Rejeitada pelo Alpha - Aceita...

By LenaClary

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Amélia Sweet Dreams, mais conhecida por Amy, guarda um passado obscuro de toda sua alcateia, de todos que se... More

Capa também tem direitos!
Esclarecimentos
Capítulo 1
Capítulo 3
Capítulo 4
Capítulo 5
Capítulo 6
Capítulo 7
Capítulo 8
Capitulo 9
Capítulo 10
Novo??
Capitulo 11
Capítulo 12
Capítulo 13
Capítulo 14
Capítulo 15
Capítulo 16
Capítulo 17
Capítulo 18
Capítulo 19
Capítulo 20
Capítulo 21
Capítulo 22
Capítulo 23
Capítulo 24
Capítulo 25
Capítulo 26
Capítulo 27
Capítulo 28
Capítulo 29
Capítulo 30
Capítulo 31
Capítulo 32
Capítulo 33
Capítulo 34
Capítulo 35
Capítulo 36
Capítulo 37
Capítulo 38
Capítulo 39
Capítulo 40
Capítulo 41 - Bônus
Capítulo 42
Aviso
Capítulo 43
Capítulo 44
Capítulo 45
Capítulo 46
Capítulo 47
Capítulo 48
Capítulo 49
Capítulo 50
Capítulo 51
Capítulo 52
Capítulo 53
Capítulo 54
Capítulo 55
Capítulo 56
Capítulo 57
Capítulo 58
Capítulo 59
Capítulo 60
Capítulo 61
Capítulo 62
Capítulo 63
Capítulo 64
Capítulo 65
Capítulo 66
Capítulo 67
Capítulo 68
Capítulo 69
Capítulo 70
Capítulo 71
Capitulo 72
Capítulo 73
Capítulo 74
Capítulo 75
Capítulo 76
Capítulo 77
Capítulo 78
Capítulo 79
Capítulo 80
Capítulo 81 - Penúltimo Capítulo
Capítulo 82 - Último Capítulo
Curiosidades
Curiosidades II
Bônus
Agradecimento
Voltando para quem ainda não viu

Capítulo 2

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By LenaClary

Fiz o percurso em apenas cinco minutos, a velocidade absoluta havia me dado muito mais rapidez do que eu já tinha.

Passei pela frente da minha casa sentindo meu peito apertar ao perceber que iria me afastar de minha mãe, seria horrível.

Nem sei por quanto tempo as garotas eram mantidas na casa das rejeitadas, mas imaginava que logo aqueles homens estariam aqui para me levar.

Corri para meu porto seguro, um lago que ficava escondido por várias folhagens, a distancia de dez minutos de minha casa, tempo esse que cobri em quatro minutos.

Cheguei ao lago e subi em cima de uma pedra.

"Porque Lauren?! Porque ele me rejeitou?" pulei alto em direção a água do lago, mas antes de entrar nela eu me transformei caindo completamente humana.

"Ele não sabia quem você realmente é." disse com sua voz normalizada.

Voltei a superfície respirando fundo, sem controlar as lágrimas. 

"E isso é motivo?! Só porque eu sou coberta dessas cicatrizes!" senti meu peito apertar. "Eu não aguento mais eu preciso colocar pra fora essa raiva.

Sai da água completamente nua, tirando pela corrente de prata que queimava levemente minha pele, a única peça que havia sobrevivido a minha transformação.

Me sentei no chão mesmo, ao lado de uma enorme pedra já mentalizando o que deveria fazer.

"Não Amy, eu sei que isso não é um motivo, ele não te merece!" ela dizia na tentativa de me fazer voltar atrás, mas era em vão.

"Eu preciso." me aproximei da pedra sedenta por sangue, essa era a única maneira de controlar tal impulso.

Dei o primeiro soco com a mão direita sentindo a dor causar uma corrente elétrica que me saciava parcialmente.

Dei o próximo soco com força, com a mão esquerda, vendo que a pedra havia aberto uma pequena fenda.

"PARE! PARE DE SE MACHUCAR!" gritava Lauren na minha cabeça, mas eu não a ouvia, eu queria apenas esquecer o que tinha acabado de acontecer."Espera! Alguém está nos escutando!" dizia de maneira desesperada, mas eu sabia que era só mais uma artimanha dela para me fazer parar.

