Antes de irmos ao encontro da Mel, eu ligo para minha mãe e falo que vou estar chegando amanhã. Não disse o horário da minha chegada, ainda tenho que ver com o Luigi a hora que ele marcou com o piloto.
Minha mãe fica super empolgada, e o meu irmão diz que vai fazer de tudo para não estar de plantão no hospital só para ficar em casa comigo.
Chegamos ao hotel, um pouco atrasados claro, como era de se imaginar já que usamos um pouco do tempo que tínhamos para nos amar devidamente.
Com certeza valeu cada segundo, eu e Luigi, na cama e no chuveiro. É tudo muito intenso, e uma avalanche de emoções, sentimentos, mãos, bocas... Tudo se mistura é celestial e, ao mesmo tempo tão carnal.
Amo o jeito doce que Luigi me olha. Em como se preocupa comigo, do modo protetor como segura a minha mão quando estamos caminhando, do seu toque no meu rosto.
Amo quando o pego me olhando enquanto estou desatenta. Mas também amo o seu olhar de puro desejo sobre mim. Amo quando ele desfruta da minha boca sem permissão, amo quando me tem em seu poder, amo o jeito que ele faz amor comigo, de uma maneira doce e calma. E as vezes longe disso, me pegando de jeito, sabendo exercer sua força e, me deixando toda mole depois de um sexo selvagem.
Enquanto Luigi vai para a sua suíte se trocar, eu vou para suíte da Mel, Luigi me falou que ela está aprontando alguma para o Evan e eu quero ver o que é. Não vou gostar de saber que ela vai fazer alguma coisa com ele que vai deixá-lo mal.
E tudo fica muito claro quando ela abre a porta para mim.
Melyne ela está vestida com um vestido preto, tomara que caia, a cintura coberta por uma fina camada de tule que deixa à mostra sua pele, ela tem no rosto uma maquiagem marcante nos olhos, mas a boca com um batom nude, seus sapatos de salto altíssimos são vermelhos dando o destaque que importa, e os seus cabelos estão soltos em camadas.
"Ela está linda, coitado do meu amigo."
- Mel, você está linda. - Ela abre um sorriso.
- Obrigada Sam, quero causar essa mesma impressão que vi no seu rosto, na cara do sr. Velho Rabugento.
- Com certeza você vai causar. Aliás vai causar muito mais do que boas impressões Mel.
Ela está sorri feliz. - Entra Sam, o Luigi foi se arrumar?
- Foi sim, ele disse que daqui a pouco vem nos buscar para irmos.
- Então enquanto ele não vem, você toma uma taça de vinho comigo.
- Claro, adoro vinho. - digo ao me sentar.
- Eu também.
Ficamos por um tempo conversando e degustando o delicioso vinho. Quinze minutos depois o Luigi entra sem bater à porta, seus olhos passa de mim para Mel e de novo para mim. Vou em direção a ele e passo o braço em volta da sua cintura, ele me envolve e ficamos os dois olhando para Mel. Até que Luigi quebra o silêncio.
- O que você está pretendendo Melyne Montrezol Stalden?
Claro que ele percebeu o plano da irmã. Antes de tudo Luigi é homem, e com certeza notou o quanto ela está deslumbrante.
- Não estou pretendendo nada mais do que passar uma noite agradável com o meu irmão, a sua namorada, e o... Amigo dele. - ela da um gole em sua taça - E quer saber meu querido irmãozinho, pare de olhar para mim com essa cara. Não estou fazendo nada de mais.
- Porque será que eu não acredito em você? Cadê aquela obstinação de não querer ver o Evan?
Ela vira as costas pega sua pequena bolsa e, quando retorna o olhar dela para nós seu rosto está revestido com uma máscara.
Melyne não é tão inocente quanto parece. Ela tem um plano.
- Não se esqueçam queridos, foram vocês que escolheram o lugar onde jantaremos, eu sou só uma mera convidada. - ela passa por nós com um sorriso em seu rosto - Agora vamos, estou morrendo de fome.
Nos olhamos, e eu sei que a noite vai ser longa.
Sophie decide que é melhor se encontrar com a gente no Meridell. Sei que os planos dela para essa noite nos incluí até certo ponto, depois é só ela e o meu professor.
Quando chegamos Luigi estaciona o carro e entrega as chaves para o manobrista, que abre um sorriso enorme só de ver a beleza de máquina que ele vai levar para estacionar.
