Henrique narrando
Nós quatro entramos na quadra abrindo espaço entre o povo indo pro camarote, logo atrás da gente já mandaram vir um baldezin de whisky então os cria ficou suave, montamos o copão e a melhor forma fluiu.
Paulinho: Larga essa porra, viado, acabamos de chegar. -reclamou com o Junin-
Junin: Meno, eu quero saber com quem a Mayra vai subir... Se for com algum maluco vai ser na última forma, filhão. -falou nervoso-
Guto: Última forma pra quem? -encarou ele- Última forma vai ser pra tu se relar o dedo nela.
Junin: Falei que ia fazer alguma coisa com ela? -estalou a língua-
O rádio dele apitou e ele colocou no ouvido com urgência.
Junin: Vou chegar ali, já já tô voltando. -saiu-
Paulinho: Meno tá gamadão, alá. -rimos-
Guto: Tu que não cola com mulher nenhuma, né?! Tô é te estranhando. -gargalhei-
Paulinho: Quem tem que colar com mulher é vcs, que tão velhos fi, cachorrão tá sem coleira pronto pra latir pras cadela.
Falou fazendo uma dancinha e nós gargalhamos, ficamos dali na postura, né?! Só palmeando a área e vendo a rapaziada curtir o lazer do morrão. Coisa linda. Logo o Junin voltou com a Mayra na frente dele boladona, ela cumprimentou a gente e ficou parada na frente dele.
Lua: Vamos lá pro meio com as meninas? -apareceu do lado dela-
May: Fica aqui comigo, amiga. Esse imbecil não quer que eu vá agora.
Junin: Ué, faz o que quiser, minha filha. Consciência é tua, só não reclama depois! -falou sem olhar pra ela-
Luana encarou a Mayra com tédio e parou do lado dela. Eu estava do lado do Junin, a Mayra na frente dele, então adivinha onde essa diaba parou?! Isso mesmo, bem na minha frente.
- Mulher que para na minha frente eu levo pra casa, hein. -falei no ouvido dela-
Lua: Se tu fizer o favor de não falar comigo eu vou agradecer. -eu ri-
- Pedir carona tu sabe?! Agora tá aí me negando voz.
Lua: Antes eu não tivesse pedido, né?!
Preferi nem responder, Luana é teimosa pra caralho e eu não tava afim de estresse hoje, continuei bebendo enquanto trocava uma ideia com os moleques.
Joyce: Ou. -me puxou-
- Que isso, cara? -encarei ela- Tá achando que é quem?
Joyce: Tô te chamando a maior tempão e vc tá se fazendo de maluco só pq essa daí tá contigo.
Luana olhou pra trás fitando a Joyce de cima a baixo com cara de desdém.
Lua: Eu não tô com ele não, querida, ele só não tá rendendo pra tu pq ele não te quer mesmo. -falou debochada-
Eu prendi o riso vendo os moleques rirem também.
Joyce: Acho melhor vc ficar quietinha pq eu não tô falando contigo. -botou a mão na cintura-
Luana riu se aproximando dela.
Lua: Ou então o que? -encarou ela-
Paulinho: Coe, HR, vai ficar incitando briga no baile atoa?
- Eu não tô fazendo nada, filhão. -falei rindo-
Lua: Essa piranha que chegou aqui botando marra de fiel sendo apenas lanchinho do bonde da boca... -falou alto-
Essa garota é uma barraqueira nata, puta que pariu.
Quando a Joyce ia partir pra cima dela eu puxei o braço dela pra trás fazendo ela vir junto.
Lua: Deixa ela vir, Henrique. Quero ver se ela é mulher suficiente pra sustentar a marra dela. -cruzou os braços rindo irônica-
Joyce: Vai se fuder, sua piranha mal comida. -gritou- Deixa eu cruzar contigo na rua pra tu ver só.
Eu segurava a Joyce pelo braço impedindo dela avançar na Luana, Mayra pegou na mão dela e tirou a debochadinha do camarote se enfiando no meio da multidão.
(...)
Depois daquele pequena confusão entre as duas, Joyce ficou no meu pé a noite inteirinha, mesmo eu dizendo que não queria, já a Luana só passava me encarando. Eu tava só prestando atenção no movimento dela, a diaba tava soltinha na pista, quando ela via que eu tava olhando ficava rendendo pros cara, dançava jogando para os outros, só pra me deixar de cara quente.
E o pior é que a desgraçada tava gostosa demais e sabia muito bem como mexer no meu psicológico direitinho. Tô doidinho pra grudar no pescoço dela e fazer ela parar do meu lado.
Guto: Ficar puto é pior, cria. Não quer assumir, vai passar estresse. -falou rindo enquanto mexia o corpo ao ritmo da música-
- Tô suave, ela é solteira então pode tudo. -falei olhando pra frente-
Acendi um balão e traguei a fumaça com força, já tava ficando na onda mesmo só faltava ficar com a mente aliviada e com o corpo leve. Um tempinho depois, eu não tava nem aí pra nada, as mina jogando pros cria e nós só sarrava por diversão, que se foda.
Paulinho me chamou pra puxar um trenzinho pelo baile e eu fui no embalo. Pistola e fuzil pro alto mandando passinho e com copão na mão, é disso que os cria gosta. Puxei o bonde pelo lado que a Luana tava, passei esbarrando nela e ela puxou minha blusa quase rasgando-a, olhei pra ela serinho e ela debochou rindo, tava bêbada também, logo vi.