Desferi vários socos, um após o outro seguidos de barulhos de forte respiração minha e de algo quebrando. Senti quando os ossos se partiram, o sangue já deixava tanto a pedra quanto a água colorida.

"Isso não importa! Deixe que escutem! Eu só que saber o porquê! Porque Lauren?" perguntei enxugando os olhos com as costas da mão, sentindo meu rosto ser sujo por um líquido quente.

A pedra havia se partido ao meio quando dei o último soco.

Mergulhei as mãos na água sentindo arder fortemente, mas ainda não era o suficiente para me fazer esquecer.

Aquela dor da rejeição ainda estava aqui dentro, gritando, se agarrando ao meu coração e criando raízes.

Arranquei o colar de prata com força, mas tive dificuldades para segurá-lo com firmeza devido aos ferimentos nos nós dos meus dedos, todos tinham aberto um corte profundo.

Segurei na mão e me forcei a fechá-la o mais forte que consegui apesar dos machucados.

Senti um queimor forte por causa da prata, mas quando terminei estava apenas o pó.

Peguei aquele pó e comecei espalhando nos machucados da minha outra mão.

"Pare! Pare de fazer isso! PARE DE SE MACHUCAR!" Lauren continuava a gritar na minha cabeça e eu continuava a ignorar ela.

A prata queimava qualquer ser sobrenatural, vampiros, lobisomens, bruxos, fadas... era uma desvantagem que todos nós tínhamos com relação aos humanos, desta forma não poderia nos voltar um contra os outros usando nossa maior fraqueza, apesar de alguns ainda tentarem.

Apesar do queimor, a prata é responsável apenas por diminuir a cicatrização, uma bala de prata só é capaz de matar um ser sobrenatural porque o corpo não consegue se curar do estrago da bala.

Neste momento eu estava apenas impedindo a minha cura completa, deixando cicatrizes em mim, cicatrizes da minha rejeição, cicatrizes que seriam muito mais confortáveis que as da alma.

Me preparei para colocar na outra mão quando escutei um barulho.

Me coloquei em posição de ataque imediatamente, eu havia sido treinada muito bem quando mais jovem.

-Quem está ai?!-perguntei alto.

"Lauren, mapeei o local." pedi rápido.

"Uma pessoa, mas não consigo reconhecer, é um homem, parece ser um humano desarmado." mordi o lábio. Não poderia ser André... não é? Não, não mesmo! Ele não é humano.

-Saia! Eu sei que está ai!-em poucos estantes vi um homem sair de dentro da mata, tinha um porte musculoso, alto, ergueu as mãos em sinal de rendição.

Farejei o ar rapidamente, mas não consegui sentir seu cheio nem como um humano, era apenas neutro, eu só sentia o cheiro da floresta.

-Calma, não vou lhe fazer mal.-ele disse se aproximando, mas por incrível que parece eu não conseguia enxergar seu rosto.

-Pare onde está!-rosnei.-Sei que está sob um feitiço, não é um humano.-ele tirou o próprio casaco e me ofereceu.

-Não estou sob feitiço algum, mas também não sou humano.-respirei fundo.-Só quero ajudar.-abri a mão que tinha o pó de prata derrubando-o no chão.

Homens, lobos... machos no geral não prestam, são inconfiáveis.

Sai correndo na direção de casa e acabei me transformando antes de ser totalmente coberta pela mata, ele provavelmente viu, mas não seria capaz de me alcançar mesmo que fosse lobo.

Agora que eu tinha a velocidade absoluta, nada era capaz de atingir a minha velocidade, bem, só o Supremo Alpha que podia se aproximar caso eu permiti-se, mas ele com certeza não estava por aqui.

Corri o mais rápido que consegui em direção a casa, agora eu só queria poder falar com minha mãe, me despedir dela, me aconchegar um pouco em casa antes de partir.

Me transformei assim que pisei na frente de casa atraindo os olhares dos vizinhos talvez por estar nua, entrei assim que me transformei.

