Sentimentos

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_ Vanessa, cale a boca pelo menos por um momento! Quer morrer aqui, sua idiota? _ Yan grita, cortando a garganta de alguns assassinos.


_ Ah, Yan, banca o machão mas vai morrer com um tiro na merda do seu ombro! _ Eu grito estressada e ele me olha apavorado.


_ O que você disse?


_ Droga, mulher! _ O homem encapuzado me dá um tapa tão forte em meu rosto que eu sinto tudo queimar.


_ Figurante idiota de merda! _ A raiva que eu estava já tinha transcendido os limites de qualquer razão ou sanidade mental. Por que não tinha nenhum idiota que entendia que eu estava morrendo de cólica e precisava descansar e tomar um chá?


Por impulso, puxo o seu casaco para perto e bato minha cabeça em sua testa, ato que o faz gritar e se curvar de dor. Eu aproveito esse tempo vulnerável dele para abrir o seu casaco e pegar a pistola de duelo que ele trazia consigo. Os assassinos me olham desesperados e ameaçam tirar a pistola de mim à força, mas antes eu os ameaço primeiro.


_ Se vier eu puxo o gatilho.


_ Vanessa? _ Yan me olha preocupado.


_ Está tudo sob controle! _ Eu digo, mas como minha mão estava muito suada pela correria que passei mais cedo, meu dedo acaba escorregando e puxando o gatilho sem que eu visse. O barulho do tiro estronda naquele jardim e quando eu vejo já tinha acertado o estômago de um dos assassinos.


Ele se contorce de dor no chão e os outros ficam completamente assustados. Yan aproveita essa oportunidade para cortar a garganta dos outros e solta uma gargalhada dessa situação.


_ Você é realmente uma louca.


_ Calado, você ia morrer! _ Eu digo estressada. Tinha acabado de matar alguém? Bem, não importa, era apenas um figurante que estava me irritando.


Tento atirar novamente, mas a pistola não tinha mais munições e eu nem sabia como que uma arma de fogo funcionava nessa época do mundo. Quando jogo ela fora, vendo que Yan tinha acabado com todos os assassinos, fui surpreendida pelo último encapuzado, que aponta sua espada para mim e me ameaça cortar a minha garganta. Infeliz!


_ Duque Lancellotti, se der mais um passo eu corto a garganta de sua noiva! _ O maldito homem ameaça e Yan para de correr na hora. É realmente um milagre saber que Yan se importa com a minha vida a ponto de parar de andar.


No entanto, eu não estava nos meus melhores dias para esperar esse homem arrancar todas as riquezas que seriam minhas no futuro. Eu não poderia ver Yan morrer agora, já que ainda não estava casada com ele e não herdaria o título de viúva duquesa. Fora que Yan era muito lindo para simplesmente morrer nas mãos de um figurante qualquer. Ah, vamos lá, eu tenho que agir, não é?


_ Eu darei todo o meu ducado, mas peço-te que, por misericórdia, solte a minha noiva! _ Yan se ajoelha, entregando a sua espada.


Ah, nem no inferno que eu vou voltar a ser pobre de novo!


A Vilã da HistóriaWhere stories live. Discover now