Natal - Parte I

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Levantei, tomei meu banho, e me arrumei, coloquei uma calça jeans, um tênis, uma blusa preta, com um colete por cima, e joguei alguns acessórios, inclusive o cordão de Diego. Me arrisquei até passar uma maquiagem levinha. Olhei no espelho e gostei estava confortável para viajar.

O ônibus sairia as 9:00, fui ate a cozinha, sabia que dona Maria e o senhor José estariam lá

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O ônibus sairia as 9:00, fui ate a cozinha, sabia que dona Maria e o senhor José estariam lá. Dei bom dia aos dois, e entreguei os presentes que tinha comprado para os dois.

-Não precisava minha menina, não precisava gastar com a gente. Olha e como você esta linda, deveria usar mais roupas assim. - dona Maria sempre me deixando sem graça.

_Precisava sim, e vou dar muito mais a vocês, vocês fazem muito por mim. Dona Ana já saiu? Queria entregar o dela também.

-Não hoje eles não vão a empresa, mas ela já esta de pé, pode ir la, devem estar no escritório.

Saio em direção ao escritório, e escuto conversarem, bato na porta e escuto um entre, e abro a porta. Estavam lá senhor Ricardo, dona Ana, Diego e Peter.

_Quem é você? O que fez com minha menina Natália? - dona Ana vem ao meu encontro e me abraça- como você está linda, que corpo menina, a meus 18 anos,deveria se arrumar mais vezes.

_Obrigada, e nem é para tanto, só tirei o uniforme, e dei um jeito nessa cara aqui. -falei já com vergonha. Olhei para o senhor Ricardo e dei bom dia, e olhei em direção a Peter e Diego e cumprimentei os dois. Peter olhava sem parar para Diego que me olhava com um sorriso no rosto, e com uma feição de surpresa no rosto. Em nossos encontros eu ia sempre de pijama comportadíssimo, geralmente blusa de manga ou camiseta se estivesse calor, e sempre alguma calça larguinha.

-Se Mila tivesse vindo, a gente ia ter outra pestinha pra tomar conta, porque ela não ia te deixar em casa quando a gente fosse sair,ainda bem que não veio uma só já da dor de cabeça demais, porque bonita desse jeito a gente ia andar doido. - Peter fala pra mim depois olha pra Diego de novo.

_Obrigada pelo bonita Peter, vindo de você é um milagre - todos na sala riem, e Peter me joga uma almofada de onde ele estava sentado - não posso demorar meu ônibus sai as 9:00, só vim entregar meus presentes a vocês- falo entregando o presente.

-Não precisava se preocupar, o seus presentes também já devem estar no seu quarto pedi a Maria pra deixar lá. -dona Ana fala enquanto olha o senhor Ricardo abrir o presente

 -Eu não acredito que você conseguiu ela, e como você sabia? - ele fala levantando a camisa e mostrando pra quem tava ali na sala,era uma camisa do time de futebol que eles são fanáticos, era uma relíquia, fiquei sabendo enquanto ele e senhor José conversavam na cozinha, pesquisei e consegui comprar para os dois iguaizinhas. - Obrigado menina, Ana tem razão em sempre dizer o quanto especial você. - ele me da um meio abraço,e beija minha cabeça.

O presente de dona Ana era especial. Ela me confidenciou um dia que tinha ganhado uma medalha de Santa Ana, de sua mãe, e que a mesma tinha uma mensagem mas com o tempo estava se apagando mais e mais. E ela nunca conseguiu saber o que estava escrito lá direito, só dava para ler algumas palavras, e ela como sempre tinha muitos compromissos, audiências, nunca procurou restaurar, sempre ia deixando pra depois. Procurei na internet um restaurador e expliquei o caso, ele pediu uma foto. a medalha ficava em cima da comoda do quarto dela então foi fácil, mandei e ele falou que com dois dias me entregava ela. Mandei a medalha com um medo danado, se ele perdesse ela,ou procurasse por ela, ou desse errado, eu tava frita. Mas deu certo e a medalha esta numa caixinha em suas mãos.

-o da senhora, primeiro tenho que pedir desculpas, porque invadi a privacidade da senhora, segundo se não for o que a senhora gostaria de saber, me perdoe, mas fiz de coração - ela me olhava sem entender nada, ate abrir a caixinha, e se dar conta do que era, e se sentar no sofá.

Ela pega a medalha que estava linda, brilhando, olha a imagem nela, nesse momento ela já tinha lagrimas nos olhos dela, e nos meus também. Então ela vira e lê a mensagem em voz alta e embargada pelo choro : "Eu te esperei durante esses nove meses, com a maior felicidade do mundo, mas nada se compara com o dia de hoje, seja bem vinda minha Ana. O mundo te espera e te aplaudi no dia de hoje" e no final tinha a data do ano que dona Ana nasceu. Então ela chora,muito, e beija a medalha, eu me ajoelho e ela fala somente - Você me deu o maior presente da minha vida, naquele dia que te vi na igreja, sabia que Deus tinha me presenteado, mas não imaginava que seria com tanto. Obrigada minha menina.- e me abraçou e chorou - Você nos surpreendeu - senhor Ricardo fala ao lado de dona Ana. E escuto baixinho -Ela tem esse dom mesmo - olho em direção a Diego, que pelo seus olhos chorou também e sorri.

-Bom gente já chega de chorar, que essa mocinha tem que pegar o ônibus as 9:00-  senhor Ricardo fala.

-Eu e Peter estamos indo ao centro, a gente te leva até a rodoviária- Diego fala e olha pra Peter, depois pra gente.

-Não precisa Diego, o senhor José já ia me levar.

_Já que o Diego vai, o José fica pra gente já adiantar as coisas pra gente sair também. - dona Ana fala.

-Então tá vou pegar minhas coisas e te espero na cozinha.

Dou um abraço neles, e saio.

Vou até meu quarto, e em cima da cama tinham dois envelopes, com laços vermelhos. Me sento e abro o primeiro.

"Como você nunca viajou para lugar nenhum, o meu presente é uma viagem para qualquer lugar do mundo a sua escolha, independente do valor. Ass: Ricardo" e junto um catalogo de alguma agencia de viagem.

Ja estou chorando quando abro o outro envelope, e assim desabo:

"Seu futuro esta só começando e se depender de mim você vai longe, vai advogando e vai dirigindo também. Ass: Ana" e junto minha carta de matrícula da faculdade, e um contrato para tirar minha carta de carro.

Eu não podia acreditar nisso, eu por alguns anos questionei Deus sobre meus pais terem morridos. E depois por não ter sido adotada. Mas nunca fui revoltada,  e depois me desculpei com Deus, e depois sempre procurei concordar com as vontades Dele. E hoje acho que ele está me compensando por ter andado no caminho do bem. Por ter esse coração posso meio que dizer puro. Guardo meus presentes. E volto ao encontro deles, para agradecer. Os dois estao na sala.

-Muito obrigado de verdade, nunca vou decepcionar vocês. Vou ser mais um orgulho de vocês.- abraço os dois, e depois vou em direção a cozinha, onde Diego já me espera. Pego minha mochila e vamos em direção ao carro.

Continua..


Apenas uma empregadaWo Geschichten leben. Entdecke jetzt