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PARTE ÚNICA
❝ thousand millions ❞
❝ Porque você é meu Homem de Ferro e eu te amo mil milhões. ❞
FAZEM CINCO ANOS, CINCO ANOS DESDE QUE THANOS ESTEVE POR AQUI E LEVOU PARTE DE NÓS. Cinco anos desde que perdemos pessoas que amávamos e cinco anos que Tony e eu nos afastamos do resto do mundo na tentativa de continuar a viver, na tentativa tola de fugir do passado doloroso.
Havíamos nos casados um ano antes de tudo isso acontecer e com a separação dos Vingadores em 2016, só tivemos as presenças de Happy, Rhodes, Peter, May e Natasha, pois eu havia dito que não me casaria sem a presença da pessoa que havia me salvo e Natasha era está pessoa, obviamente ela também só havia comparecido por causa de mim. Depois desse dia eu só voltei a vê-la no meio da batalha em Wakanda, batalha da qual sobrevivemos só fisicamente.
Um ano após esses eventos, Tony e eu tivemos uma garotinha, ele a batizou de Morgan, hoje é um dia especial outra vez, pois estou prestes à dizer que mais um bebê vem aí, mas acho que terei de adiar isso, pois temos visitas inesperadas.
── O que estão fazendo aqui? ── Tony, que estava na varanda, questionou olhando para a entrada, enquanto segurava Morgan no colo, quando olhei pela janela pude ver que era Steve, Natasha e um homem que o vendo agora posso quase ter certeza de que seja Scott Lang, um dos heróis que pensamos ter virado pó também.
── Precisamos da sua ajuda, Tony. ── Steve, que o encarava talvez com receio de nem mesmo ser recebido, se pronunciou após um curto silêncio, Tony soltou Morgan e a garota veio correndo direto para os meus braços.
── Talvez tenhamos uma segunda chance. ── Natasha, com os braços cruzados, declarou.
── Eu tive minha segunda chance aqui com a Sn e a Morgan. ── Tony murmurou pacientemente, havia se sentado na varanda assim como os outros três. ── Como fariam isso?
── Viagem no tempo! ── Scott informou.
── Uma máquina do tempo? ── Tony questionou.
── Não, uma... ── Scott começou a falar e parou no meio, parecendo pensar melhor e depois de fazer uma careta, reformulou. ── Bem, sim, uma máquina do tempo.
── Impossível! ── meu marido declarou.
Eu vi o desconforto de Tony e imaginava exatamente o porque. Eu queria ir até eles, mas havia os abandonei por cinco anos inteiros e isso me deixava sem saber como eles reagiriam ao me ver, isso fazia com que minha coragem desaparecesse, me deixava imóvel e me fazia me sentir covarde. Porém eu tinha que salvar meu marido daquela situação, então me agachei do lado da minha garota, sorri e sussurrei para ela.
── Maguna, vai lá salvar o papai! ── ela me olhou concordando com um leve sorriso e foi correndo para o colo do homem novamente, que sorriu ao recebê-la.
── Mamãe pediu pra te salvar! ── ela sussurrou e sentou-se no colo do pai, com o rosto escondido na curva de seu pescoço.
── Oh, obrigado, eu precisava! ── ele sorriu de lado e se levantou com ela ainda nos braços. ── Eu não posso ajudar vocês, mas tem mais lugares na mesa, Sn vai adorar ter vocês para o almoço.
── A gente tem que ir, Tony. ── Steve murmurou, ele estava sério, mas não parecia bravo.
No fundo, eu acho que eles sabiam que Tony diria não, também sabiam que aquilo era o bastante para fazer Tony ter esperanças novamente, porque existe algo que todos sabemos e esse algo é que Tony Stark sempre vai arranjar uma solução, principalmente quando isso significa ter Peter outra vez.
── Manda um beijo para a Sn, diz que sinto saudades dela. ── Natasha pediu, meu coração se apertou e eu quis correr para abraça-lá, mas naquele momento eu realmente havia me tornado a pessoa mais covarde de todas.
(...)
Já era hora de Morgan ir para a cama e foi Tony quem foi fazê-la dormir dessa vez. O homem de cabelo castanho escuro e barba pôr fazer, voltou vários minutos depois, com um sorriso brilhante em seu rosto.
── Não é querendo me gabar, mas ela disse me amar mil milhões, você deve estar entre quinhentos e seiscentos mil, querida. ── ri levemente, na maioria das vezes Tony era realmente muito convencido.
── Claro, querido! ── sorri e o encarei outra vez, então ele sentou-se, encarando o livro em meu colo.
── Jardinagem? ── ele questionou achando divertido. ── O que mais você vai inventar? ── ri revirando os olhos, não era como se eu tivesse um milhão de hobbies.
── Ler é um exercício para a mente. ── afirmei. ── Mas, quero falar de outra coisa. ── murmurei ao fechar o livro e o olhar.
── Pode falar, querida. ── sorriu de lado me olhando.
── O que eles queriam? ── eu queria ouvir dele, porque dependendo do tom de voz dele, eu saberia exatamente o que ele faria de verdade.
── Uma segunda chance, algo que possa fazer as coisas voltarem ao normal. ── ele contou, em seguida suspirou.
── Tony, tivemos uma nova chance, outras pessoas não. ── falei, também suspirei fundo e assim coloquei um retrato em seu colo, nele estava a fotografia dele e Peter. Tony me olhou com os olhos levemente iluminados, era sempre uma lembrança dolorosa.
── O que você quer dizer com isso, querida? ── indagou-me, segurando firmemente o retrato entre suas mãos.
