Cap.25: Desde de 1837 até Hoje

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Verene abriu os olhos sentindo um calor no corpo, seu corpo estava dolorido, não conseguia mover. Tinha falhado. Assim que percebeu isso fechou os olhos novamente e deixou as lágrimas caírem.

— O-Oi.

A voz da Hermione a fez abrir os olhos. Lembrava de tudo. Ela ia beber a poção, na verdade já estava bebendo rápido, mas graças ao estrondo na porta ela tomou um susto de nervosismo que deixou cair na pia, ficou tensa e assustada, torcia para não atrapalhar em nada o resto que não havia lhe descido. Mexeu com o dedo o veneno e tomou também. Viu tudo girar, vontade de dormir e ao mesmo tempo um calafrio no corpo. Foi quando desmaiou no chão frio.

— Oi... — Sussurrou fraca demais para deixar alguma emoção na voz.

Antes que pudesse perguntar algo, ou secar as lágrimas, sentiu alguém a levantar e puxar seu corpo em um abraço.

Avelã.

— Oi Harry.

— N-Não faz isso... Po-Por favor. — Escutava o coração do moreno acelerado e a respiração falha. Gostaria de retribuir, mas não. Seu corpo dois ainda e não tinha vontade  de mexer.

— Deixa ela descasar Harry.

— A-Ah... Minha cabeça dói. — Foi deixada na cama novamente. — Estou assim a quanto tempo?

— Cinco horas...

Suspirou. "Que droga, só morri por cinco horas?"

— Que droga... — Olhou melhor ao redor e via Remus, Rony, Minerva, Harry e Hermione.

Ela respirou fundo. Ótimo, ela para estar morta e não viva, não pensou em como iria agir de não funcionasse.

— Crianças... Ehn... Acho que deveriam ir. Ela já acordou.

— Não senhora McGonagall, não vou sair daqui. — Harry estava aflito com certeza. — E se-

— Senhor Potter, eu não vou morrer... Não mais. Vá descansar. Eu também preciso... — Forçou um sorriso curto.

Eles se olharam meio sem jeito. Harry beijou a bochecha da mulher e sentiu um calor nela, por segundos travou, mas ignorou logo depois. Hermione beijou as costas da mão da alva e Rony acenou positivamente para ela. Minerva se aproximou e Remus a olhava segurando o choro.

— Eu vou chamar o Dumbledore, mas acho que irá demorar Senhorita... Vou tentar voltar logo.

Ela saiu rápido. Remus esperou a mulher sair e andou até a alva e ela sorri curto.

— Oi, Au-Au.

— Hum... Oi. C-Como... Desculpa e-eu...

— Pode chorar. — Remus colocou a palma das mãos no rosto, virou de costas e chorou, evitando ao máximo fazer barulho.

Assim que parou, olhou para a pálida que o olhava docemente.

— Remus você já sentiu que era inútil?... Que sua vida não valesse mais nada?... Que... O mundo não precisava de você?

— Ah... — Ele fungou o nariz sorrindo fraco. — Todos nós um dia sentimos isso.

— Enquanto para alguém pode ser dias, meses ou até curtos anos variando de caso a caso... Eu passei, Deixe-me vê, estamos em 1994... Ahh... 134 anos? Não, foi 132 anos... O mesmo sentimento, a mesma aflição e solidão... Era horrível.

Ele ficou calado, talvez não soubesse o que dizer. Apenas se inclinou para frente e beijou suavemente a ponta do nariz da alva.

— Não vou dizer que entendo, pois estaria em mentindo, mas eu compreendo perfeitamente isso... No momento, descanse. Se quiser chora, chore. E eu soube pela Madame Promfrey que como seu corpo é regenerativo e detecta hostilidade em tudo que pode lhe machucar...

𝐋𝐎𝐕𝐄 𝐇𝐀𝐒 𝐒𝐌𝐄𝐋𝐋 𝐎𝐅 𝐑𝐎𝐒𝐄𝐒, Severus SnapeWhere stories live. Discover now