Rejeitada pelo Alpha - Aceita...

By LenaClary

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Amélia Sweet Dreams, mais conhecida por Amy, guarda um passado obscuro de toda sua alcateia, de todos que se... More

Capa também tem direitos!
Esclarecimentos
Capítulo 1
Capítulo 2
Capítulo 3
Capítulo 4
Capítulo 5
Capítulo 6
Capítulo 7
Capitulo 9
Capítulo 10
Novo??
Capitulo 11
Capítulo 12
Capítulo 13
Capítulo 14
Capítulo 15
Capítulo 16
Capítulo 17
Capítulo 18
Capítulo 19
Capítulo 20
Capítulo 21
Capítulo 22
Capítulo 23
Capítulo 24
Capítulo 25
Capítulo 26
Capítulo 27
Capítulo 28
Capítulo 29
Capítulo 30
Capítulo 31
Capítulo 32
Capítulo 33
Capítulo 34
Capítulo 35
Capítulo 36
Capítulo 37
Capítulo 38
Capítulo 39
Capítulo 40
Capítulo 41 - Bônus
Capítulo 42
Aviso
Capítulo 43
Capítulo 44
Capítulo 45
Capítulo 46
Capítulo 47
Capítulo 48
Capítulo 49
Capítulo 50
Capítulo 51
Capítulo 52
Capítulo 53
Capítulo 54
Capítulo 55
Capítulo 56
Capítulo 57
Capítulo 58
Capítulo 59
Capítulo 60
Capítulo 61
Capítulo 62
Capítulo 63
Capítulo 64
Capítulo 65
Capítulo 66
Capítulo 67
Capítulo 68
Capítulo 69
Capítulo 70
Capítulo 71
Capitulo 72
Capítulo 73
Capítulo 74
Capítulo 75
Capítulo 76
Capítulo 77
Capítulo 78
Capítulo 79
Capítulo 80
Capítulo 81 - Penúltimo Capítulo
Capítulo 82 - Último Capítulo
Curiosidades
Curiosidades II
Bônus
Agradecimento
Voltando para quem ainda não viu

Capítulo 8

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By LenaClary

Me recusei olhar em seus olhos, fiz uma pequena reverência com a cabeça em sua direção.

-Boa noite senhor supremo alpha.-fui fria e educada. Gostaria de estar ali sozinha e ele estava atrapalhando meu momento de contato com a natureza, o que me deixou enfurecida.

-Porque não está comendo com as outras garotas?-respirei fundo antes de responder sua perguntar. 

-O senhor não se incomoda de estar sentado no chão frio? É melhor ficar na sala da diretoria, as garotas disseram que tem uma lareira lá.-comentei mostrando bastante entusiasmo. Achei que ele seria burro de mais para cair na minha falsa animação ou ficaria muito irado pela minha ousadia, no entanto, ele me surpreendeu com suas palavras.

-Vai precisar de mais do que isso para se livrar de mim.-isso se parecia mais como se fossemos íntimos, como dois melhores amigos, irmãos ou namorados conversando. Tenho que admitir que isso me assustou um pouco.-Você não respondeu minha pergunta.-cruzei os braços.

-Não tenho fome.-respondi olhando fixamente para frente.-Se me permitir, preciso...-tentei me levantar, mas ele segurou meu braço me impedindo.

-Eu não permito. -no momento que olhei para ele, foi algo totalmente involuntário, minha velocidade absoluta entrou em ação.

Vi tudo muito devagar, sua mão envolta de meu pulso, seu peito subindo e descendo devido a respiração, até seus olhos piscando foi algo fascinante.

Era tudo muito novo e eu não pude deixar de analisa-lo da cabeça aos pés.

Seu cabelo negro tinha um movimento tão lento que era quase imperceptível, seus cílios encostaram um no outro, se chocando no momento que ele piscou os olhos.

Seus lábios estavam fechados em um sinal de seriedade, seu peito subia e descia tão lentamente que eu poderia respirar quatro vezes até que ele completasse.

Fiquei tão submersa nas sensação que meu novo poder me oferecia que acabei por não lhe oferecendo uma resposta a altura, permiti que sua mão me guiasse para voltar a sentar ao seu lado e então tudo voltou ao normal, para minha infelicidade.

