— Por que a gente briga? — Sophia perguntou ao marido, que mexia em seus cabelos, lhe dando um gostoso conforto após o sexo. Ambos estavam nus, enrolados no lençol de seda verde escuro.— Porque não somos compreensíveis um com o outro. — Respondeu.
— E o que isso quer dizer? — Subiu o olhar para Micael.
— Isso quer dizer que a convivência é uma merda. — Micael suspirou, respirando calmo. A esposa emitiu um risinho confortante, beijando o seu peitoral.
Ficaram em silêncio enquanto encaravam o teto.
— O que você queria dizer hoje mais cedo?
Micael continuou alisando o cabelo da esposa.
— Melhor conversarmos amanhã.
— Por que? — Sophia curvou-se, sentando na cama e observando o marido, que ainda estava deitado.
Ele não queria brigar... Não naquele momento.
— Porque isso é caótico demais.
— E por que isso é caótico demais, Micael? — O marido estava perdendo a paciência.
Ele bufou, ajeitando os travesseiros que estavam em sua nuca, posicionando um pouco para atrás da cabeça. Os escorou na cama, olhando para Sophia.
— Hoje eu tive uma reunião com os executivos de Connecticut. — Contou.
— Sim, aqueles que estão sob a aprovação do terreno. — Sophia assentiu. Sabia da história sobre a nova empresa, Micael não a deixava esquecer nunca.
— Sim. E por incrível que pareça eu não posso dar continuidade na obra porque eu não posso ser o responsável sobre isso.
Sophia não entendeu.
— Dá pra você traduzir?
— Resumindo. — Micael cerrou os olhos rapidamente. — Seu pai colocou você e Mia na parte de bens, e eu não posso mexer na obra porque é uma quantia alta de três trilhões de dólares. Só vocês podem mexer nessa parte caótica. Eu como seu marido, não posso! — Contou para Sophia que ficou processando, por alguns segundos.
Mordeu a ponta dos dedos.
— Então quer dizer que a obra de Connecticut precisa da aprovação de Mia também?
— Exatamente isso.
— Mas isso é loucura, Micael! — Sophia ficou perplexa. — Meu pai foi doente de colocar essa menina pra dividir bens. Quem ele pensa que é?
— Ele é o pai da Mia, meu amor. São bens, herança... O seu pai pode ser chato mas ainda sim pensa nos filhos. — Ficou em transe. — Eu estava com um plano mas não sei se pode dar certo.
— Que tipo de plano?
— Estava pensando em comprar a parte da Mia na empresa. Mas pra isso, precisamos maliciar ela.
— É por isso que comprou aquele peixe? — Lembrou-se da compra de Micael.
— Um jantar de boas vindas.
— Micael, ela não é tão idiota! — Sophia saiu dos lençóis, andando nua até a suíte.
Se encarou no espelho antes de abrir a ducha.
— Por que você pensa assim? — Micael disse um pouco mais alto por conta do barulho. Não iria até Sophia, deixaria ela tomar o seu banho em paz.
— Porque ela está fingindo! Eu conheço esse tipo de gente, eu não sou idiota.
ESTÁ A LER
Aposta de Amor
RomanceMicael Borges e seu grupo de amigos decidem criar uma aposta maluca, onde o foco é atrair a atenção de Sophia Abrahão, a popular do colégio e a estrela das líderes de torcida. O por quê disso? Simples: Queriam se vingar de seu namorado. Mas a apos...