Bônus III: Ano de 2005

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Verene olhava para Ragnar, o garoto que agora tinha 8 anos, na escrivaninha. Acariciou os cabelos que, para ela, era semelhante a um girassol. Loiros. Ragnar ergueu a cabeça e olhou para ela nos olhos sorrindo.

- A senhora quer algo?

- Se-Senhora... "Senhora"??? - Ele negou rapidamente nervoso.

- Desculpe...! - Ele olhou para a sala após o arco da porta do escritório que estava aberta vendo Snape falar com Lucius.

- Pode me chamar normalmente até com ele aqui, sabe disso...

- Papai disse que é pra ser educado ao máximo quando o senhor Malfoy estiver aqui.

- Ele é um imbecil- Digo, um homem sem qualidades muito atraentes e formalidades demais, crítico demais. Vlad, você é nosso filho não dele...! Não me importo se me chama de "você" ou de "ei".

- Papai sim...

- Seu pai é um doido-rígido-formal. - Ele riu e a viu puxar uma cadeira a alva. - Claro que educação é importante. Eu mesma chamava minha mãe de "senhora" e outras vezes de "você". É comum quando se tem uma intimidade e uma aproximação boa. Formalidades demais deixam a pessoa parecendo um robô.

- Está bem então... Você comeu hoje? Fiquei pensando ontem... A senhora está estranha.

Ela umideceu os lábios nervosa e suspirou pesado o suficiente para Ragnar ouvir.

- Mãe...

- Mamãe está bem. Acredite.

- Mas ontem-

- Ontem eu apenas não comi direito. - Dito isso se levantou beijando o topo da cabeça do filho sentindo o cheiro adocicado do shampoo. - Vou falar com seu pai um instante...

Deixou-o e caminhou em passo lentos tentando captar o contexto da conversa.

- Lucius. - O homem loiro se virou e arqueou a sobrancelha. - Gostaria de dizer que é um prazer vê-lo, mas, não, não é. O que traz você a nossa casa?

- Assuntos do ministério urgentes. - Ela deu de ombro e ficou ao lado do marido.

- E o que seria? Posso saber? - Snape a olhou e voltou a visualizar Malfoy, ela percebeu ele negar suavemente com a cabeça ao loiro.

- Eu já estou de saída. Amanhã, às 7h. Ministro quer conversar com você e o chefe do seu departamento também.

Malfoy se virou abrindo a porta de saída. Não era a primeira vez no mês que estava ali. Isso deixava Verene frustada, Merlin! O que diabos estava havendo?

- Querido-

- Olhe... - Levou-a até uma sala de música fechada. - Csillah, eu gostaria de conversar com você sobre... Você.

- Huh?

- Vamos ser honestos. Você está doente.

- Doente?? Nossa, eu estive doente esse tempo todo e não sabia?? Uau!

- Não me venha com esse seu ar de- Ugh... Você está. - Diz ríspido. - Ficarei em casa com você por uma semana, minha reunião se trata disso. Estou faltando muito naquele lugar horrendo e tive reclamações pela falta de compromisso então-

- Está falando que só porque eu desmaio ou fico cansada demais estou doente?? Está sugerindo que estou atrapalhando sua vida profissional-

- Não! Não, eu só... Estou preocupado. - Segurou o rosto dela, notando estar extramente frio. - Eu... Eu só quero que você esteja bem e saudável. Minha reunião também é para pedir formalmente que eu cuide da minha esposa.

𝐋𝐎𝐕𝐄 𝐇𝐀𝐒 𝐒𝐌𝐄𝐋𝐋 𝐎𝐅 𝐑𝐎𝐒𝐄𝐒, Severus SnapeWhere stories live. Discover now