Entramos no Meridell e logo vemos que o lugar está lotado. O Metre vem até nós e cumprimenta o Luigi pelo sobrenome.
- Boa noite sr. Stalden, boa senhoritas, o sr. Collins já está esperando por vocês. Por favor, por aqui. - Ele então nos guia pelo salão e nos leva para o deque.
Entramos no espaço, reservado. Ele é romanticamente decorado. Suas mesas são em madeiras escuras com almofadas para o acento brancas, algumas flores estão dispostas em cima das mesas de canto, junto com as luminárias que dão um toque especial.
Elas fazem tudo ficar extremamente acolhedor. Do outro lado tem um elegante lounge, com sofás brancos e grandes almofadas, algumas mesas baixas, lindas cadeiras que segue o mesmo padrão dos sofás. A brisa do mar e a lua complementam a atmosfera.
De costas para nós, olhando em direção ao mar está Evan, parece distante.
- Senhor Collins... - Ele se vira quando ouve o metre o Chamar. - O sr Stalden e suas acompanhantes acabaram de chegar.
Evan se vira e dá um alegre sorriso para mim e para o Luigi, mas quando seus olhos se encontram com a Mel, seu sorriso vai morrendo em seu rosto aos poucos.
Evan olha para Melyne e é mais que nítido a surpresa em vê-la. Seus olhos brilham de desejo e ele parece perdido em um mundo só dele.
Olho para ela e vejo o quanto ela está satisfeita com o efeito que causou.
Evan sacode a cabeça tentando sair do transe - Oi gente, desculpe a minha indelicadeza. Eu estava pensando... Bem deixa isso para lá. - Ele chega até mim e me dá um beijo no rosto, e lhe puxo para um abraço em sinal de solidariedade. Meu amigo está precisando.
Evan dá um abraço em Luigi. - E aí cara tudo bem?
- Tudo bem Evan. - Luigi parece constrangido.
Evan olha para Mel.
- Boa noite Melyne, seja bem vinda ao Meridell. - Seus olhos não acompanham o sorriso que está na sua boca.
- Obrigada Evan o restaurante é lindo. Parabéns!
- Obrigado. - Ele respira fundo - Mas venham, vamos nos sentar, a Sophie está atrasada como sempre não é mesmo?
Foi como uma deixa para a nossa amiga. Neste momento ouvimos as nossas costas.
- Há, eu sabia que sentiriam a minha falta, mas já podem começar a se divertir crianças, eu cheguei. - Atrás dela está o Matheus sorrindo, pelo jeito ele está mesmo feliz em estar com a minha amiga.
- Há sim claro que estávamos sentindo a sua falta, como poderíamos começar tudo sem você Sophie. - Evan fala sarcasticamente.
- Mel, você já conhece a Sophie, ela era a secretaria de papai e agora é a minha, e ele é Matheus o professor de Muay Thai de Samantha e... - Luigi fica perdido, não sabe como se referir ao homem com Sophie.
- Ele é o meu acompanhante. Como está Melyne?
- Estou bem Sophie e você?
- Muito bem obrigada.
- Vamos nos sentar por favor. - Evan mostra a nossa mesa que por sinal está linda.
- Gente eu fiz os pedidos de vocês, sei das preferências de cada um: Samy, um Morning Glory, Luigi um Negrone, Sophie uma marguerita, e para você Matheus, eu pedi o mesmo que para mim, um Manhattan, a Samantha me disse do que você gosta. - Vejo pela minha visão periférica Luigi me encarar, sei que ele deve estar pensando agora, em como eu sei disso - Evan olha para a Mel. - E bom, eu não sabia que você vinha então... - Ele olha de mim para o Luigi com os olhos semicerrados, bem típico dele quando não gosta de alguma coisa. Eu só dou de ombros pedindo desculpas, mas Luigi já é mais direto.
- Desculpe Evan, eu não comentei nada com você.
- Que isso Lui, estou feliz que vocês estejam todos aqui. - Evan faz um sinal para o garçom que imediatamente vem até nós.
- Sim Sr. Collins.
- O que gostaria de tomar Melyne? - Eu olho para o Luigi que tem uma expressão divertida nos olhos.
- Frozen marguerita por favor. - A Mel está divina, por fora está mantendo toda a classe que pode, mas por dentro ela deve estar gritando.
