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Raniely

Certo dia, quando eu, Raniely Dias de Souza, filha de Agripino José Lourenço de Souza e Tatiana Ramires dias, sonhei que chegada a hora de escolher o meu vestido de casamento seria um momento de extrema felicidade, minha mãe estaria do meu lado, d...

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Certo dia, quando eu, Raniely Dias de Souza, filha de Agripino José Lourenço de Souza e Tatiana Ramires dias, sonhei que chegada a hora de escolher o meu vestido de casamento seria um momento de extrema felicidade, minha mãe estaria do meu lado, dando os pitacos que as mães geralmente dão, aqueles que são contrários ao gosta da filha, mas nós aceitamos, por que sabemos que o dia do nosso casamento foi planejado por ela desde o momento que descobriram que a criança que crescia no ventre delas é uma menina. Como eu sei de tudo isso? Estou nesse momento com um barrigão enorme de quase nove meses e é uma menina, a luz dos meus dias mais escuros e a pessoa por quem eu tenho vivido desde o momento que soube da sua existência, e claro, aquela que já sei como vai ser o casamento.

Será lindo, ela não vai sentir vergonha, ela não vai sentir que precisa casar com o melhor amigo pra tentar sanar os estragos que se entregar a um fi duma égua egoísta pode causar. Acima de tudo, minha garotinha não vai sentir medo de ser quem ela é, cuidarei pra que cada dia da sua vida seja cheio de amor, um amor verdadeiro, não do tipo que achei que o pai dela sentia por mim, mas quem era eu pra saber de alguma coisa? Como o pai disse, não passava de uma moleca que caiu na lábia do primeiro sem vergonha que apareceu...

Oito meses antes

— Acho que prefiro ficar em casa — Fabrício diz sentando no sofá todo aberto e impregnando o tecido com o cheiro de peixe que tá nas roupas dele.

— Se é assim, levanta daí, num sou obrigada a sentir futum de peixe morto toda vez que entrar em casa — reclamo, detrás do balcão que divide a pequena e a sala do apartamento que moramos.

O sem vergonha fica em pé de um pulo e vem na minha direção, aquele olhar de quem sabe que mexe comigo, o sorriso meio de lado que faz uma covinha surgir bem no canto da boca dele e faz a cachoeira se formar no meu entreperna, no justo momento que a desgraça tira a camiseta do Instituto e me dá a visão linda do seu abdômen, os pelos claros que escurecem no caminho que se perde dentro da bermuda, o tronco musculoso, os ombros que amo me conchegar de noite... armaria, o homi é todo bom, nem com toda a comida que tenho feito ele comer ganhou uma barriga pra ariranhas pararem de olhar pro infeliz.

Com passadas largas, Fabrício arrodeia o balcão, ficando atrás de mim e segurando na minha cintura. Quero que ele encoste em mim e me mostre que tá tão excitado quanto eu, mas o fi de quenga, que dona Graziela não me ouça, mantem uma distância planejada, chegando só o nariz perto da minha orelha. O infeliz sabe que sinto uma cocega da gota bem nesse ponto e tá fazendo tudo isso de propósito.

Engulo o gemido que me sobe pela goela, mesmo com os pelos dos braços tudo arrepiado, as pestanas batendo mais ligeiro do que eu posso controlar, mas não faço o que ele quer. Solto o ar devagar e como quem não quer nada, viro de frente pra ele aproveitando todo o espaço que há entre nós, isso faz com que minha bunda passe no pau duro dele e diferente de mim, Fabrício solta um gemido rouco, fazendo o aguaceiro entre as minhas pernas aumentar.

Fabrício- O arrependido (Homens do Sertão- Livro 4)Where stories live. Discover now