Puxei meu braço ao encontro do meu corpo fazendo com que ele me soltasse.

-Você sabe que não vai conseguir mentir pra mim por muito tempo, não é?-estranhei sua pergunta, mas não ousei olhá-lo. Ele poderia ver qualquer falha em meus olhos.

-Não sei do que falas, senhor supremo.-novamente fui formal, era a minha maneira de afastá-lo.

-Eu sei que você esconde algo, algo do seu passado.-mordi o lábio olhando para frente, de repente fiquei incomodada, talvez por ele está falando tanto do meu passado.

-Não tem nada de incomum no meu passado.-senti sua mão apertar meu braço com força me fazendo virar para encará-lo.

Seus olhos atingiram aquele leve tom de conhaque que eu passava a me familiarizar, o mesmo tom que eu vi quando tentei impedi-lo de pegar minha mala no dia que cheguei aqui.

-Eu sei quando você está mentindo.-sua voz me atingiu me causando uma reação estranha, invés de parecer como um balde frio sobre mim me causando calafrios de medo, eu sentia como um calor irradiando por todo meu corpo me causando arrrepios.

O que está acontecendo?

-Eu quero a verdade!-sua voz se tornou alta e carregada de autoridade, olhei em volta com medo de alguém ter visto tal cena. Me sentia desconfortável.

-Se eu não fosse loba, de que outra forma poderia ter sido rejeitada?-perguntei forçando que ele soltasse meu braço com um puxão, o que funcionou.

Em um estante vi seu rosto quase perder a cor, ele me olhou de maneira assustada, seus olhos voltavam ao verde carregando um tom brilhante.

-Como conseguiu?-ergui uma sobrancelha confusa.

-O que?-perguntei. Será que usei força de mais para me libertar de seu aperto e ele percebeu que sou um pouco mais forte que a maioria das lobas?

-Como conseguiu simular uma rejeição?-fiquei completamente surpresa, quase em choque. "Simular rejeição?" Minha rejeição?!

-Eu também não sei como conseguir simular que o alpha da minha alcateia era meu companheiro e simular a hora que ele me rejeitou e simular toda a dor que eu senti.-respirei fundo tentando me acalmar, estava ficando quente de raiva.-Não sei nem porquê eu quis simular minha entrada nessa casa estúpida! E me afastar da minha família e meus amigos! E... e ter um supremo chato, insistente e idiota na minha cola tentando descobrir coisas que não existem no meu passado.-me levantei e antes que ele pudesse me impedir, sai correndo daquele lugar voltando ao meu quarto.

Agora eu estava morta, isso era certeza.
Me tranquei lá dentro me sentindo um tanto nostálgica, quando era mais nova, nas minhas primeiras missões eu ficava apreensiva e temerosa, tinha medo de morrer, apesar do meu treinamento.
Não tinha muita ligação com as trevas, muito menos com minha loba interior e com a Mich...

"Para de pensar nela." Lauren dizia no seu tom amargurado. "Não se esqueça que por causa dela nós acabamos presas nessa maldição." engoli seco percebendo o quanto estava ferrada.

"Acho que estou ferrada desde o principio." comentei mentalmente indo até minha cama e me deitando. 

De repente me sentia exausta.

Peguei um pedaço de papel embrulhado que deixei na cabeceira e o usei para treinar minha velocidade absoluta.

"Você vai me ajudar a treinar, não é?" perguntei jogando a bola de papel para cima, mas apesar da minha concentração o papel caiu na velocidade normal.

"Não mesmo." rosnei irritada.

"Eu vou ter que aprender tudo sozinha?" perguntei surpresa.

"Sim. Meus conhecimentos de aprendizagem rápida devem ser usados apenas em casos de emergência." lembrou naquela voz mecânica que me dava nos nervos.

"Você vai me deixar fazer isso sozinha?" 

"Sim!" parei de insistir revirando os olhos.

Joguei a bolinha para o ar várias vezes, mas ela sempre voltava na velocidade normal.

Parece que teria muita dificuldade para dominar tal habilidade.

Treinei por mais alguns minutos quando as meninas chegaram e passamos a conversar até a hora que todas dormiram e eu voltei a treinar em silencio na minha cama.

Consegui descansar por algumas horas antes de ser acordada pelas meninas para minha primeira aula/tarefa.

