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Três avisos rápidos ^_^


1) Vou começar a postar aos domingos (coisa da minha agenda aqui... tive que realocar)

2) Alguns capítulos serão divididos em mais partes (como este). Mas pode ter certeza que TODO domingo vai ter postagem, ok?

3) Vocês são fodas. Obrigada por existirem 💙


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17 de dezembro, 2018 – Segunda (10h36)   1/3


De: zakrod98@gmail.com
Para: isa.sk8.2010@hotmail.com
Assunto: Do outro lado do precipício tem uma estrada


Bom dia, amiga! Você conhece aqueles gráficos de cardiogramas, que medem a batida do coração na forma de picos para cima e para baixo? Pois bem, acho que se a linha das coisas que acontecem em minha vida fosse colocada num gráfico, seria mais ou menos daquele jeito. Altos e baixos tão absurdos que fazem inveja para a montanha russa mais perigosa que existe.

Não que eu tenha deixado o pico negativo de semana passada e migrado para um pico super iluminado, às mil maravilhas. Não é isso. Inclusive, os pesadelos ainda me acompanham a cada maldita noite, cheio de acidentes e mortes. Mas acho que posso dizer que alguma coisa está mudando dentro de mim. Não sei... Vou te contar sobre esses últimos dias, aí você decide por si mesma se eu estou mesmo mudando algo, ou se é só um momento de epifania besta de minha parte.

Tudo começou naquele dia que já relatei, quando meu quarto voltou a ser meu quarto – e confesso que amei ter meu lugar de volta –, junto com o do Nicolas. Dormir num cômodo de porta fechada com ele, em vez de dormir na sala... Dormir com ele sem uma criança perto... Ah, isso faz toda a diferença! Eu nem imaginava que seria tão significativo.

A princípio, vale comentar que o Lucas não gostou da alteração, como já imaginávamos. Mas ele precisa desacostumar a ter sempre alguém para dormir junto. Na casa de Dona Rosa ele dormia no mesmo quarto que ela, também. Essa coisa de ter um cantinho só dele é novidade para o Pinguinho. Mas conversamos com ele, e a princípio ele compreendeu. Mas é durante a noite que ele faz manha, abre um bico enorme e fica com os olhinhos lacrimejantes, querendo que fiquemos com ele. A Jaqueline apelou para uma ex colega de trabalho que tem filhos pequenos e, pelo que a mulher disse, os primeiros dias serão assim mesmo. Mas dentro de um mês ele acostuma e para de dar trabalho.

Por um lado, meu coração se despedaça quando ele puxa minha camiseta e fala: "Vem dumí comigo, Dáki". Mas aí lembro que se ele crescer com esse hábito, poderá ter problemas no futuro. E não quero que ele seja um degenerado depressivo como eu. Não que dormir acompanhado da gente vá causar isso no Pinguinho, mas... Realmente não podemos mimá-lo mais do que já fazemos. Li em algum lugar que o excesso de atenção com a criança faz dela uma dependente emocional.

O Monotono Diario de Isaac [BETA]Where stories live. Discover now