- Certo. - O garçom se retira.
A noite está linda e o cenário magnífico se completa com meu amor e meus melhores amigos junto de mim.
- Então Samy, você vai amanhã a que horas? - Sophie me pergunta.
Olho para o Luigi, ainda não conversei com ele sobre o horário.
Luigi responde. - A hora que você quiser querida. O comandante Filipo já está aqui na Flórida esperando por ordens suas.
- Hum, então as 8:00 é um bom horário.
- Tudo bem, vou avisar para ele e, te levo no aeroporto amanhã.
- Tá bom.
A conversa flui animada, sei que o Evan está se esforçando muito, sei também o quanto é duro para ele ter a Mel tão perto, eu torço muito por eles. Ainda não tive a chance de conversar com ela, mas dá para ver em seus olhos que ela o ama também.
Luigi é todo carinhoso comigo durante toda a noite, vai ser difícil passar os próximos dois dias longe dele.
O garçom trás nossas bebidas, o meu Morning Glory, está uma delícia.
- E então querida você volta no domingo ou só na segunda? - Luigi me pergunta, enquanto passa a mão no meu cabelo.
- Ainda não sei, talvez eu vá direto do aeroporto para a Stalden na segunda.
- Na segunda tenho uma reunião logo cedo com o Evan e mais alguns diretores, mas vou pedir para o motorista ir buscar você.
- Não será preciso Luigi, eu pego um táxi.
- Não querida eu faço questão.- Concordo com a cabeça, sei que não adianta discutir com ele.
Somos servidos com aperitivos, bruschetta de ricota, Crostini de queijo brie com tomate e uma tábua de frutos do mar, que eu tenho certeza que foi pedida por minha causa.
Degustamos todas aquelas delícias. Conversamos, rimos e brincamos uns com os outros. Sophie cismou em contar para o Luigi da vez que ela e o Evan me levaram para a balada e eu enchi a cara.
Claro que o clima entre a Mel e o Evan ficou um pouco estranho, mas eu peguei a Mel rindo algumas vezes das besteiras que o Evan falava, assim como também vi o Evan seguir a Mel com os olhos quando ela se levantou para ir ao toalete e, vi quando ele só não se levantou porque o Luigi o segurou quando um cara cercou-a perto do bar e Mel foi muito esperta e se desvencilhou do homem com toda a classe, deixando um sorriso orgulhoso nos lábios do irmão e um olhar misturado de raiva com alívio no Evan.
Dez minutos que voltou para a mesa o celular dela tocou e ele ficou atento. Por conhecê-lo tão bem eu consegui ver como ele relaxou depois de ouvi-la falar a frase: - Certo mãe, não se preocupe, eu falo com o Luigi e nós resolvemos a questão.
Enfim, passamos algumas horas super agradáveis, mas quando olho no relógio já são 23:20h, e ainda tenho que arrumar as minhas coisas.
- Luigi, acho melhor a gente ir, tenho que arrumar as minhas coisas.
- Claro querida. - Ele olha para a Mel. - Temos que ir, a Sam ainda tem que arrumar a mala e para falar a verdade eu estou bem cansado.
Olho para o Evan que está retornando a mesa, depois de ir resolver alguma coisa lá dentro,
- Sim claro, vamos.
Sophie que não é boba, e já percebeu o clima entre o Evan e a Mel, olha para mim.
- Não Mel, fica mais um pouco quando nós formos embora te deixamos no hotel.
Ela olha de mim para o Luigi e o irmão consente. - Tudo bem, mas não precisa me levar, eu chamo um táxi.
- Tá bom, mas me liga ou me manda uma mensagem quando chegar no hotel.
- Claro grandão eu te aviso.
Nos despedimos e quando chego perto do Evan para dar um beijo nele, meu amigo me puxa.
- Samantha Avelar, você e seu namorado estão querendo foder com meus neurônios?
- Eu não sei do que você está falando. Além do mais meu querido amigo, estou querendo que você pare de uma vez de ser idiota e faça logo o quem tem que fazer.
- Agora sou eu que não sei do que você está falando Samantha.
Olho para ele e passo a mão carinhosamente no seu rosto, na sua barba por fazer.