── Que devemos isso aos outros, Tony. ── murmurei. ── Se tiver apenas uma chance, mesmo que muito pequena, devemos tentar.
── Você acha? ── desviou os olhos da foto e me olhou.
── Eu acho que você poderia pensar sobre, se não pelos Vingadores, então pelo Peter. ── respondi. ── Eu nunca tentei te parar, querido, não vai ser agora que vou fazer isso. ── sorri e coloquei as mãos nas costas dele, acariciando.
Algo dentro de mim me dizia que algo ruim poderia acontecer, que eu poderia o perder para sempre e por um momento eu quis parar ele, mas me lembrei das milhões de vidas que se foram, do Peter, que era apenas um adolescente e merecia viver tantas outras coisas, e das tantas vezes que choramos juntos e de como sofremos quando perdemos nossa família, então se esse era o preço a ser pago, então que seja! Steve dizia que alguns superam, mas nós não e acho que está aí o nosso diferencial.
(...)
── Promete que vai voltar? ── eu dizia a Tony enquanto o via preparando o carro para ir até o complexo, ele havia pensado em uma solução.
── Não posso prometer algo que não sei se vou poder cumprir, meu amor. ── meu coração se apertou com aquilo, quis tanto que isso fosse apenas uma frase qualquer e sem significado, mas eu sabia bem, não era!
── Papai? ── a pequena o olhou e ele a pegou, estava sorrindo. ── Eu te amo mil milhões! ── Morgan sorriu abertamente deixando um beijo na bochecha dele, logo um Tony feliz me puxou para aquele abraço.
── Eu amo vocês mil milhões! ── ele se declarou, sorri o olhando, então deixei um beijo em seus lábios. ── Vai dar tudo certo! ── Tony afirmou, sorrimos.
Essa foi a penúltima vez que conversamos, na última vez ele estava pálido e sentado nos destroços do que um dia havia sido a nossa casa, do que um dia havia sido o nosso complexo, eu demorei muito para achá-lo e quando o vi, senti que meu pressentimento estava certo desde sempre, eu realmente o perderia para sempre.
── Tony? ── chamei, minhas vistas embaçadas pela grande força que eu fazia em tentar conter as minhas lágrimas. ── Amor, olha para mim? ── pedi, eu estava mesmo tentando ser forte, mas quando ele me olhou, eu não contive a minha imensa vontade de chorar, então lágrimas pesadas desceram. ── Não pode nos deixar, não agora que tudo vai voltar ao normal, por favor?
── Nada vai ser normal! ── disse com dificuldade. ── Mas você tem que tentar por mim, queria.
── Você não pode me deixar, por favor, Tony, temos tanto para ainda viver juntos. ── murmurei em meio as lágrimas e aos soluços, mimhas mãos estavam em seu rosto e meu coração doía, dilacerado.
── Sempre vou estar por perto e você nunca vai estar sozinha, eu prometo! ── ele sorriu minimamente.
Naquele instante, Tony colocou a mão sob a minha barriga, ele sabia sobre o bebê, não imagino como, talvez tenha sonhado, assim como sonhou com Morgan, então chorei, meu corpo inteiro tremia. Naquele momento eu sabia que não tinha mais o que fazer, eu havia o perdido.
Todos os vingadores e não vingadores que estavam ali se ajoelharam, uma última demonstração de respeito, até na sensação de vitória, sentíamos o gosto amargo da derrota.
── Tony, olha para mim? ── pedi, ergui minha cabeça e segurei o choro, então um mínimo sorriso puxou o canto dos meus lábios.
── Oi? ── ele respondeu, também possuía um sorriso fraco, me encarou com dificuldade, estava mais fraco do que a segundos atrás, entretanto ainda havia força para mim.
── Pode ficar tranquilo, querido, relaxa agora! ── juntei nossas testas, eu não poderia ser egoísta, ele estava com dor, assim mais lágrimas desceram e, poucos segundos depois, Tony soltou a minha mão.
Então a única coisa que o permitia viver se apagou, só que dessa vez para sempre. Passei minha mão em seu rosto e o beijei pela última vez, assim como eu, todos choravam a morte do meu grande amor.
Não tinha idéia de como seguir, mas eu devia, o único homem que amei havia me deixado dois tesouros, os nossos filhos. E eu sei, Tony estaria vivo em mim, por toda eternidade.
(...)
── Mamãe? ── o garotinho de cabelos e olhos castanhos escuros me chamou com sua vozinha de criança.
── Oi, docinho? ── Anthony, assim como Morgan, era uma copia fiel de Tony.
── A gente pode ir ao parque? ── Morgan que agora tem oito anos, enquanto Anthony tem três, pediu pelo menor, ambos estavam animados, sorri.
── Claro, querida. ── eles sorriram juntos, como se fosse um pequeno complô e deram pulinhos no lugar. ── Me esperem no carro, tudo bem? ── então, enquanto meus filhos iam caminhando de mãos dadas, uma brisa leve soprou meu cabelo e eu sorri.
O mundo se lembraria de Tony Stark e ele estaria vivo por toda a eternidade.
Eu voltei e agora pra ficar 🎶
KKKKKKKK brincadeira, mas eu realmente voltei, eu estava com zero imaginação e toda vez que tentava escrever me dava crises de ansiedade, então parei um pouco e cá estou eu novamente.
Esse imagine é triste, mas eu amei tanto, talvez um dia eu faça uma versão onde as coisas tenham um final 100% feliz.
Votem e comentem mores.