Kara seguiu com os olhos a corrente presa na coleira dela– a responsável pela salvação dela– até as mãos bronzeadas de Louis.

Os olhos de Kara se encontraram com os olhos escuros do homem.

Louis estava parado a dois metros de distancia, com as pernas abertas para se apoiar, o tronco inclinado para trás e os braços tencionados. No rosto ele ostentava um sorriso debochado.

— Achou mais uma ratazana, Greta–Ele parabenizou a cadela— Se vai ficar me espionando sugiro que esteja preparada para Greta, ela adora carne de segunda mão.

— O que?– Kara perguntou revezando a atenção entre a cadela e o dono dela.

—Desculpe, querida,– Louis deu um pequeno puxão na corrente e Greta se virou e correu até ele— mas diferente do meu primo eu miro a rainha e não na criada.

Foi o suficiente. O medo saiu das veias dela tão rápido quanto havia se infiltrado.

Kara se recompôs em um segundo e então fixou os olhos azuis no rapaz friamente.

— Se eu fosse você começaria a prestar a atenção ao lugar que você ocupa nessa casa– Ela disse calmamente— e acabaria de uma vez por todas com essa esperança tola sobre Lena. Ela não precisa de ninguém – Kara o mediu da cabeça aos pés— muito menos de alguém como você. — Ela deu um passo à frente — E fique longe de Luna ou você vai descobrir algumas coisas desagradáveis sobre mim.

Louis não pareceu nenhum pouco afetado enquanto enrolava a corrente firmemente nos nós dos dedos da mão direita.

Kara segurou os olhos dele por mais um segundo antes de se virar e caminhar em direção a casa ignorando totalmente os latidos e rosnados de Greta.


Ela subiu para o segundo andar depois de roubar um sanduíche na cozinha.

Kara abriu a porta lentamente e espiou o lado de dentro. Lena não estava à vista, mas Luna estava sentado igual índio no centro da cama.

O cabelo da criança estava úmido e penteado para o lado, e ela havia trocado de roupa também, o pijama tinha sido substituído por um short leve de estrelinhas e uma camiseta cinza com o desenho de um elefante rosa. Ela ergueu os olhos do notebook de Lena quando Kara entrou, mas desviou os olhos rapidamente.

Kara notou que a bochecha dela estava suja de chocolate. Sam havia comprimido a promessa, Kara não esperava tanto dela.

— Hey– Ela disse fechando a porta do quarto.

Luna não olhou para ela. Kara se aproximou da cama.

—O que você está assistindo?

Luna não respondeu.

Kara franziu as sobrancelhas e se sentou no colchão e olhou para a tela do notebook.

Luna estava assistindo Os irmãos Kratts, uma olhada melhor e Kara viu o fone Bluetooth no ouvido dela.

— Você comeu todo o chocolate que Sam te deu?– Ela perguntou e Luna mexeu os ombros de modo desconfortável e não lhe deu atenção.

—Onde está sua mãe?

Luna permaneceu em silencio.

— Ok, não quer conversar, já entendi.

Kara bateu nas coxas suspirando antes de se levantar e se aproximar do armário.

Ela conferiu discretamente se a pistola ainda estava no mesmo lugar e depois checou alguns dos livros velhos que encontrou em uma das prateleiras.

—Você não vai rir?– Luna perguntou em voz baixa.

Operação LuthorNơi câu chuyện tồn tại. Hãy khám phá bây giờ