- Há meu querido Evan Collins, você sabe, eu tenho certeza que você sabe. - Beijo seu rosto - Até segunda meu amigo, se cuida. - Quando estou saindo me volto novamente para ele e falo: - E cuida da Melyne também, bye.
Ele me olha, sério. - Tchau Samantha.
Evan precisa aprender a relaxar. Claro que eu sei muito bem de todos os problemas que o afligem, mas ele tem que aprender que ele não tem culpa do seu passado.
Quando chegamos no meu apartamento, sinto um misto de alegria por estar indo ver minha família e, uma tristeza por estar deixando o Luigi.
Vou para o quarto, e Luigi me segue, se senta na poltrona e fica em silêncio, enquanto pego uma mala pequena e coloco algumas coisas necessárias para dois dias de viagem. Quando fecho a mala Luigi já está em pé ao meu lado na cama.
Ele me segura pela cintura. - Minha querida, você está bem?
- Estou sim. - Minto
- Vem, deixa eu tirar a sua roupa, eu vou te colocar na cama.
Olho para seus olhos azuis. - Sem segundas intenções sr. Stalden?
- Sem segunda intenções srta. Avelar, somente terceiras e quartas.
Coloco a mão no colarinho da sua camisa e abro o primeiro botão.
- Então vem e cuida de mim. - Luigi tira o meu cabelo do pescoço, e me dá pequenos beijinhos subindo para trás da minha orelha.
- Será um grande prazer mia dea. Quero olhar para você toda nua, erga os braço. - Levanto os braços acima da cabeça e ele devagar tira minha blusa, e me beija suave nos lábios jogando a blusa no chão. Desce as mãos pela lateral da minha cintura até chegar no cós da minha calça jeans, abre o zíper devagar e, sem tirar os lábios dos meus, começa a descer a calça, até que quando chega nos meus joelhos ela cai aos meus pés e eu piso nela até conseguir tirá-la de vez.
Com agilidade ele abre o fecho do meu sutiã, devagar Luigi passa as alças pelos meus braços. Quando acaba de retirá-lo, ele segura cada um em suas mãos, e nos seus olhos eu vejo desejo, luxúria e pecado.
Sem tirar os olhos dos dele eu começo a abrir sua camisa, um botão após o outro e, quando ela está totalmente aberta espalmo as mãos em seu peito forte e vou levando para a lateral puxando comigo sua camisa pelos ombros e braços até tirá-las de vez.
Desço as mãos para a sua calça jeans e devagar abro o botão e depois o zíper. Coloco as mãos no seu quadril, e deslizo suas calças pela suas pernas, quando chega na altura dos joelhos eu me abaixo e retiro o resto. Sua cueca boxer preta, pouco consegue segurar sua ereção que quer pular para fora.
Ainda de joelhos eu a puxo, e seu pau pula para fora.
Dou um sorriso sacana e penso: Nossa como é grande...
Devagar retiro sua cueca e começo a passar a mão pela sua cabeça rosada e grossa. Luigi solta um gemido e joga a cabeça para trás.
- Há Sam, eu quero tanto você. - Ele segura pelos braços e me ergue, tira minha calcinha rapidamente e então estou nua na sua frente mas sem nenhuma timidez.
- Quero que faça amor comigo Luigi, quero sentir você dentro de mim.
- Há Samantha, você tem um jeito de me provocar, de me estimular. E seu pedido para mim é uma ordem minha querida.
Devagar ele me coloca de costas na cama, seu toque vai deixando um rastro quente sob a minha pele, sua boca no meu seio sugando com avidez, fazendo os bicos se empinarem rígidos.
Se coloca no meio das minhas pernas. Posiciona seu membro na minha abertura molhada, e devagar bem devagar começar um movimento de vai e vem.
- Há Luigi por favor, mais forte, mais fundo. - Ele segura minha cabeça entre suas mãos, com os braços apoiados a minha volta e me beija.
- Calma minha querida, tudo a seu tempo.
Lentamente querendo me torturar, Luigi continua, por um tempo até que seus movimentos vão se intensificando, ficando cada vez mais rápido e mais vigorosos.
- Há... assim. - A sensação dele entrando e saindo de dentro de mim com força e fundo me deixa perto, bem perto de gozar.
- Sam, o que você faz comigo minha querida? - Sussurra no meu ouvido e me beija sem cuidado, sem medo de me machucar, do jeito que eu gosto e, nesses momentos é que eu não consigo me segurar.
