|•𝐂𝐚𝐩𝐢𝐭𝐮𝐥𝐨 22

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𝑫𝒂𝒗𝒊𝒅 𝑮𝒐𝒏𝒛𝒂𝒍𝒆𝒔

Estava na boate do hotel.
Era Vegas, não precisávamos ir muito longe.

O lugar era um palácio de marfim que fazia qualquer um ser uma estrela. Passei pelas mesas de jogos, mas como isso não me chamava atenção, entrei direto para a boate que tocava músicas altas. As mesas, no canto, davam liberdade para todos dançarem; e, no meio da grande pista, dançarinas profissionais rodopiavam no pole dance.

Com a bebida em meus dedos, eu fazia uma varredura no local, procurando alguma mulher que chamasse a minha atenção.
Observei o relógio em meu pulso, passava da meia-noite. A pequena diaba já estaria desmaiada em cima dos documentos em seu quarto.

- Deseja mais alguma coisa, rapaz? - a garçonete de vestido extremamente apertado, que deixava o grande vale dos seus seios à mostra, perguntou.

- Não, obrigado - respondo polido, virando-se para a pista, observando tudo.

Estava observando a pista quando o meu celular apita, era uma mensagem do Hugo perguntado se estava tudo ok, mesmo numa boate resolvo ligar para ele:

-Os chineses gostaram do que viram... - falo ao telefone e levo a bebida aos meus lábios, lembrando-me da reunião.

Hanna tinha deixado tudo mastigado. Para uma secretária, ela era rápida. Todos os pontos e créditos estavam em suas pastas que ela entregou como portfólio da empresa. Eu olhava curioso, como ela tinha se desenvolvido desde então, sempre calma e serena.

Ela sorria, deixando o lugar agradável enquanto conversava com os outros executivos. Ao fim da reunião, mais cedo, pude ter um relance dos olhos dela, que me observava com felicidade. Era quase como se realmente estivesse feliz pelo acordo ter dado certo e não porque seríamos obrigados a dar uma gratificação a ela. Seus olhos negros, meigos e alegres, tinham parado em mim, e seu sorriso continuava.

Senti ódio quando o filho de Chan chamou sua atenção, fazendo-a se desviar e abrir mais ainda seu sorriso para ele.
Filho da puta!
Ele não merecia aquele sorriso.

-Vamos expandir muito mais - Hugo responde do outro lado da linha.

-A pequena diaba merece um crédito, estou pensando em algo para ela - falo baixo e observo o copo.

-Vai lhe dar um bônus?

-Quem sabe.

-Se dê certo me lembra de agradecer ela pessoalmente - Hugo fala.

-Não é necessário, agora tenho que desligar. Tenho muito da noite para aproveitar ainda.

-Percebe-se. Ate mais.

Desligo a chamada e volto a minha atenção para a pista de dança procurando alguma mulher que vale a pena tirar o atraso.

Logo uma música latina começou a tocar alto. Rabiosa da Shakira explodiu na boate enquanto eu soltava o ar. O DJ não estava ajudando, inferno! Todos começaram a dançar mais ao som quente da música. Meus olhos, então, focaram-se no centro da multidão, que ia se apertando perto do palco onde mulheres dançavam.

A mulher no pole dance se mexia, enquanto ria batendo palma. Ela, em seguida, abaixou-se perto do palco e seus dedos se esticaram. Do meio da multidão, um pequeno corpo foi erguido para cima pelos rapazes que estavam lá perto. A pequena fêmea fatal estava com cabelos curtos, soltos, lisos, rebolando, balançando o seu quadril junto à dançarina.

- Merda, eu gosto daquela visão... - esculto um cara da mesa ao lado falar.

Eu não precisava virar para o cara para saber que ele olhava também a mulher no palco com vestido bastante decotado.

As mãos dela desciam pela bela bunda, enquanto se requebrava lentamente. Suas pernas estavam torneadas sobre o salto alto e fino que combinava com as pequenas pedrarias do seu vestido. Ela jogou seus cabelos para o lado enquanto segurava a barra do pole dance, balançando seu corpo de uma forma sugestiva.

Fui obrigado a me arrumar na cadeira, endireitando meu pau que já estava atento àquilo. Suas costas limpas, expostas, deixavam quase a sensação de que aquele pedaço de pano em sua bunda ia cair.

