𝐂𝐚𝐩𝐢𝐭𝐮𝐥𝐨 46✍︎

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𝑯𝒖𝒈𝒐 𝑮𝒐𝒏𝒛𝒂𝒍𝒆𝒔

Paramos diante de uma porta e Dylan deu um pontapé, arrancando-a das dobradiças. Vi duas mulheres, que estavam seminuas sobre um cara, saírem gritando quando viram a porta arrombada. Além daquele que se divertia, havia outros três homens dentro do cômodo.

— Gonzales? — o líder do grupo arregalou os olhos enquanto ajeitava o zíper da calça.

— Deve saber muito bem quem eu sou.

— O chefe — falou com um tom de deboche que eu não gostei.

— Sim, eu sou o chefe.

— A que devo uma visita da vossa majestade em um momento... digamos... tão inoportuno?

— Fiquei sabendo que criou uma confusão no bairro vizinho que atraiu até a atenção dos federais.

— Eles são intrometidos demais.

— São?

— Claro que sim.

— Eu vi a cena. Tem corpos para todo lado. Você foi muito imprudente no que fez.

— O Meyer era um idiota. Se não perdesse o território para mim, iria perder para outra pessoa. Eu só quis adiantar um pouco o processo.

— Adiantar o processo? — cerrei os dentes.

— Sim.

— Chicago é minha. Sou eu quem decide quem ganha ou perde território. Escolho até se vocês continuam respirando.

— Aqui é só o Bronx, cara. Pessoas poderosas como você não se importam com a ralé como a gente.

— Tem razão. Eu não me importo com vermes como você, mas me importo muito com quem não cumpre as minhas regras. Elas são bem claras sobre quem decide os responsáveis pelos territórios.

— Volta para o seu castelo de luxo e deixa que eu decido as coisas aqui no meu buraco.

Tirei a minha arma do coldre, destravei rapidamente e, antes que ele tivesse tempo de reagir, atirei contra a sua cabeça, fazendo com que seu corpo fosse impulsionado para trás e ele batesse a cabeça na parede que estava a centímetros dele.

— O seu chefe não sabia respeitar a hierarquia e eu espero que o restante de vocês saiba — assustados, apenas moveram a cabeça em afirmativa — Escutem bem o que quero que vocês façam — guardei a minha arma de volta no coldre e eles ficaram mais calmos, ainda que o Dylan e meus homens estivessem prontos para atirar se fosse necessário — Vão escolher alguém para responsabilizar pelo massacre. O FBI precisa de um culpado e é isso o que vão entregar para os federais. Depois escolham outro líder, mais obediente, ou da próxima vez, não matarei apenas ele — apenas fizeram que sim.

— O que vai acontecer com o território do Jacob Meyer? — questionou um dos homens, cometendo um erro que me fez pensar no motivo de não tê-lo matado também.

— Vai continuar com a mesma gangue até que eu decida o contrário. Minha cidade, minhas regras, entendeu? — fez que sim — Ótimo, não queria repetir a cena mais se for preciso não pense que eu não farei.

Dei as costas e fui para o corredor. Logan veio comigo e os meus homens em seguida.

— Achei que tivesse ficado mole para matar — zombou, quando entramos no carro.

— Se eu fosse você, ficava calado ou o próximo tiro da minha arma vai atravessar os seus miolos.

Dylan riu, mas não disse mais nada. Provavelmente havia exagerado ao matar o homem sem pensar duas vezes, mas iria mandar um belo recado aos outros chefes de gangue que pensavam em questionar a minha autoridade e hierarquia. Chicago era minha e continuaria dessa forma.

[...]

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