Capítulo 152

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— Mia? — Micael apoiou os braços no parapeito da janela do escritório.

— É... Quem está falando?

— Sou eu. Micael. — Umedeceu os lábios. — Como você está? — Foi atencioso.

— Estou bem, Micael. — Pausou. — Aconteceu alguma coisa?

— Na verdade não. É, é... Eu estava querendo fazer um jantar aqui em casa e, enfim, você vem? — Foi direto.

— Um jantar?

— Sim, um jantar. — Estava esperançoso pela resposta de Mia. — Você vem?

— Claro! — Aceitou de imediato. — Sophia não vai achar ruim?

— Não, claro que não. Na verdade ela também havia te convidado. — Depois de muita existência.

— Pode estar enviando um motorista para me buscar? — Foi certeira no assunto.

Sophia estava de ouvidos abertos tentando escutar alguma coisa, enquanto temperava o peixe que Micael havia comprado na noite anterior.

C-claro. Por que não? — Fez uma careta.

Ele não podia estar enviando. Já era abuso demais!

— Me mande o endereço do hotel em que você está ficando. Irei avisar ao motorista para que te busque.

— Tudo bem. Obrigada, Micael!

— Até mais tarde. — Ele encerrou a ligação.

— Um motorista? — Sophia questionou, achando extremamente ruim.

— Sim, um motorista. — Andou até à esposa. — Eu também achei folga da parte dela. — Escorou-se no balcão, vendo Sophia temperar o peixe.

— Foi muita folga! Quem ela pensa que é?

— A sua irmã? — Micael segurou o riso.

Sophia deixou o peixe em um recipiente menor, o cobrindo.

— Estava pensando em fazer aquele molho branco que minha mãe sempre fazia nos natais. O que você acha? — Andou pela cozinha, pensando.

— Com peixe? — Micael arqueou uma sobrancelha.

— É! Vai ficar ótimo, sempre fica!

— Você é quem sabe. — Rendeu as mãos.

Sophia buscou uma panela.

— Já que você está tranquilo demais em trazer a Mia até aqui... Qual vai ser a pauta de hoje? — Sophia abriu o armário, buscou farinha de trigo e todos os produtos que precisava para fazer o molho branco.

— Você sabe qual é. — Cruzou os braços novamente.

— Não, eu não sei. Não discutimos isso, ainda.

— Ah não? — Cutucou a esposa. — Vamos transar com ela.

— Uma transa de negócios? Acha mesmo que Mia vai querer vender a parte dela da empresa?

— Podemos dar um valor alto por isso. — Micael pensou. — Se ela aceitar, vamos comprar a parte dela, eu mudo o meu nome oficialmente e então ela vai embora daqui. — Um plano simples.

Mas não era.

— Ela ir embora daqui? — Sophia não deu muita confiança.

— E por que não?

— Micael, ela não vai querer ir embora daqui! Ela não vai querer vender trilhões de dólares pra você! Ela não vai querer nada disso. Essa menina veio pra estragar todos os nossos planos.

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