- Luigi... - Gozo intensamente com seu nome saindo dos meus lábios.
Logo depois com mais umas poucas investidas fortes dentro de mim Luigi também chega ao orgasmo enquanto me beija.
- Você é a mulher mais linda que eu já conheci. - Ele fala olhando fundo nos meus olhos.
Dormimos nos braços um do outro, depois de um banho. A noite terminou de forma mágica.
Quanto o celular que eu programei para nos acordar começa a tocar, Luigi me abraça por trás e beija meu pescoço.
- Bom dia mia dea.
- Bom dia Lui. - Minha vontade de ficar o sábado inteiro com ele é imenso, mas sei que preciso me levantar, então me viro, dou um beijo leve em seus lábios. - Preciso ir Luigi, você me acompanha no banho.
- Claro que sim, vamos lá.
Depois de um banho à dois eu e o Luigi nos trocamos, eu coloco uma calça jeans escura, uma camisa vinho e um scarpin também vinho, brincos compridos e uma gargantilha dourada.
Chego a cozinha, e Luigi está acabando de preparar cappuccino. Em cima da bancada já tem umas torradas, geléia e uma jarra de suco de laranja. Como posso resistir a um homem como esse?
- Hum é muito bom ser paparicada desse jeito Lui. - Passo os braços pelo seu pescoço e lhe dou um beijo demorado.
- É um prazer te paparicar querida. - Luigi apoia a mão na bancada e a outra ele me segura na cintura - Eu já liguei para o Filipo e está tudo certo, ele já está nos esperando.
Respiro fundo.
- Tá bom.
Tomamos o delicioso café calados cada um preso em seus próprios pensamentos.
Luigi me ajuda a arrumar tudo e em seguida vamos para o aeroporto. Engraçado como às vezes parecemos um casal de verdade, aqueles que dividem o mesmo espaço, os problemas, o controle remoto da tv por assinatura, e as alegrias das conquistas e sucessos do dia.
No caminho sinto o Luigi apreensivo, seguro em seu joelho e ele olha rapidamente para mim.
- Sam, posso te fazer uma pergunta? - Sinto meu sangue gelar nas veias, mas respondo:
- Claro Luigi.
Ele vira a cabeça de lado e me encara. Seus olhos formando duas linhas finas - Então... é justamente sobre isso, você a dois dias atrás estava me chamando de querido, até amor eu ouvi saindo dos seus lindos e macios lábios, agora é só Luigi ou Lui. Porque Sam, o que mudou?
Olho para ele, na verdade a pergunta não é a que eu esperava mas também não me dá nenhum alívio.
- Acho que não tem nenhum porque tão extremo Lui, é só que eu sempre penso bem antes de falar alguma coisa e com você, a única vez que eu não fiz isso, deu no que deu.
- Sam, quer dizer então que me chamar de amor ou querido foi um erro?
Não é disso que eu estou falando, mas é melhor deixá-lo pensar o que quiser.
- Digamos que foi um lapso de memória, mas sabe, para falar a verdade eu estou tendo que fazer um grande esforço para não chamá-lo de querido, algumas vezes tive quase que morder a língua. - Sorrio para ele.
- Então porque antes que machuque sua língua gostosa, você não comece a me chamar de querido, amor, gostoso ou então de homem da sua vida.
- Uiiiii... Ainda bem que você me deu todas essas alternativas, principalmente a última. - Caímos na risada.
Chegamos no aeroporto e nos dirigimos para o hangar onde está o jato executivo do Luigi.
A nossa espera está um homem muito bonito e mais novo do que eu esperava, do seu lado uma linda moça de cabelos negros e presos em um coque muito bem arrumado.
- Samantha, este é Filipo o meu principal comandante, e essa é a Ana, a comissária de bordo. Eles serão responsáveis pela sua boa viagem.
Aperto a mão dos dois os cumprimentando
- Prazer em conhecê-la Samantha.
- O prazer é todo meu comandante Filipo, desculpa atrapalhar o fim de semana de vocês.
Ele sorri sem graça.
- A srta. não atrapalhou em nada, é sempre um prazer servir ao sr Stalden e a quem ele pedir.
Dou um sorriso sincero.
