Capítulo 44

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Com as coordenadas das lembranças de Michelle consegui sair daquele labirinto de corredores chegando ao andar de baixo onde algumas funcionárias tiravam o pó de alguns lugares.

Assim que cheguei todas se curvaram para mim e eu fiquei sem reação.

Pela lua! Isso é tão estranho!

Alexandre estava por perto, nessa casa, mas não sabia onde.

-Olá. Alguém sabe onde está o supremo?- uma mulher mais velha se dirigiu a mim.

-No escritório, senhora.-fiquei incomodada por ser chamada de senhora, mas por hora não ia comentar isso.

-Obrigada.-me afastei seguindo alguma direção e então lembrei que não tinha idéia de onde ficava o escritório.

Michelle?

"Só fomos lá uma vez, ainda não gravei." Respirei fundo e então voltei.

-Onde fica mesmo?-a mesma senhora que me respondeu se aproximou.

-Irei levá-la até lá.-assenti. -Por aqui.-ela saiu na frente e eu a segui, nem prestando atenção no caminho que seguia. As funcionárias pareciam ser tão reservadas...

Isso era algo que no momento eu não poderia pensar.

Como farei ele concordar com meus planos?

"Do jeito que ele está se sentindo culpado vai concordar até se você quiser bater nele." Dei de ombros. Michelle tinha umas ideias bastante mirabolantes.

-Aqui, senhora.-sorri.

-Obrigada.-assim que coloquei a mão na maçaneta a porta foi aberta revelando um supremo um pouco energético.

Por que seu nível de adrenalina estava tão alto?

-Lia...

-Está ocupado?-ele balançou a cabeça negativamente.-Precisamos conversar.-ele assentiu abrindo espaço para eu passar.

Percebi que desta vez a cortina estava aberta, mas ele logo se adiantou para fechá-la.

Agora seu escritório estava mais limpo, não vi mais papéis espalhados e nem copos em cima da mesa central.

-Lia sobre o que aconteceu mais cedo...-eu cruzei os braços mantendo uma expressão séria.

-Preciso que confie em mim.-ele se aproximou.

-Eu confio eu só me alterei porque...-ele parou de falar subitamente.

Por que, o quê?

Respirei fundo.

-Por que eu falei sobre Maria?-perguntei erguendo uma sobrancelha chamando sua atenção.

Agora eu que estava desconfiada. Ele tocou meus braços cruzados.

-Não Lia, eu juro que eu só amo você, só que eu passei minha vida toda acreditando que Maria não tinha contato com as trevas... ela foi minha primeira companheira e...-desfiz os braços cruzados.

Sorri.

-O que foi?

-Não estou brava.-ele ergueu as sobrancelhas.-Na verdade não fiquei brava com você, entendo que pode ser difícil de acreditar em mim.-ele estava surpreso.

Olhei bem para seus olhos verdes escuros onde tinha um misto de confusão estampado.

-Mesmo se eu estivesse irritada não poderíamos resolver isso agora, precisamos focar em Alexa.-sua postura mudou para preocupada.

Rejeitada pelo Alpha - Aceita pelo Supremo (COMPLETO)Où les histoires vivent. Découvrez maintenant