-Eles trouxeram seu uniforme, coloquei no seu baú.-assenti vendo que elas já se movimentavam pelo quarto se arrumando, Susan sorriu para mim e se afastou seguindo as outras garotas.

Abri o baú encontrando uma roupa azul embrulhada, basicamente uma calça azul escura e uma blusa preta sem mangas.

Senti meu sangue gelar ao lembrar que tinha que dá um jeito de não sair assim se não as pessoas vão descobrir sobre minhas cicatrizes e o supremo... desde quando passei a me preocupar com quê o supremo vai achar?

"Desde que você gritou com ele, quase o espancou e saiu correndo ontem a noite?" revirei os olhos pegando mais algumas roupas e indo até o banheiro.

Fiz a questão de usar uma camisa preta de manga longa e uma calça legging por baixo do uniforme, não iria sair por aí mostrando o que não queria.

Por fim usei apenas luvas para encobrir as cicatrizes do dia da rejeição.

Quando sai, as meninas me elogiaram dizendo que eu estava bonita e Sakura me levou até os jardins.

-Vamos conhecer o sr. Carlos, aquele que eu te falei.-assenti sem me deixar abater. Pelo o que ela me disse ele é um velho chato, mas eu iria passar com a cabeça erguida.

Chegamos ao jardim do fundo da casa e vi o tal senhor Carlos que nos olhava com raiva enquanto as outras meninas olhavam curiosas.

-Estão atrasadas!-bradou balançando a bengala de madeira.

-Desculpe senhor Fontinne.-pediu Sakura.-Não irá se repetir.-ela se aproximou me levando junto.-Essa é...
-Amélia Dreams, a nova rejeitada.-ele dizia com desgosto.-Vocês adoram desafiar seus companheiros e por isso acabam aqui.-Sakura abaixou a cabeça um tanto envergonhada.

-E porque você está aqui, senhor Fontinne?-perguntei com deboche.-Pelo menos viemos contra nossa vontade, já você parece que veio porquê gosta de ficar por perto das novas e velhas rejeitadas.-Sakura me olhou de olhos arregalados, o velho ficou vermelho e ergueu sua bengala na tentativa de me acertar.

Desviei empurrando Sakura para o lado o que fez com que ele acertasse um pedaço da grama, abrindo um buraco na terra pela força. Seu corpo foi para frente e ele me olhou com os olhos vermelhos de raiva ainda encurvado.

-Menina insolente! Você merece uma surra!-ele ergueu a bengala novamente tentando me acertar com mais força, mas eu a segurei no ar antes que chegasse até mim. Senti uma estranha onda de energia cruzar meu corpo quando aquele pedaço de madeira encostou na minha pele, reconheci no mesmo estante.

Aquela bengala tinha energia mágica e não era qualquer energia.

A madeira da bengala por si só já era bastante mágica, foi tirada de uma árvore rara chamada Phensolim, a árvore da força.

Mas eu podia sentir também magia incluída ali, como se algum controlador de magia tivesse trabalhado nisso;
"Parece que você não separou seus lados totalmente." comentou Lauren soando irritada.

-Está certo, senhor Fontinne. Sou uma menina insolente que ainda está magoada com a rejeição do amado, fui rejeitada porque o desafiei.-afirmei com aquele drama e deboche enquanto ele me olhava estranhando.

-O... o que você é? Por quê tem tanta força?-perguntou ele me olhando por detrás da bengala ainda erguida. Eu a soltei jogando-a para ele, automaticamente ele deu uns passinhos para trás.

-Era companheira de um alpha, sou naturalmente mais forte.-ele me olhou estranhando e depois pareceu pensar.

-Senhorita Lin, mostre a Dreams o que fazer.-ordenou ele se virando de costas.-Eu tenho que...-ele começou a andar antes de sair.

Sakura se virou para mim com os olhos arregalados.

As meninas nos olhavam assustadas, algumas até divertidas.

-Estamos fritas.-ela disse baixo.-Porque não me disse que seu companheiro era um alpha?-perguntou balançando a cabeça negativamente.-Você iria receber outro tratamento por aqui.-dei de ombros. Eu sabia que alphas quase nunca rejeitavam suas companheiras e que quando ocorria era uma coisa rara, por isso era tratado de maneira diferente.

