Capítulo 37 - Juramento de sangue.

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— No final do Bunker, senhorita. — Respondeu com a voz firme.

Direcionou um olhar para Mark e Pablo, não precisavam de palavras para se comunicar, os anos de convivência e amizade haviam ensinado eles compreenderem um ao outro facilmente. Pablo e Mark se posicionaram imediatamente lado a lado e encaravam os membros de seu clã em silêncio.

Luna avançou calmamente na direção que o Capitão havia indicado seguindo reto, não precisou mais do que um olhar para as pessoas se afastarem, abrindo um corredor para ela passar. Sua postura era reta e sua cabeça se mantinha erguida enquanto caminhava, muitos não tinham coragem de encará-la depois de tudo e fitavam o chão. Já outros tinham expressões animadas pela presença dela.

Não demorou mais do que alguns minutos para ela entrar no banheiro, limpar o sangue da melhor forma que conseguiu e sair novamente. Ela observou que algumas pessoas de seu povo haviam imobilizado os outros lobos que estavam com Owen.

Quando se aproximou novamente, aquela mulher que a havia irritado na borda da floresta estava parada na frente de Mark e encarava Pablo curiosa, ele ainda estava em sua forma lupina.

— Como diabos ele consegue se transformar? Não é lua cheia! — Ela exclamou.

— Estou tão surpreso em relação a isso quanto você, Luna vai explicar quando achar conveniente, Beatrice. — Explicou Mark parecendo cansado, como se tivesse repetido aquilo diversas vezes e na verdade ele tinha.

Luna parou na frente de Pablo com os braços cruzados e um olhar frio. O lobo choramingou e abaixou a cabeça, a verdade é que ela queria rir de como Pablo parecia um filhote assustado e chorão.

Me desculpe, não fui rápido o suficiente. Mas tenta entender, eu ainda não sei controlar os poderes e realmente não queria matar ninguém. — Disse Pablo na mente de Luna.

— E você acha que eu queria matar alguém, Pablo? — Questionou irritada. — Eu te dei uma missão e você falhou, se eu não chegasse a tempo...

O lobo choramingou novamente baixando sua cabeça, ergueu uma das patas até o focinho e roçou no mesmo. Luna não precisou terminar aquela frase para que o outro a entendesse, só de pensar naquilo, suas mãos tremeram novamente.

Eu disse que não deveríamos trazê-lo! Tranca-se ele no quarto, amarrava ele na cama, ou qualquer coisa do tipo. — Resmungou através da conexão. — Você deixou ele vir também.

— Está me culpando pelo que aconteceu? — A voz de Luna se elevou e seus olhos começaram a mudar novamente. — Eu disse para ele não vir e era o seu dever protegê-lo, você falhou. Com o seu poder, como não conseguiu lidar com eles?

Eu não queria matar ninguém, sei que eu errei em não usar todo o meu poder, mas eu não queria matar. — Respondeu Pablo ainda de cabeça baixa

Luna fechou seus olhos e respirou fundo apoiando as mãos nos quadris. Ela sabia que Pablo não tinha culpa, a verdade é que nenhum deles gostava de tirar vidas, mesmo que às vezes fosse necessário. Entendia que Pablo havia tentado resolver isso sem machucar as pessoas, afinal, eram o seu povo.

— Espera! Você está se comunicando com ele ? — Perguntou Mark com os olhos arregalados.

— Sim, por algum motivo consigo escutar ele choramingar em minha cabeça. — Luna revirou os olhos e completou. — E não, não faço ideia de como isso aconteceu.

— Luna, não foi culpa dele. Eu insisti em vir, me desculpe. — A voz de Sebastian chegou aos seus ouvidos antes que Mark falasse novamente.

Pela primeira vez desde que tudo havia acontecido ela o fitou. Ele havia se aproximado e estava parado ao lado de Pablo agora, sua expressão era preocupada e não temerosa, ela procurou medo ou repulsa em seu rosto, mas não entrou nada disso.

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⏰ Last updated: Oct 06, 2021 ⏰

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