- Filipo, você e a Ana vão ficar em Boston até que a Samantha decida voltar, a Sophie minha secretária já fez reservas para vocês nesse hotel. - Ele então passa um envelope as mãos de Filipo. - Todas as informações e o que vocês vão precisar estão aí. - O homem consente
- Samantha me dê o seu celular, quero salvar nele o número do Filipo, assim que você decidir quando vir embora, é só ligar para ele e o jato vai estar pronto para te trazer.
Passo o celular para ele. "Nossa quantos cuidados e recomendações, parece até que sou uma criança que está indo viajar sozinha pela primeira vez".
Filipo e a Ana entram nos deixando sozinhos. Luigi coloca uma mão em minha cintura e a outra ele leva para a minha nuca por debaixo dos meus cabelos me puxando para ele, então me beija, com intensidade.
- Vou sentir sua falta todos os minutos, me mantenha informado ok? - Luigi fala e mantém sua testa grudada a minha.
- Sim querido, vou te manter informado, mando uma mensagem assim que aterrissarmos. - Ele sorri e me beija mais uma vez.
- Fala de novo.
Sorrindo eu falo: - Vou te manter informado, mando uma mensagem.
Ele franze as sobrancelhas para mim. E eu não aguento e começo a rir.
- Certo querido eu vou te manter informado.
Seus olhos brilham intensamente.
- Vai logo Samantha, antes que eu não te solte mais e não permita que saia de perto de mim.
Fico tentada mais uma vez a permanecer ao seu lado, mas antes que eu desista digo: - Sr Stalden, não vá fazer nada que eu não faria ok?
- Com certeza não vou querida. E você vê se comporte em Boston.
- Vou me comportar. - Nos beijamos e eu entro no jato executivo.
Fazemos uma viagem bem tranquila, aproveito o tempo para ler e pensar na minha vida.
Quando aterrissamos no aeroporto Internacional de Boston Logan, duas horas e trinta minutos depois da nossa partida da Flórida, eu me sinto feliz por estar próxima da minha família, mas ao mesmo tempo já sentindo uma imensa falta do Luigi.
Pego meu celular e ligo para casa dos meus pais.
- Alô. - Ouço a voz reconfortante do Dylan.
- Olá garoto bonito. - Escuto seu sorriso no momento em que reconhece a minha voz.
- Oi meu anjo, já chegou?
- Acabei de aterrissar.
- Tá bom. Daqui a pouco estou por ai, te ligo quando chegar para você me falar onde vai estar.
- Certo, estou te esperando.
Me despeço do Filipo e da Ana, vou para o saguão do aeroporto, pego meu celular na bolsa e mando uma mensagem para o Luigi.
Já aterrizamos, estou esperando o meu irmão que está vindo me buscar.
Caminho até a praça de alimentação e meu celular me avisa que tem mensagem do Luigi.
Que bom que chegou bem, demorou para me avisar, falei com o Filipo a dez minutos.
Nossa isso é que eu chamo de estar informado.
Desculpa sr. Stalden, mas estava falando com meu irmão.
Logo em seguida chega uma mensagem nova.
Certo mia dea, aproveita os seus dias com a sua família mas não se esqueça de mim.
Como eu poderia me esquecer dele.
Não tem como me esquecer de você QUERIDO, AMOR, GOSTOSO ou se preferir HOMEM DA MINHA VIDA.
Sorrio.
É gostei, todas essas palavras podem ser usadas em uma mesma frase, mais ou menos assim : - QUERIDO, vem fazer um AMOR GOSTOSO comigo, porque você é o HOMEM DA MINHA VIDA. E então gostou?
Começo a rir alto e quando eu olho para os lados tem duas senhoras me olhando, acho que estão pensando que eu enlouqueci.
Claro que gostei e um dia pode ser que eu a use. Beijos querido.
Nossa já estou sentindo falta dele.
Um beijo querida se comporte, nada de sair a noite, só se for com seus pais. Já estou sentindo sua falta.
Até parece, nem vou me dar ao trabalho de responder. Fico olhando as vitrines até que eu vejo o Dylan se aproximando. Vê-lo só me deu a certeza de que a falta que eles me fazem é grande demais. Ele chega e me abraça forte me tirando do chão.
- Há meu anjo que bom que está aqui.
- Também acho.
- Vamos me dá a sua mala, a mamãe e o papai estão super eufóricos com a sua chegada.
- Porque eles não vieram com você?
