— Uísque? — Renato balançou a garrafa de vidro enquanto tinha um copo consigo.— Não, valeu. — Cruzei minhas mãos. Estava sentado na poltrona em frente à sua mesa.
— Ela soube do nosso contrato? — Bebeu o líquido forte que estava dentro do copo.
— Não, ela só ficou sabendo da aposta graças ao Alan. — Eu tinha ficado puto com isso. — Aliás, o que você fez com a irmã do Alan? Abusou dela mesmo?
— Eu não abusei dela, esse garoto que diz demais. — Contou. — Ela trabalhou sim comigo mas me pediu uma quantia exorbitante pra poder fugir da cidade. Viciada de merda! — Bebeu de novo. — E então todo mundo acha que eu estuprei ela. Meu negócio é homem, já falei. — Hoje ele estava legal, diferente dos outros dias.
— A raiva dele em você é enorme.
— E eu tô cagando pra isso. — Deixou o copo em cima da mesa, despejando mais um pouco de uísque. — Você quer que eu fale com ela?
— Não. Eu quero que você deixe a Sophia seguir qualquer caminho que ela quiser. — Renato franziu o cenho. — Ela precisa ser feliz.
— Eu também preciso ser feliz. — Apontou para ele mesmo. — Não posso rasgar o meu contrato com você e deixar o Jack dando sopa por aí. — Ele ficou extremamente preocupado. Sophia era uma ameaça pra ele!
— Você acha que a Sophia ainda vai ter a capacidade de voltar pro Jack? — Perguntei incrédulo.
— Nunca se sabe de nada dessa vida! Você não era gay e ela ficou com você? Então. — Me julgou como exemplo. — Não posso fazer isso, sinto muito.
— Claro que pode! Eu só preciso que você me deixe ficar no apartamento porque eu não quero voltar pra casa da minha mãe, ainda mais agora que o bebê está prestes a nascer. — Lamentei. — Eu também preciso do emprego, pra conseguir manter o apartamento.
Renato me fuzilou com o olhar.
— Não me parece uma boa opção.
— Deixa eu tentar, por favor. Só me dê uma chance, eu consigo me virar sozinho. — Deixei ele avisado, querendo que o mesmo não se preocupasse.
Renato virou o copo de uísque com tudo.
— Vai me prometer que não vai levar ninguém pra lá? — Assenti. — Prostitutas, ninfetas, garotinhas putinhas? — Neguei com a cabeça. Isso nem se passava por ela.
— Eu ainda amo a Sophia.
— Pena que ela não pensa o mesmo sobre você. — Se levantou. — Conheço a filha que tenho. Ela vai remoer e remoer até conseguir se reerguer de novo. Espero que você se prepare pra segunda opção dela.
— Que segunda opção? — Fiquei confuso.
— A vingança. Sophia é muito vingativa! — Renato cheirou o uísque antes de beber. — Tem certeza que não quer?
— Vou morar no apartamento mesmo separado da Sophia? — Insisti na pergunta.
— Olha. — Ele arrumou a sua gravata. — Posso até ceder essa proposta mas você precisa ficar com a Sophia.
— Ela tá morrendo de ódio de mim.
— Isso é fase! Eu não posso deixar o Jack dando sopa, já falei. — Como ele era... Irritante! — Vou deixar ela espairecer, viajar, ver o que quer fazer da vida. — Largou o copo vazio. — Depois vou enfiar ela na parede.
— Vai fazer isso com a sua própria filha?
— Você não parece gostar dela. — Rebateu.
— Eu gosto dela!
DU LIEST GERADE
Aposta de Amor
RomantikMicael Borges e seu grupo de amigos decidem criar uma aposta maluca, onde o foco é atrair a atenção de Sophia Abrahão, a popular do colégio e a estrela das líderes de torcida. O por quê disso? Simples: Queriam se vingar de seu namorado. Mas a apos...