Secret family ⧗ Natasha Romanoff

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Nat e eu estamos juntas há pelo menos seis anos, o único amigo dela que conheço é o Clint, os outros eu nunca cheguei a ser apresentada, mas sei absolutamente tudo sobre todos. No início tive medo da profissão de Natasha, de perde-la, de nunca mais vê-la, mas agora? Agora eu realmente tenho orgulho de estar ao lado dela, da pessoa que ela é, e de tudo que ela se tornou.
Nosso relacionamento não é perfeito, está bem longe de ser e muitas vezes brigamos, brigas de rolar no chão, mas a gente sempre se entende.
E eu também entendo a queda que Bruce tem por ela, ela é demais e qualquer um se interessaria, mas, bem, o que posso fazer se ela gosta da mesma fruta que ele?
Recentemente decidimos ter um bebê, o que vai ser incrível, já que ela tem que ficar afastada de Nova York e dos vingadores, a guerra civil foi um erro e agora ela pode ser presa, o que não é bom, mas nós sempre damos nosso jeito.

── Você acha que vai dar certo? ── ela me questionou sobre a fertilização que fizemos há três dias.
── Vamos torcer para que dê, querida. ── sorri pra ela, enquanto olhava algumas roupinhas de bebês na loja em que estávamos.
── E se estivermos comprando atoa? Você tá comprando coisas pra dois bebês. ── contestou olhando para as roupas minúsculas em minhas mãos.
── Cara, fizemos uma fertilização, dois óvulos meus e um seu foram fecundados, acha mesmo que vai vir só um bebê? ── questionei ela e sorri quando ela fez careta.
── Tem razão, mas espero que seja só um, já estaria ótimo assim. ── admitiu pegando dois minis macacões pretos e saindo em direção ao caixa, sorri a olhando.

Três semanas, três semanas desde a fertilização e eu senti meu primeiro enjôo, achei que era loucura ou delírio, mas então Natasha me arrastou pro banheiro e me fez fazer um teste, e agora, estamos aqui esperando.

── Vai dar negativo. ── contestei negativa.
── Você não sabe, fica quieta! ── Nat resmungou baixinho encarando o teste, mais ansiosa do que eu.
── Você não queria e agora quer? ── arquei uma sobrancelha a olhando.
── Eu nunca disse que não queria, eu disse que dois é muito, mas se for, tudo bem, cuidaremos como ninguém nunca cuidou de nós e eles serão felizes. ── comentou fazendo com que eu lembrasse que eu também não tive sorte com pais, e ela estava certa.
── Você tem razão, perdão. ── respirei deixando meus ombros caírem em cansaço.
── Eu sei que está com medo, eu também estou e até mais, porquê sou eu quem tenho que proteger vocês e isso é muita coisa, vocês são tudo que tenho e faria qualquer coisa por vocês, pode confiar em mim, estamos juntas nessas. ── quando ela terminou de falar, me abraçou sorrindo e ainda abraçadas olhei para o teste na pia.
── Positivo? ── questionei e as lágrimas que estavam ali, por causa de Nat, agora estavam descendo.
── O que? ── ela me soltou e agarrou o teste, e então eu vi, ela também estava chorando. ── Oh, meu Deus, vamos ser mães. ── a encarei sorrindo e chorando e Deus? Seja o que o senhor quiser.
── Vamos ser mamães! ── exclamei feliz e logo em seguida ela me beijou.

Agora pelos nossos cálculos temos oito semanas e hoje vamos ver nosso ou nossos bebês pela primeira vez, Nat aposta que é só um bebê, já eu aposto em mais. Quando chegamos no hospital fomos recebidas por Arizona, ela é uma médica incrível e Nat só confia nela, e o memorial Grey Sloan é o melhor da cidade, por que estamos em Seattle? Porquê quando Nat precisou fugir, lembramos que eu tinha um apartamento vazio aqui, e então aqui estamos. Seattle é melhor que a Rússia, e muito mais viável para voltarmos para Nova York.

── Tudo bem, Sn, você pode se deitar aqui e nós vamos checar como tudo está. ── ela falou animada e com um imenso sorriso, o que é engraçado já que eu só tenho vontade de chorar e Nat pode dar a impressão de ser bem fria.
── Vai dar pra ver tudo? Até quantos são? ── Nat questionou curiosa.
── Bem, essa é a idéia, então sim, vocês vão conhecer o seu ou seus bebês. ── sorri colocando um braço em baixo da cabeça e as encarei.
── Vamos lá, estou ansiosa e com vontade de chorar. ── Nat riu e segurou minha mão livre, e Arizona começou o ultrassom.

𝐌𝐀𝐑𝐕𝐄𝐋 𝐈𝐌𝐀𝐆𝐈𝐍𝐄𝐒 𝐈Where stories live. Discover now