Ele segura minha mão e andamos saindo do aeroporto.
- Há Samy, sabe como a mamãe é, está lá preparando tudo que você gosta, falou que tem certeza que você vai chegar que é só pele e osso. - Essa é mesmo uma frase que a minha mãe diria, e dessa vez ela tem razão. Eu emagreci um pouco nos últimos dias - E o papai teve que ir na parte da manhã até o laboratório, mas já deve estar chegando em casa.
No caminho para casa eu fico olhando aquelas avenidas com trânsito intenso tanto de pessoas andando pelas calçadas, como de carros, mesmo em um sábado de manhã.
Os prédios enormes e exuberantes, é tudo grandioso. Na verdade eu nunca pensei que um dia eu sairia daqui para trabalhar em outro lugar. Aqui é um dos maiores e melhores centros empresariais do mundo. Eu imaginei que faria minha faculdade, arrumaria um bom emprego e, viveria tranquilamente.
Mas tudo mudou no dia que eu recebi a proposta do Evan. Aquilo foi um desafio para mim, então eu agarrei com toda a força e fui.
- Um sorvete de chocolate com calda quente pelos seus pensamentos maninha.
Dou risada, sempre brincamos assim.
- Estava pensando o quanto sinto falta disso tudo aqui e, da falta que você, mamãe e papai me fazem.
- Isso é fácil de se resolver, é só você voltar Samy.
Não é tão fácil quanto eu gostaria. Não voltei quando toda aquela merda aconteceu e não faria isso agora. A minha vida está toda em Miami.
- Não posso Dylan, o Luigi e o Evan vão precisar de mim agora na reta final do projeto Stalden Grécia'S Resort, eu não posso fazer isso com eles.
Ele me dá uma olhada rápida.
- Luigi? Acho que perdi alguma coisa.
- Sim Luigi Stalden, o dono e diretor da Stalden Resort. Ele está na Flórida.
Dylan me olha de rabo de olho - Sei Samantha Avelar, o que você está me escondendo?
Olho para fora na janela. Dylan me conhece muito bem.
- Bem vamos ter dois dias pela frente meu querido irmãozinho, então eu te conto tudo depois.
- Certo, vou ter todo o tempo do mundo para você, eu troquei meus plantões só para ficarmos juntos.
- Muito bom.
- Quando vai voltar para a Flórida?
Olho mais uma vez para a vista lá fora, minha vontade era ficar aqui até a segunda pela manhã, mas eu não vou aguentar. A falta que estou sentindo do Luigi já está gritando dentro de mim.
- Volto amanhã à noite. Tenho que preparar algumas coisas, essa semana vai ser puxada para nós, sábado tem a festa da Stalden, e tem várias coisas que eu vou ter que resolver.
- Certo meu anjo.
Pegamos um pouco de trânsito, o que até é normal. Quando chegamos na casa dos meus pais no bairro de Back Bay, eu me sinto bem.
Meu pai e minha mãe abrem a porta de casa antes mesmo do Dylan acabar de estacionar o carro.
- Querida, como é bom te ver minha garotinha. - Minha mãe me abraça forte.
- Também estou muito feliz em ver vocês. - Puxo meu pai para um abraço a três.
Quando entro em casa sinto o tão íntimo e acolher cheiro de infância e adolescência felizes. Dá até para entender porque o Dylan prefere morar na casa da piscina a ter que sair de casa.
Olho para trás onde o Dylan está com as minhas coisas nas mãos. - Sabe Dylan, quando se fica fora por um tempo e depois volta assim nem que seja para uma visita; é que me dou conta porque você prefere ficar na casa da piscina a sair daqui.
Os três se olham.
- Então maninha, por pouco tempo, eu estou comprando um apartamento para mim, ele é mais perto do hospital e também não fica longe daqui. Agora que acabou a minha residência, e eu fui contratado, então tenho que estar o mais perto possível dos meus pacientes.
Meu irmão merece tudo isso. Me lembro das suas noites acordado estudando, das sua residência exaustiva.
Sim Dylan merece.
- Que bom Dylan, fico feliz por você.
O almoço transcorreu como sempre, divertido e bagunçado. Somos só quatro à mesa, mas parece que somos um batalhão, todos falando ao mesmo tempo, perguntando as coisas uns dos outros.
Depois do almoço eu ajudo a mamãe a arrumar a cozinha.
