Capítulo 128

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— Uísque? — Renato balançou a garrafa de vidro enquanto tinha um copo consigo.

— Não, valeu. — Cruzei minhas mãos. Estava sentado na poltrona em frente à sua mesa.

— Ela soube do nosso contrato? — Bebeu o líquido forte que estava dentro do copo.

— Não, ela só ficou sabendo da aposta graças ao Alan. — Eu tinha ficado puto com isso. — Aliás, o que você fez com a irmã do Alan? Abusou dela mesmo?

— Eu não abusei dela, esse garoto que diz demais. — Contou. — Ela trabalhou sim comigo mas me pediu uma quantia exorbitante pra poder fugir da cidade. Viciada de merda! — Bebeu de novo. — E então todo mundo acha que eu estuprei ela. Meu negócio é homem, já falei. — Hoje ele estava legal, diferente dos outros dias.

— A raiva dele em você é enorme.

— E eu tô cagando pra isso. — Deixou o copo em cima da mesa, despejando mais um pouco de uísque. — Você quer que eu fale com ela?

— Não. Eu quero que você deixe a Sophia seguir qualquer caminho que ela quiser. — Renato franziu o cenho. — Ela precisa ser feliz.

— Eu também preciso ser feliz. — Apontou para ele mesmo. — Não posso rasgar o meu contrato com você e deixar o Jack dando sopa por aí. — Ele ficou extremamente preocupado. Sophia era uma ameaça pra ele!

— Você acha que a Sophia ainda vai ter a capacidade de voltar pro Jack? — Perguntei incrédulo.

— Nunca se sabe de nada dessa vida! Você não era gay e ela ficou com você? Então. — Me julgou como exemplo. — Não posso fazer isso, sinto muito.

— Claro que pode! Eu só preciso que você me deixe ficar no apartamento porque eu não quero voltar pra casa da minha mãe, ainda mais agora que o bebê está prestes a nascer. — Lamentei. — Eu também preciso do emprego, pra conseguir manter o apartamento.

Renato me fuzilou com o olhar.

— Não me parece uma boa opção.

— Deixa eu tentar, por favor. Só me dê uma chance, eu consigo me virar sozinho. — Deixei ele avisado, querendo que o mesmo não se preocupasse.

Renato virou o copo de uísque com tudo.

— Vai me prometer que não vai levar ninguém pra lá? — Assenti. — Prostitutas, ninfetas, garotinhas putinhas? — Neguei com a cabeça. Isso nem se passava por ela.

— Eu ainda amo a Sophia.

— Pena que ela não pensa o mesmo sobre você. — Se levantou. — Conheço a filha que tenho. Ela vai remoer e remoer até conseguir se reerguer de novo. Espero que você se prepare pra segunda opção dela.

— Que segunda opção? — Fiquei confuso.

— A vingança. Sophia é muito vingativa! — Renato cheirou o uísque antes de beber. — Tem certeza que não quer?

— Vou morar no apartamento mesmo separado da Sophia? — Insisti na pergunta.

— Olha. — Ele arrumou a sua gravata. — Posso até ceder essa proposta mas você precisa ficar com a Sophia.

— Ela tá morrendo de ódio de mim.

— Isso é fase! Eu não posso deixar o Jack dando sopa, já falei. — Como ele era... Irritante! — Vou deixar ela espairecer, viajar, ver o que quer fazer da vida. — Largou o copo vazio. — Depois vou enfiar ela na parede.

— Vai fazer isso com a sua própria filha?

— Você não parece gostar dela. — Rebateu.

— Eu gosto dela!

Aposta de Amor Wo Geschichten leben. Entdecke jetzt