo da sua jornada"
Capítulo não revisado. Pode conter erros.
Alexandre Endicott Salvatore
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Um silêncio perturbador oucupava o carro, o clima estava tão pesado quase como as nuvens densas que ocupavam o céu nesse exato momento. Olhava estranhamente para a sua figura com os olhos vidrados e o cenho trancado. Tenho certeza que se não me afastar dela, irei enlouquecer. Ela olhou de volta pra mim com raiva. Tentava mostra-se não estar afetada com as minhas palavras, estava incomodado com os seus constantes interrogatórios.... Não sou propriamente exemplo de uma pessoa carinhosa, mas ela conseguia ter os dois lados meus. Àquele que só mostrava quando estava com crianças, e o pior deles.
Queria dizer à ela que sou uma pessoa demasiado sobrecarregada, que sofria e que também estava com raiva pela sua ousadia, mas principalmente, estava com raiva por ela fazer-me perder o temperamento sempre que estava por perto. Não queria voltar a ve-la, mas ao mesmo tempo, queria mais... o quê exatamente? Não sei...
Sendo honesto, sentia-me incomodado com a sua aproximação, irritava-me o facto de ela estar sempre sorridente e a capacidade que tinha em estreitar intimidades comigo.
E quem disse que ela podia simplesmente entrar na Minha Casa, ganhar a confiança da minha filha? Tanto até que a mesma queria que ela voltasse! Nem mesmo Ariana conhecia aquele lado da minha vida!
Permanecia em choque, tentando processar tudo que acabara de ocorrer, normalmente tenho sempre algo a dizer, mas com ela era diferente. Perdia a fala, os argumentos e até a arrogância.
A força que aplicou ao fechar a porta, fez-me olhar pra ela com mais afinco. A chuva começava a cair fortemente, o vestido rosa de viscose que ela usava começava a ficar grudado em todo o seu corpo.
Atravessou a rua, e quando chegou na entrada do seu apartamento parou, não parecia querer arredar os pés de onde estava. Contornei o carro, estacionei e gritei para que ela saisse da chuva, apesar da minha irritação não queria que ela adoecesse.
