Apenas uma empregada

Felicidade completa

Não me aguentava de tanta ansiedade. Sentia até meu estômago meio que embrulhar de tanta alegria. Desço do carro e logo Aninha vem atrás. Olhava pro seu rosto e via a felicidade estampada. Acho que nunca imaginei na minha vida uma cena dessa, e mais ainda, nunca imaginei ser tão feliz. De órfã, empregada, à advogada, juíza, casada e futura mãe.

Abro a porta da sala, escuto algumas conversas vindo da sala de jantar. Pelo horário já devem ou estar jantando, ou já está quase na hora de ser servido. Aninha segura forte em minha mão, vejo o quanto esta nervosa, mas vejo também o quanto esta doida pra encontrar todos.

- Oi..- falo chegando perto da porta, mas deixo Aninha atrás da mesma, queria ver a carinha de cada um. E por incrível que pareça estavam todos ali, meus pais, meu marido (ainda nao me acostumei de chama-lo assim), Mila, Peter, seus pais, Monique e Manuela fofocando como sempre.

- Oi amor, estamos aqui discutindo o que vamos fazer no aniversário de papai, uns querem casa de campo, outros churrasco...o que foi amor? - ele se levanta da cadeira,e me olha desconfiado- tá com o rosto estranho, o que aconteceu? - ele fala começando a caminhar em minha direção

- Não acontece nada amor, aliás só trouxe uma pessoa pra jantar com a gente.

Nessa hora todos me olham sem entender nada, e eu coloco Aninha em minha frente.

- Será que tem um cadeira pra essa mocinha nessa mesa pro resto de nossas vidas?

Foi impagável ver a carinha de cada um..meu pai com um sorriso enorme no rosto, minha mãe e dona Maria com os olhos marejados, Peter e Monique com uma cara e um sorriso bobo, Mila se levantou na hora da cadeira e ja vinha em nossa direção, Manuela ja tava começando a chorar também, e Diego, aa Diego vem em nossa direção e se ajoelha em frente Aninha, e parece não acreditar, ele me olha com os olhos marejados.

- Amor, como assim? Nós conseguimos? - balanço a cabeça, alias era só isso que eu conseguia fazer naquela hora, se eu tentasse falar alguma coisa eu não conseguiria.

-Oi minha princesa, você não imagina como eu tô feliz de você está aqui.

- Eu também tio Diego, estou muito feliz.- eles se abraçam e nessa hora não me aguento.

Mila me abraça, e ficamos olhando aquela cena. Não tinha ninguém naquela sala que não estava emocionado e feliz.

- O gente vamos jantar e comemorar, ei pirralha, vem aqui eu tava morrendo de saudade de você. - Mila fala levantando, apertando Aninha e em seguida vão em direção a mesa.

-Amor como assim? Como foi isso? - Diego me pergunta com os olhos brilhando

- O advogado me ligou pela manhã, explicando que a guarda provisória ja estava em nosso nome, e que podíamos ir busca-la.

- Haa foi por isso danada que você não podia almoçar comigo, e quando te liguei você estava onde?

- Já estava lá, tinha acabado de chegar. Hoje eu que quis te fazer uma surpresa.

-Você só me faz surpresas maravilhosas amor.

Vamos em direção a mesa, e Maria serve o jantar que como sempre estava delicioso. Ficamos mais um tempo e decidimos ir para casa. Ana não se aguentou e dormiu no carro, estava muito cansada mesmo, porque da casa de meus pais até aqui em casa, é coisa de 10 minutos. Desci do carro e quando ia acorda-la me surpreendo com o Diego pegando ela no colo e entrando em casa. Sabe aquela vontade de chorar, mas de alegria, de não acreditar que depois de tudo que passei estou aqui assistindo essa cena linda. Passo por eles, abro a porta de casa e subimos em direção aos quartos. Arrumo rapidinho a cama dela, e Diego a deita. A bichinha sequer mexeu. Faço o que fiz quando ela esteve aqui, deixo a luz do banheiro acesa, e Diego me espera encostado na porta com um sorriso no rosto.