Suspirando mais uma vez, ele se aproximou e encostou sua testa na dela, murmurando promessas de que tudo ficaria bem. Logo depois ele mordeu o pescoço da mulher.
Os gritos que ecoaram foram abafados pela mão do vampiro na boca de Aurora, a impedindo de continuar. Ela sentiu quando Carlisle se afastou, mas a dor permaneceu, a fazendo arquear na cama enquanto desejava que tudo acabasse.
Enquanto isso, Carlisle se encolheu no canto mais afastado do quarto, se sentindo o verdadeiro monstro que era por ter causado dor a sua irmã — que apesar de ser dois anos mais velha, ainda era considerada o verdadeiro chaveirinho da família Cullen.
Em seu íntimo, ele tentou se convencer de que ela ficaria bem. Mas nada conseguia tirar de sua cabeça os gritos desesperados de Aurora.
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Forks, Washington Ano de 2008
Aurora estacionou em frente a Forks High School e removeu os óculos escuros, olhando para o prédio antigo. Logo depois ela saiu, trancou o veículo e, sem cerimônias, seguiu para o prédio do refeitório.
De longe, ela acenou para a janela, sabendo que havia sido vista. Pouco depois Rosalie se aproximou e a abraçou — um costume que as duas tinham — com um sorriso.
— Pensei que viria depois das aulas — comentou.
Aurora deu de ombros, dobrando as alças dos óculos.
— Decidi vir mais cedo dessa vez — disse — Carlisle não vai pegar turno.
— Então podemos jogar hoje?
O questionamento alegre de Emmett a fez rir. Ele havia se aproximado, juntamente de Jasper, enquanto elas não viam, tentando pegá-las de surpresa. Pena que com Aurora aquilo não funcionava.
— Você sabe que vamos jogar hoje — ela sorriu para ele — E Alice e Edward?
Os três se encararam por um momento.
— Estão com a namoradinha dele — Rosalie respondeu, sem se preocupar em esconder a repulsa.
Aurora revirou os olhos. Que grande novidade, pensou. Ela balançou a cabeça e sorriu novamente, vendo que alguns alunos já deixavam o refeitório e seguiam para os demais prédios.
— Bom, melhor eu ir — disse — Deixei o hospital no horário de almoço, e provavelmente Carlisle vai perguntar onde estou.
— Vai nessa, chaveirinho do Carlisle — Emmett riu alto, se afastando com os outros.
Aurora riu com o apelido, também indo em direção ao seu carro, fora do terreno do pequeno colégio. Não era segredo para sua família que seu irmão tinha uma certa preferência por ela, a irmã mais velha que era tratada como caçula desde a vida humana. A justificativa dele — em tons de brincadeira — era de que ela era divertida de mais para ser a mais velha, então ele assumia esse papel.
