|•𝐂𝐚𝐩𝐢𝐭𝐮𝐥𝐨 35

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𝑯𝒖𝒈𝒐 𝑮𝒐𝒏𝒛𝒂𝒍𝒆𝒔

- Eu vou dançar - Hanna colocou o copo vazio na mesa diante de mim e começou a descer da área vip meio cambaleando.

- Fique de olho nela - Dylan fala pra David.

- Ela veio não foi comigo - David dá de ombros.

- Ian tá mais bêbado que ela, não tem a mínima possibilidade de ele conseguir vigiar ela.

- Problema não é meu.

- Sabe muito bem as pessoas que estão aqui né - Dylan fala.

David segue a mulher com o olhar e encontra ela na pista de dança com vario caras ao seu redor, presenciando a dança sensual.

- Foda-se - ele fala, levantou do sofá para segui-la.

Logo Dylan também se afasa indo falar com algumas pessoas importantes.

Vasculhei o ambiente com o olhar até que parei na entrada do espaço vip e notei que, atrás do segurança, havia uma mulher asiática. Ela conversava com ele, mexendo no cabelo e jogando charme de um jeito engraçado.

Levantei-me e caminhei até chegar mais perto, para observá-la melhor, facilmente levado pela minha curiosidade. Assim que eu a encarei, ela me fitou de volta, notando a minha presença. Vi um certo espanto no seu olhar que logo desapareceu e ganhou ar de curiosidade.

A luz do ambiente era baixa para que eu a visse com clareza, mas ela parecia ter menos de vinte anos. O cabelo era curto, liso e castanho. Os olhos pareciam ter o mesmo tom e eram puxados, mas ganhavam um brilho pelo reflexo das luzes no ambiente.

Talvez eu estivesse disposto a me permitir algum tipo de distração naquela noite, principalmente com uma mulher tão bonita.

- O que está acontecendo aqui? - falei com o segurança, assustando-o ao parar ao seu lado.

- Essa senhorita está querendo entrar.

- Deixe-a passar - fiz um gesto com a mão e o segurança assentiu, sem se dar ao trabalho de discutir comigo. O segurança deu um passo para o lado e a moça passou.

- Obrigada - ela abriu um sorriso sutil ao desviar os olhos, sem ousar me encarar diretamente.

- Qual o seu nome?

- Ca-Camila.

- Bonito.

- Obrigada - estendi a mão para ela e, surpresa, hesitou antes de pousar sua palma sobre a minha.

Seus dedos estavam frios pelo suor gelado e era evidente todo o seu medo e tensão. Não era a primeira garota de programa que se excitava com a ideia de se envolver com o chefe da máfia, mas que se apavorava ao finalmente estar frente a frente comigo.

- Vamos nos sentar - apontei para o sofá e ela assentiu.

Caminhamos a passos lentos e eu me acomodei primeiro antes que ela se sentasse ao meu lado. Amaldiçoei a pouca luz por não me deixar ver com clareza todos os traços do seu rosto. Fazia muito tempo que alguém não me chamava tanta atenção.

- Eu nunca a vi antes nessa boate - não era impossível, pincipalmente porque eu não frequentava muito os clubes, principalmente aquela casa noturna.

- É a primeira vez que eu venho aqui.

- Trabalhava em outro ponto?

- Ponto? - ela arregalou os olhos e me surpreendi com o seu espanto.

- Onde oferece seus serviços.

- Ah! - houve um certo decoro e um avermelhamento das suas bochechas. Era a primeira prostituta com vergonha que ficava diante de mim.

- Onde?

- Onde o quê?

- Você costumava ficar?

- Ah! No Brooklyn, mas tem companhias muito mais interessantes aqui.

- Pode apostar que sim - contornei o seu rosto com a mão.

Sua pele era macia, e o seu olhar angelical demais para uma prostituta com um grande currículo.

- Você é nova nisso?

- Nova?

- Em sair com clientes.

- Sou, me desculpa.

- Tudo bem - ri, e contornei os lábios finos com o meu polegar, fazendo com que ela os afastasse levemente.
Talvez pudesse ser o meu presente daquela noite.

[...]

Insta: autora.marianasihlva

Rendidas Pela MáfiaWhere stories live. Discover now