|•𝐂𝐚𝐩𝐢𝐭𝐮𝐥𝐨 34

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𝑷𝒊𝒍𝒍𝒂𝒓 𝑴𝒆𝒏𝒅𝒆𝒔

- Agente Mendes, em posição? - ouvi a voz de uma analista através de uma escuta que eu escondia com o meu cabelo.

Ela e alguns outros agentes estavam em Nova York ainda, mais nós falaríamos pela esculta, eles nos ajudaria de lá se precisassemos de reforço. Parecia ser algo simples, pois eu precisava apenas observar, examinar e não chamar atenção demais para mim e, com sorte, conseguiria alguma informação importante sobre a maior organização criminosa de Chicago.

Hugo Gonzales estava acima de tudo e todos, desde grandes traficantes aos membros de gangues.

- Estou entrando - respondi pelo ponto ao passar pelos seguranças na entrada e seguir para o salão lotado de pessoas se remexendo ao ritmo da música.

Vasculhei o lugar com o olhar, no entanto o jogo de luzes coloridas e a fumaça tornavam mais difícil enxergar. Mas tentei ficar mais atenta, relembrando de todo o meu treinamento e as técnicas que tinha que aplicar no trabalho diariamente, então notei uma grande movimentação numa escada que levava para um mezanino da área vip.

Vi uma mulher puxando um homem loiro pelo braço, sendo seguidos de muitos homens. Pelo estilo e a postura, pareciam ameaçadores, além de eu ter conseguido ver a arma de um deles.

- Acho que encontrei - avisei pelo ponto, mas estava chiando demais e eu não conseguia saber se eles tinham me ouvido.

Decidi seguir pelo caminho que os meus suspeitos haviam ido. Dentro da minha bolsa de mão não havia arma nem distintivo, apenas um pequeno canivete escondido na forma de um batom, tudo o que poderia contar nos próximos minutos.

Entretanto eu não precisava chamar atenção para mim e acreditava que poderia conseguir me aproximar, sem que precisasse de usar o canivete.

Subi a mesma escada, mas antes que eu conseguisse entrar no espaço, um homem de terno e olhar mal-encarado parou na minha frente, barrando a minha entrada o que fez eu bufar de imediato.

- Esse lugar é restrito, senhorita.

- Desculpa - mexi no cabelo com confiança sobre o meu próprio charme - Eu vim participar da festinha do senhor Gonzales - pisquei para o segurança.

Ele me olhou dos pés à cabeça, me analisando. Estava com um vestido preto de coro, grudado no corpo, que tinha uma enorme fenda  entre os meus peitos e deixava as minhas coxas a mostra também.

- Preciso checar com a segurança do senhor Gonzales - o homem virou as costas e pareceu vasculhar com o olhar a procura de alguém.

- Ele não vai querer esperar - mexi no cabelo e imaginei o quão péssima estava me saindo naquela tentativa idiota de sedução, já que não estava funcionando.

- Desculpa, senhorita, mas não posso deixá-la passar sem autorização, são as regras.

Já que não ia passar por bem ia ter que ser por mal, mais ia achar um jeito de entrar ali, nem que tivesse que apagar alguém. Mas quando estava prestes a dar as costas e cogitar um plano melhor, vi um par de profundos olhos azuis olhando diretamente para mim.

[...]

Insta: autora.marianasihlva

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