Anaya Kamil tinha tudo o que considerava essêncial para ser feliz, mas uma tragédia a torna órfã. O destino levará Anaya a conhecer Alexandre Salvatore no campo de refugiados quando ainda ela era menina e ele um médico inexperiente.
Voltam a...
"Você tem duas opções: pode continuar fugindo, se escondendo e culpando o mundo pelos seus problemas, ou pode se defender e decidir ser alguém importante. A mágica existe, mas você tem que ser o mago. Você tem que fazer a mágica acontecer."
Capítulo não revisado. Pode conter erros.
Alexandre Endicott Salvatore
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Três horas no bloco operatório, Anaya e o meu filho estavam bem, ela permaneceria em observação e o bebê foi levado ao berçário. Era um rapaz, grande e forte, não podia estar mais feliz se não fosse o facto de estar obcecado em acabar com a vida do Manin. Mesmo depois de eu constatar por mim próprio que ela tinha boas chances de sair dessa sem danos físicos consideráveis graves, não conseguia deixar de pensar nela sendo violentada sem poder fazer nada, aquilo estava me afetando de tal maneira que não consegui ver o meu filho.
A minha mãe e a Maria ficaram as duas controlando Anaya e o bebê, eu voltei para trocar de roupa em casa, quase morri com a monstruosidade de todo aquele cenário. O Travis que veio dirigindo, ficou estático no meio da sala não acreditando em como tudo aquilo foi possível acontecer em tão pouco tempo, dentre nós dois, ele era o mais sentimental tinha os olhos brilhando por conta das lágrimas, se ele ficou desse jeito, ninguém fazia ideia dos monstros os quais eu estava lutando para manter-me firme.
Ao longo dos anos, Travis teve problemas mas sempre tratou de dar a volta por cima, continuava saindo, se relacionando e se apaixonado, ainda que depois não desse em nada ele não se tornou num ser humano difícil de se conviver, arrogante, zangado com o mundo e mais alguém, como eu fui até encontrar Anaya, e olhem no que deu... Se a tivesse deixado em paz quando ela saiu de casa, não estaria passado por tudo isso, era um fodido, a última coisa que deveria acontecer era me reaproximar dela. Mas eu não podia, não consegui... Pensar na minha vida sem Anaya chega a sufocar, não sei como sobrevivi durante todos esses anos sem ela na minha vida, ela traz em mim uma sensação de paz jamais vivida.
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A polícia havia transformado a minha casa em cena de crime, interdita, em todos os cômodos havia uma fita amarela. O nosso refúgio, o lugar que escolhemos para criar os nossos filhos estava marcado para sempre. Antes de sair, olhei para tudo com pesar, eu só queria poder traze-los para casa e viver intensamente aquele milagre que nós estávamos vivenciado com o nascimento do nosso filho, mas não os podia trazer de volta a um lugar que poderá ativar gatilhos negativos a ela.
