|•𝐂𝐚𝐩𝐢𝐭𝐮𝐥𝐨 17

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𝑯𝒂𝒏𝒏𝒂 𝑽𝒊𝒕𝒊𝒆𝒍𝒍𝒐/𝑮𝒊𝒖𝒍𝒊𝒂 𝑨𝒏𝒅𝒓𝒆𝒘

- Achei que já estaria em alguma área de recreação juvenil por aí, senhorita Vitiello - a voz do David era como o motor forte de um Maverick acelerando, o cara era quente.

Malditoo homem.

- Não, senhor Gonzales, estava ao fundo da sala, não quis interromper sua conversa, por isso fiquei acompanhando de lá a palestra - meus olhos, por mais atentos que estivessem ao homem no palco, não deixaram de perceber a forma como ele conversava com uma criatura magra de cabelos lisos e roupa executiva decotada.
Ela quase jogava as tetas em cima dele.

Ele me encarou e, antes mesmo de falar alguma coisa, a cobra míope deslambida alisou seu braço, cochichando em seu ouvido, enquanto seus olhos continuavam presos aos meus. Era algo que eu não desejava ver, por isso fitei meus belos sapatos em vez da cena degradante à minha frente.

Tive um vislumbre das mãos salientes, com unhas pintadas em um vermelhão chamativo, deslizar no bolso da calça preta um pequeno cartão magnético.

Soltando uma lufada de ar, desviei minha atenção para outra direção. Ótimo, agora tinha que registrar a vadia que lhe dava o cartão extra do quarto. Ok, eu sabia que nessas conferências a maioria desses idiotas ficavam de putaria, eu não era ingênua.
Estamos em Las Vegas, a cidade do pecado.

E até eu queria por meus pecados em dia. Mas qual é?
O filho da puta nem sequer tinha largado outras nas três últimas conferências! Ele ia fazer o quê?! Abrir sua porta de hora em hora para gritar “próxima”?

- Está com algum problema, senhorita Vitiello? - voltei meus olhos para ele, vendo que a cobra não estava mais colada em seu ouvido, mas o cheiro enjoativo ainda exalava no ar.
Balancei minha cabeça em negativo, voltando à minha postura profissional.

- Não senhor. Se me der licença irei ao toalete, podemos nos encontrar dentro do salão depois?

- Ok vou esperar lá. Não demore, não me faça ir atrás de você - ele fala sério.

- Sim senhor - respondo.

Sigo para o banheiro que tem naquele andar, entro em umas das cabines e pego o meu celular discando o número de contato da Pillar, desde que cheguei não deu pra entrar em contato:

-Oi Pillar - falo assim que ela atende.

-Oi Giulia, aconteceu alguma coisa ai? - ela pergunta já em alerta.

-Não, só queria lhe informar que chegei bem, não deu pra entrar em contato antes, estava muito ocupada.

-Ah sim, certo. Mas você levou o projeto espião? E os seus equipamentos de proteção?

-Sim, está tudo comigo, assim que achar uma brecha irei infiltrar na estação deles daqui.

-Ok, qualquer coisa me liga.

-Tabom. Tem alguma notícia dos seus parceiros? - pergunto pois faz dias que eles não entram em contato.

-Não, depois do dia que eles falaram que tem um espião entre eles, estamos tendo mais cuidado para não descobrirem a nossa indentidade daqui e revelarem.

-Certo. Agora eu que digo, qualquer coisa me avisa não quero ser pega desprevenida, por uma bala na minha cabeça atirada pelo meu chefe porque ele descobriu a minha indentidade verdadeira.

-Relaxa, pelo o que eu tenho observando eles param de te seguir, acredito que já estão começando a confiar em você.

-Não é o que parece.

[...]

☘︎𝑉𝑜𝑡𝑒𝑚 𝑒 𝑐𝑜𝑚𝑒𝑛𝑡𝑒𝑚 𝑚𝑢𝑖𝑡𝑜☘︎
Insta: autora.marianasihlva

Rendidas Pela MáfiaWhere stories live. Discover now