Seu quadril se requebrava, e ela se segurou a barra de ferro com uma mão só, dando um giro, deixando suas pernas se apertarem sobre o metal. A grande cascata de cabelos caiu em seu rosto, deixando-a mais sexy conforme ela ia se esfregando no pole.

Sua bunda se colou ao material e escorregou em um vai e vem lento. Ela soltou a barra, deixando seus dedos acariciarem seu seio, descendo lentamente pela cintura, deslizando em suas laterais.

Sua cabeça requebrava junto com seu traseiro, jogando todo seu cabelo para o lado. Os dois dançarinos do outro palco subiram junto a ela, e os três fizeram uma dança envolvente, enquanto ela tampava o rosto, deixando aparecer apenas a curva macia do pescoço de pele clara.

Os brincos de argola em dourado brilhavam mais junto à sua pele. Ela deixou seus dedos se espalmarem contra o homem, que se prendeu à sua cintura fina.
O segundo, logo atrás dela, deixava seus dedos um pouco abaixo dos seios. Então, soltaram os movimentos com a música latino-americana. Eles brincavam com ela como se fosse a pequena boneca deles. Seu curto cabelo caiu para trás quando ela encostou a cabeça no peitoral do homem.

As pessoas embaixo do palco assobiavam, gritando para os três enquanto eles iam descendo lentamente em uma dança sensual. A grande bunda redonda se empinou, rebolando, e a mulher deslizou seus dedos pelo peito do cara à sua frente. Eu me concentrei um pouco mais naquele traseiro, que estava quase sendo amassado entre os dois caras, e senti meu sangue ferver enquanto todo o meu rosto se fechava.

Bati minha mão na mesa, empurrando minha cabeça na direção da pista... porque eu tinha a impressão de que conhecia aquele rabo redondo.

PORRA!

Volto a minha atenção para o trio ternura dançante, e touché! O rosto dela se virou, enquanto ria com o batom vermelho alegre em seus lábios carnudos, os olhos endiabrados.

- VOU MATA-LÁ! - a cadeira ao meu lado caiu junto com a minha quando reconheci aquele rosto fodidamente sexy e arteiro - Filha da puta! - eu avancei pelos demais no meio da boate, empurrando-os, tentando ter acesso ao maldito palco.

Eu iria arrancar ela de lá pelos cabelos se necessário!
Porra, como ela estava desse jeito! Nunca a tinha visto com os cabelos soltos e livres, era sempre em um coque, uma trança de colegial.

A parte da frente da porcaria da roupa era minúscula, praticamente três riscos que ligava um lado ao outro, tampando apenas seus seios, deixando o meio do seu corpo à vista. Tinha apenas duas correntes delicadas que se erguiam se prendendo atrás da sua nuca. Ela dançava mais, enquanto todos ao seu redor gritavam e uivavam como malditos cachorros no cio.

- Sai, caralho! - empurrei o cara à minha frente.
A diaba estava muito encrencada.

Assim que cheguei, vi perfeitamente suas pernas livres de perto. Se ela se abaixasse mais um pouco, qualquer um poderia ver a sua maldita calcinha, se é que ela estava usando uma.

Já estava em cima do palco, empurrando os dançarinos; e, antes que ela fugisse, segurei seus braços, quando ela os ergueu acima da cabeça, dançando.

Seus olhos se assustaram ao me vê rugindo em sua orelha. Ela tentou fugir, mas segurei seus tornozelos puxando-a para mim.

Nem lhe dou tempo: jogo seu corpo sobre minhas costas, fazendo-a cair em meus ombros. Seu corpo balançou enquanto ela gritava de raiva. Sigo para fora do cassino enquanto apertavo forte a mão em sua bunda, segurando seu vestido para que não mostrasse mais do que já tinha mostrado.

[...]

☘︎𝐴𝑙𝑔𝑢𝑒𝑚 𝑒𝑠𝑡𝑎 𝑚𝑢𝑖𝑡𝑜 𝑒𝑛𝑐𝑟𝑒𝑛𝑐𝑎𝑑𝑎.
𝑉𝑜𝑡𝑒𝑚 𝑒 𝑐𝑜𝑚𝑒𝑛𝑡𝑒𝑚 𝑚𝑢𝑖𝑡𝑜☘︎
Insta: autora.marianasihlva

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