-MENINA!-Diana correu até mim me vestindo com um roupão branco, fiquei sem entender como ela já sabia o meu estado.-Quando Bel me ligou avisando eu já sabia o que você ia fazer.-ela pegou minhas mãos.-Olha pra essas mãos.-me puxou para um assento de frente para uma cadeira, ao lado em cima de uma mesa de canto, tinha uma bacia com água morna e criselis, criselis é uma flor lilás com atributos mágicos, ela potencializa a cura nos seres sobrenaturais, mas causa muita dor.-Eu sinto muito pelo que aconteceu.-ela acariciou meu rosto demonstrando tristeza, segurei as lágrimas.

Ela começou o procedimento na mão que eu havia jogado pó de prata, meu sangue estava bastante espalhado pela mão, ela lavou ambas com a água morna e a flor. O que me causou uma enorme dor.

Demorei alguns estantes para voltar a falar.

-Talvez eu mereça, pelo que fiz com você...-ela me interrompeu com um olhar duro.

-Não repita mais isso! Você me libertou!-mordi o lábio, seu olhar suavizou.

-Mas eu o...-a campainha tocou.
Ambas olhamos para a porta.

"Lauren, inspeção." pedi rápido.

-Vou ver quem é.-ela se levantou.

"Homens da cas..." interrompi.

"Entendi."falei rápido. Escutei um rosnado de irritação por parte da minha loba, ela odiava ser interrompida.

Mãe abriu a porta revelando dois homens entrando. Um estava vestido com um terno, era branco e careca, velho, tinha um enorme nariz pontudo e carregava uma prancheta. O outro era... um homem alto, um tanto musculoso e atlético, tinha cabelos escuros e olhos verdes, sua pele era bronzeada e estava parcialmente coberta por um casaco longo escuro que ficava acima de suas roupas o dando um ar elegante.

-Supremo!-minha mãe se curvou quando o viu. O Su... supremo alpha?! O que ele faz aqui?!

O supremo vai pessoalmente buscar as meninas rejeitadas? Que estranho?
Senti Lauren ficar incomodada, inquieta, me suplicando algo que ela não conseguia pedir com palavras, no entanto não entendi e nem perguntei.

Ambos entraram e eu desviei o olhar, olhei para frente.

-Se curve garota tola, não vê o Senhor Supremo Alpha aqui?-perguntou o narigudo alto, mas eu fiquei calada sem nem sequer dirigir o olhar para eles com as mãos escondidas entre as pernas, ninguém podia ver a cor do meu sangue, iriam saber que não sou uma loba comum.

Eu estava desgostosa com o mundo dos lobos, eu queria voltar a ser como era quando era uma criança, antes dos meus oito anos quando fui consultar as videntes da aldeia.

Quando recebi meu trágico destino!

-Garota insolente!-percebi que ele havia levantado a mão pelo meu reflexo, não pensei em me defender, mas não sentir nenhuma batida, senti apenas alguém envolver meu corpo.

-Desculpe minha filha, senhor.-não escutei batida nenhuma também, alguém havia segurado a mão do branco idiota, mas eu me recusava acreditar que havia sido o supremo.

Porque ele defenderia alguém como eu que ele nem sequer conhece, principalmente, desafiando sua autoridade?

-Sem agressões, oficial.-sua voz me causou um grande arrepio na espinha.

Era grave e ao mesmo tempo leve, o tipo de voz que te passa confiança, que faz com que se sinta segura e também te dá medo de contrariar.

-Obrigada senhor, por favor fiquem a vontade, ela vai somente se arrumar, se quiserem esperar aqui dentro.-ela lhes ofereceu o sofá e eles se sentaram.

Merda, não mãe!

Olhei para ela que estava ao meu lado, mas invés de concordar comigo ela estava me repreendendo.

Ela terminou de enfaixar minha mão da maneira mais discreta que conseguiu, a mão que não teve pó de prata já estava quase todo cicatrizada, a outra ainda estava bem exposta.

-A garota é muda?-perguntou o homem chato por nome de oficial.

-Não senhor, ela é apenas muito... calada.-minha mãe disse lentamente como se escolhesse as palavras.-Amélia querida, cumprimente o senhor oficial e o senhor supremo.-pediu ela me olhando duramente com aquele olhar de promessa de surra.

-Boa noite senhores.-disse baixo de maneira grave maneando a cabeça lentamente na direção deles, mas sem olhá-los.