A desgraçada não tava me dando nem atenção, passei por ela umas três vezes e a maluca até virava a cara jogando piadinha, deixa ela só comigo. Avistei ela saindo da quadra com o Bruno e já apertei o passo pra ir atrás, eu tava na intenção dela hoje.
Assim que a Luana me viu logo virou de costas, já me aproximei rindo.
- Se rasgasse minha camisa tu ia pagar. -falei no ouvido dela-
Lua: Da próxima vez eu rasgo então, pra aprender a não esbarrar nos outros. -falou antes de colocar o baseado na boca-
Bruno: Eu que não vou ficar de candelabro pra vcs, dá licença. -saiu rindo-
- Vai continuar me negando voz?
Ela virou de frente pra me cruzando os braços.
Lua: Vou, pô. Fez eu chegar no baile igual uma bruxa, ficou de gracinha com um monte de piranha lá...? -eu ri-
- Ah, e tu não ficou rendendo pros cara de baixo do meu nariz, não né?!
Lua: Igualzinho vc fez no outro baile, filhão. -falou séria- Fiz e faria de novo.
Passei a mão no rosto respirando fundo.
- Tá, eai? A gracinha vai continuar? -falei próximo a ela- Ou tu para do meu lado ou a gente fica no zero a zero pq não vou deixar tu ficar com ninguém. -ela gargalhou-
Lua: Já tá assim? -arqueou a sobrancelha- Se manca, feinho. Hoje é sem estresse.
Depois de maior desenrolado consegui fazer ela sossegar no camarote comigo, ainda bem que Mayra também tava lá pq elas ficavam dançando por ali mesmo e geral ficava na paz. Mas quem disse que a diaba sossegava?! Parou na minha frente e ficou rebolando pra caralho, jogando cabelo só pra me instigar. Eu que já não sou muito paciente, arrastei ela dali pra casa pra conseguir terminar minha noite na melhor forma.
Lua: Enquanto vc não acabasse com a minha noite vc não ia sossegar, né?! -falou tirando o sapato-
- Quem disse que tua noite acabou, pô?! -ri cínico-
Lua: Isso não pode acontecer de novo... -olhei pra ela confuso- Foi isso que vc me disse na primeira vez. -riu-
Me aproximei da cama fazendo ela se afastar rindo.
Lua: Vai me dizer que hoje eu te droguei igual a todos os outros dia?! -mordeu o lábio-
- Fez pior, filha da puta. Me fez querer laço contigo!
Beijei ela fazendo-a jogar o corpo pra trás na cama, quando o bagulho tava começando a fluir ela parou.
Lua: Vc só pode tá de sacanagem. -me encarou-
- Desde que a gente terminou tu não leva mais fé em mim, né?! -ela deu os ombros- Tô passando a visão, pô. Mas é pra ficar namoral, sem repetir os erros do passado.
Lua: O único que errou foi vc, amor. -ri desviando o olhar- O que foi?
- Saudade que eu tava de ouvir vc me chamar de amor. -ela abriu um sorriso- Tô cansando de joguinho, papo reto. Se tu quiser a gente fica junto, firme mesmo, pique Mayra e Junin. -rimos- Aí nós vê o que dá. Se não der certo vai cada um pro seu lado e a amizade colorida continua. -ri malicioso-
Lua: Isso é um pedido de namoro? -me olhou desconfiada-
- Depende... -ela bateu no meu braço- É porra, quer namorar ou não, filha da puta?
O sorriso dessa desgraçada iluminava alegrava meu coração, demorei pra entender isso mas antes tarde do que nunca, né?! A gente junto ou não, nunca gostei de ver ela triste, sempre foi um bagulho que me deixava inquieto, ver ela com esse sorrisão lindo tão próximo de mim dá vontade até de gravar essa cena pra sempre.
Logo o sorriso se foi e a expressão duvidosa tomou conta, respirei fundo jogando meu corpo pro lado e sentei na cama.
Lua: E se...
- Porra, Luana. Papo de sujeito homem, não vou te trair, vou fazer de tudo pra não vacilar e a gente dar certo. -olhei pra ela-
Lua: Vc promete? -ela falou manhosa-
- Prometo, cara. -bufei sem paciência-
Ela me puxou pela gola da camisa me fazendo deitar novamente e montou em cima de mim iniciando um beijo calmo.
Lua: Pra vc é mil vezes, sim. -me olhou sorrindo-
Voltamos a nos beijar, só que dessa vez sem calma alguma, eu só conseguia pensar em tirar essa roupa dela desde que a vi hoje e não deu outra. Ela colocou as mãos na gola da minha camisa e puxou com força, rasgando-a bem no meio.
Lua: Num falei que eu rasgava?! -riu maliciosa-
- Sua desgraçada!
Falei jogando ela de costas na cama, tirei minha camisa e minha bermuda e dois tempos e ela fez questão que eu tirasse a dela pq a diaba sabia o quanto eu gostava, dali em diante a noite foi sucessada pura fi.
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AAAAA agora é oficial, Henrana is real KKKK
O que vcs acharam????
Votem e comentem bastante, próximo capítulo é com o Gustavo narrando.