Capítulo 148

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— Por que a gente briga? — Sophia perguntou ao marido, que mexia em seus cabelos, lhe dando um gostoso conforto após o sexo. Ambos estavam nus, enrolados no lençol de seda verde escuro.

— Porque não somos compreensíveis um com o outro. — Respondeu.

— E o que isso quer dizer? — Subiu o olhar para Micael.

— Isso quer dizer que a convivência é uma merda. — Micael suspirou, respirando calmo. A esposa emitiu um risinho confortante, beijando o seu peitoral.

Ficaram em silêncio enquanto encaravam o teto.

— O que você queria dizer hoje mais cedo?

Micael continuou alisando o cabelo da esposa.

— Melhor conversarmos amanhã.

— Por que? — Sophia curvou-se, sentando na cama e observando o marido, que ainda estava deitado.

Ele não queria brigar... Não naquele momento.

— Porque isso é caótico demais.

— E por que isso é caótico demais, Micael? — O marido estava perdendo a paciência.

Ele bufou, ajeitando os travesseiros que estavam em sua nuca, posicionando um pouco para atrás da cabeça. Os escorou na cama, olhando para Sophia.

— Hoje eu tive uma reunião com os executivos de Connecticut. — Contou.

— Sim, aqueles que estão sob a aprovação do terreno. — Sophia assentiu. Sabia da história sobre a nova empresa, Micael não a deixava esquecer nunca.

— Sim. E por incrível que pareça eu não posso dar continuidade na obra porque eu não posso ser o responsável sobre isso.

Sophia não entendeu.

— Dá pra você traduzir?

— Resumindo. — Micael cerrou os olhos rapidamente. — Seu pai colocou você e Mia na parte de bens, e eu não posso mexer na obra porque é uma quantia alta de três trilhões de dólares. Só vocês podem mexer nessa parte caótica. Eu como seu marido, não posso! — Contou para Sophia que ficou processando, por alguns segundos.

Mordeu a ponta dos dedos.

— Então quer dizer que a obra de Connecticut precisa da aprovação de Mia também?

— Exatamente isso.

— Mas isso é loucura, Micael! — Sophia ficou perplexa. — Meu pai foi doente de colocar essa menina pra dividir bens. Quem ele pensa que é?

— Ele é o pai da Mia, meu amor. São bens, herança... O seu pai pode ser chato mas ainda sim pensa nos filhos. — Ficou em transe. — Eu estava com um plano mas não sei se pode dar certo.

— Que tipo de plano?

— Estava pensando em comprar a parte da Mia na empresa. Mas pra isso, precisamos maliciar ela.

— É por isso que comprou aquele peixe? — Lembrou-se da compra de Micael.

— Um jantar de boas vindas.

— Micael, ela não é tão idiota! — Sophia saiu dos lençóis, andando nua até a suíte.

Se encarou no espelho antes de abrir a ducha.

— Por que você pensa assim? — Micael disse um pouco mais alto por conta do barulho. Não iria até Sophia, deixaria ela tomar o seu banho em paz.

— Porque ela está fingindo! Eu conheço esse tipo de gente, eu não sou idiota.

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