Minha mãe acariciou minhas costas.

-Amélia, suba e coloque roupas secas, eu já fiz suas malas.-sorri fraco e assenti saindo dali sem dizer nada, eu só precisava de um tempo comigo mesma.

Assim que cheguei no meu quarto fiquei tentada a fugir, mas era arriscado de mais, eu já estava em fuga e arranjar outra fuga... 

"Só se se esconde-se no reino das águas." fiz uma careta enquanto fechava a porta.

Reino das águas? Só me esconderia lá em última estância, em um ato desesperado... a morada das sereias pode até ser fácil de se esconder por causa da falta de capacidade delas de me detectarem, mas é um mundo um tanto detestável, sem ar livre e muitas mortes de humanos sem sentido.

Sem contar que eu teria que invocar meu outro lado para conseguir viver em baixo da água.

"Acho que prefiro permanecer aqui, mesmo que eu vá para a casa das rejeitadas." tirei o roupão me olhando no espelho.

Não consigo acreditar que aquele homem me viu nua... ele deve ter sentindo medo e nojo dessas cicatrizes horríveis.

Olhei para elas me recordando rapidamente de como ganhei cada uma, algumas me causaram tremenda dor, outras eu mal senti por causa da adrenalina.

A cicatriz que mais se destacava em meu corpo, além de ambas cicatrizes de mordida que eu tinha no ombro esquerdo e na direita da minha barriga, era a cicatriz que eu tinha em meu peito esquerdo, bem acima do meu coração.

Me lembro como se fosse hoje dos padres de Montegomery, eles diziam que eu era uma criança das trevas e por isso merecia a morte, disseram que estavam livrando minha alma, mas eu não estava em meu perfeito juízo e apesar de eles conseguirem colocar uma mão e apertar meu coração, eu os exterminei facilmente, já que eram apenas lobisomens ohne Wolf.

Engoli seco.

Se eu não fosse tão poderosa naquela idade, nunca teria conseguido me salvar, apesar de serem só ohne Wolf, eu era uma criança presa a correntes de prata.

As vezes eu ainda sinto uma mão grande esmagar meu coração e me sufocar lentamente.

Respirei fundo tentando afastar aqueles pensamentos, me dirigi logo a cama vendo uma roupa que minha mãe tinha deixado pronta para mim. Uma camisa preta apertada de manga longa, uma calça jeans escura, botas de cano curto marrom e minhas luvas.

Vesti tudo rapidamente antes que eu começa-se a recordar de todas as situações que causaram aquelas cicatrizes, ficaria aqui até o dia amanhecer.

Enxuguei meu cabelo o mais rápido que pude mas sabendo que ficaria com cheiro de cabelo molhado decidi deixá-lo solto, escorrido.

Ele soltou batia nos seios e por isso só usava eles presos.

Acrescentei meu colar de prata com a meia lua, acrescentei um saquinho que eu tinha cheio deles em um bolço de uma roupa qualquer na mala.

Eu sempre quebrava esses colares quando estava com raiva e por isso tinha tantos.

Minha mãe obviamente não sabia disso.

Me olhei no espelho uma última vez cogitando novamente a fuga.

"Você teria que deixar Diana e não poderia mais ter contato com Isabela, Lucas, Eliza e o Bruno."fiz uma careta ao ouvir seu nome.

Aquele covarde cachorrinho do Alpha.

"Pelo menos ele protegeu Isabela de levar uma punição por bater no Alpha." concordei pegando minha mala e saindo do quarto o mais rápido possível, antes que eu desistisse de ir.
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Hello meu povo! Eu estou tão ansiosa para liberar muitos caps de uma vez, mas o negocio tá dificil pra mim. Liberei este como um incentivo para vocês ganharem forças para a espera kkkkk
Amo vcs ❤❤❤
Ainda estou escrevendo alguns e revisando outros, por isso tô demorando, mas n parei heeein.
Queria saber de vocês o que preferem, que eu libere até o cap 5 e vá postando toda semana ou que eu escreva até metade da história e publique de vez?
OBS: Eu disse cap 5 porque é até onde está revisado, mas eu já escrevi além dele obviamente kkkkkkkkkk
Bjoss <3 <3 <3 

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