Capítulo 15

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Tinha sido um dia um pouco longo, ficamos treinando alguns principios da etiqueta até quase a hora do jantar, então enquanto as meninas foram comer eu subi pro quarto querendo descansar um pouco.

Antes de chegar ao meu quarto parei na janela de vidro que ficava no alto da escada, observando o luar e o jardim, me recordando de quando recuperei minha capacidade de transformação para salvar Sakura daquela besta e de como o supremo apareceu e nos salvou.

Foi bom poder lutar novamente, mesmo que sem usar todos os meus poderes. Comecei a sentir uma fragrância muito familiar, tão boa que me fazia relaxar, me viciava.

-Parece que sempre que desejo encontrá-la você está no meio do caminho me esperando.-me virei de costas dando de cara com o supremo.

Seu cheiro me inebriou por alguns estantes, fiquei impregnada com esse cheiro a noite passada toda e mesmo assim ele estava mexendo comigo, invés de ter me dado uma resistência a ele tinha causado o efeito justo ao contrário, aumentou a minha sensibilidade para seu cheiro.

-Supremo.-me curvei brevemente.

-Alexandre.-me corrigiu ele.-Pra você é Alexandre, proíbo que você me chame de Supremo.-cruzei os braços.

-O senhor está esquecendo que estamos na casa das rejeitadas? Não é apropriado que eu lhe chame pelo nome.-ele deu um passo na minha direção e eu não me afastei.

-Não me importo, a partir de hoje quero que me chame assim, sem contar que você vai sair logo daqui.-comecei a prestar atenção nas suas últimas palavras.

-Como assim?-descruzei os braços franzindo as sobrancelhas.

-Pedi ao meu beta para fazer uma pesquisa sobre como posso te tirar daqui.-fiquei completamente surpresa. Me tirar daqui? Isso seria perfeito! Não ia precisar passar pelo leilão e nem por... Jackson.

-Isso é possível?-minha voz estava por um fio.

-Não tenho certeza, mas logo, logo ele estará aqui para nos dizer.-e foi nesse exato momento que um homem se aproximou, eu já o tinha visto antes.

Seus olhos pousaram no supremo e depois em mim. Ele era muito familiar, já o tinha visto pela casa. Olhos verdes, alto, cabelos castanhos...

-Senhor, tenho progresso.-Alexandre virou a cabeça levemente na direção dele.

-Diga.-pediu fazendo o homem olhar para mim.-Tiago, esta é Amélia, Amélia este é meu beta, Tiago.-vi o olhar do homem se encher de compreensão.

-Senhorita Amélia.-ele ergueu a mão para me cumprimentar, eu a apertei.-Ouvi falar muito de você.-sorri fraco.

-Eu te vi algumas vezes pelo corredor.-o supremo separou nossas mãos visivelmente incomodado.

-Tudo bem, já chega. Diga logo Tiago.-ele lhe entregou uma prancheta.

-Verifiquei todos os dados nas regras da casa, mas uma garota só pode sair daqui se ela se casar com seu companheiro, seja o anterior que a rejeitou ou algum futuro que ela tenha encontrado.-o supremo devolveu a prancheta.

-Perfeito, vamos nos casar.-arregalei os olhos, Tiago também ficou assustado.

-Melhor esquecemos esse assunto.-pedi preocupada com isso de casamento, eu ainda nem consegui aceitá-lo direito.

-Sem contar que você precisa sair hoje a noite para o submundo.-senti minhas entranhas se apertarem. Por que ele estava indo para o submundo?

Fiquei preocupada, queria ir com ele já que não posso ser ferida de maneira mortal, por nada lá, mas ele apesar de ser o supremo, tem o sangue limpo.

Rejeitada pelo Alpha - Aceita pelo Supremo (COMPLETO)Where stories live. Discover now