-Vamos trabalhar e eu respondo suas perguntas.-ela assentiu me indicando um canteira que estava com alguns buracos abertos, algumas mudas estavam de lado. 

Olhei em volta percebendo que a maioria das meninas tinham voltado a trabalhar, as restantes cochichavam e me lançavam olhares.

Eu não queria chamar atenção, mas prometi proteger aqueles que são maltratados e excluídos.

Ela me explicou o que eu deveria fazer e comecei a colocar a mão na terra.

-Ninguém nunca o desafiou assim e sempre quando ele bate nas meninas com aquela bengala, não são capazes de se defender.-ela se aproximou mais sussurrando.-Dizem que aquela bengala é mágica, que as pessoas atingidas por elas demoram dias para se recuperar.-engoli seco lembrando da sensação que me rodeou quando ele tentou me atingir com ela.-Mas me conta, como conseguiu detê-lo?-perguntou baixo me fazendo sorrir.

-Eu já disse, sou a companheira rejeitada do alpha da minha alcateia, sou um pouco mais forte.-dei de ombros sabendo que aquilo não era completamente verdade, mas não iria dizer mais que isso para ninguém.

-Ah que isso... eu sei que você tá escondendo que na verdade...-ela ficou de pé.-É uma loba alienigena!-gritou atraindo a atenção das outras garotas, o que me fez rir.

-Claro que não.-afirmei cobrindo mais um buraco com brotinho com terra.
Não sei da onde ela tirou essa história, todos já sabemos que magia veio do espaço na época dos nossos ancestrais, dizem até que os Antigos vieram da lua...

Ninguém nunca comprovou.

-Vamos trabalhar.-chamei ela rindo.

--------------------

Subi as escadas me sentindo um pouco cansada pelo dia, já que o Sr. Carlos Fontinne não podia me bater, ele me fazia fazer serviços pesados que custavam muita força.

O bom disso tudo é que eu pude treinar minha velocidade absoluta, com Lauren me alertando e repreendendo o tempo todo, mas ainda sim treinei. Se eu continuar serei capaz de controlar a velocidade muito mais rápido.

Fui até o quarto onde as meninas se arrumavam.

-Quer que a gente te espere pra irmos juntas até a sala de jantar.-balancei a cabeça negativamente.

-Não, obrigada.-elas sorriram.

-O jantar começa as 18 e termina as 20.-assenti para Susan que sempre me lembrava desse detalhe. Ainda eram 17:40.

-Podem ir, eu vou ficar bem.-elas acenaram e saíram do quarto me deixando sozinha.

Eu não pretendia jantar, para mim já bastava tomar café da manhã e almoçar, não precisava e nem queria jantar.

Peguei uma roupa confortável e fui para o banheiro.

Tomei um banho rápido brincando com a velocidade absoluta enquanto treinava, mudava a velocidade em que a água saia do chuveiro.

Depois de alguns minutos, eu vesti uma roupa leve e sai do quarto indo para meu novo lugar preferido, a janela que me permitia entrar em contato com a natureza, mesmo que eu não estivesse a tocando.

Me contentei em me sentar de frente pra janela e apenas observar os animais, hora ou outra via um morcego correndo.

Tomei um susto já que por alguns segundos vi uma besta do campo, com aquele corpo horrendo, magro, liso de pelos como um pobre rato de laboratório.

Sua altura chegava a uma árvore que parecia ter seus 3 metros tranquilamente.

A besta olhou diretamente para mim.
Pisquei os olhos e então ela sumiu.
Mas o quê... o quê...

-Parece que não preciso ir ao seu quarto para te encontrar.

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Helloo! Iria liberar mais caps, mas tá difícil, no entanto... quis fazer uma surpresinha para vocês liberando alguns caps como presente de natal!
Espero que tenham gostado!
Como eu disse, fiz algumas mudanças, agora Amy vai falar mais sobre seus sentimentos, seus poderes e eu vou explicar muitas coisas que senti ter deixado em aberto quando escrevi pela primeira vez.
Pretendo escrever um segundo livro que é sobre a história de Alexa e talvez um spin off mais tarde.

OBS: Talvez eu libere mais caps ^^
Bjoss <3 <3 











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