- E então Samy, me conta, o que está aí apertando esse seu coraçãozinho.
Meu pai entra na cozinha nesse momento, e então eu seguro a mão da minha mãe e, a do meu pai e os levo até a bancada onde nos sentamos em bancos altos.
Estar perto da família que te conhece tão bem, é o mesmo que ter todos os seus segredos expostos na testa.
Conto para eles tudo que me aconteceu desde quando o Luigi chegou na Flórida, conto também do que ele fez com o Andrey quando descobriu que ele era um dos nossos distribuidores, falei que eu não tive coragem de contar sobre o que me aconteceu, mas que o Luigi está esperando pacientemente que eu conte. Falei também que eu não sei o que vamos fazer quando ele tiver que voltar para a Itália.
Minha mãe me olha e segura a minha mão e o meu pai como eu já esperava é o primeiro a falar.
- Filha, sei o quanto te dói falar sobre tudo isso, sei o quanto será difícil relembrar tudo quando for contar para ele, mas se ele é tão importante assim para você, eu acho que ele merece saber.
Minha mãe sorri para mim.
- Isso mesmo filha, acho que ele tem que saber. Quanto a ele voltar para a Itália, acho que você ainda vai ter uma surpresa com relação a essa parte.
Meu pai e a minha mãe começam a sorrir.
Durante a tarde nós saímos para fazer uma visita para a vovó. Conversamos, rimos, vimos fotos antigas e, a vovó me fez prometer que voltaria para casa, porque ela fica sempre muito preocupada comigo longe.
Antes de ir pra casa, passamos no Parque Boston Common que tem muita história e tradição, fazia muito tempo que eu não ia lá.
No banco de trás do carro do meu pai como nos velhos tempos, eu e Dylan conversamos animados sobre as coisas que curtimos juntos quando éramos mais novos.
-Que tal se a noite você fosse comigo na Boston Beer Works? Vai algumas pessoas lá do hospital, e eles me ouvem tanto falar de você que estão morrendo de curiosidade para te conhecer.
Faz tempo que eu não tenho algumas horas com o meu irmão.
- Tudo bem, vamos sim. - Dou um sorriso me lembrando do que o Luigi disse sobre sair a noite.
Depois que chegamos em casa, eu tiro o celular da bolsa. Tem uma mensagem do Luigi.
Espero que esteja se divertindo, porque eu não estou nem um pouco.
São só algumas horas que estamos longe um dos outro, mas eu sinto uma falta enorme dele. Respondo a mensagem.
Estou feliz por estar com minha família, mas estou sentindo a sua falta.
Coloco o celular em cima da cama e pego a roupa que eu vou sair. Um calça jeans e uma camiseta preta, um lenço, minha jaqueta de couro preta e meu scarpin. O outono já está começando a dar os seus sinais.
Que bom que está feliz, queria estar ai com você.
Leio a mensagem, como assim, ele queria estar comigo?
Hum quer dizer que você quer conhecer meus pais e o meu irmão?
Resolvo brincar com ele.
Gostaria muito de conhece-los. Marcaremos em breve uma visita para que isso aconteça.
Preciso engolir rápido para que meu coração não saia pela boca, mas não quero demonstrar.
Certo sr. Luigi, marcamos então. Olha sei que me disse para não sair a noite a não ser que seja com meus pais. Mas o Dylan me chamou para sair com ele, tomar uma cerveja. Não vou voltar tarde.
A resposta é mais rápida do que eu esperava.
Certo, mas se cuida. Posso só te pedir para voltar amanhã? Estou sentindo muito a sua falta.
Respondo rápido.
E eu a sua sr. Stalden. Chego amanhã a tarde".
Com o celular na mão eu ligo para o Filipo e peço para ele prepara o jato executivo do Luigi para as 14:00h, de amanhã.
A noite é tranquila, os amigos do Dylan são ótimos, bebemos, conversamos e quando já estávamos quase indo embora meu celular toca avisando que tenho uma nova mensagem do Luigi.
Fui ao Meridell, maso Evan me mandou embora de volta para o hotel disse que estou insuportável sem você. Então agora estou sentado aqui na varanda ouvindo Just The Way You Are do Bruno Mars e pensando em você.
Que lindo. Tomada por uma coragem estranha talvez motivada pela distância ou pela cerveja eu respondo.
Está cada vez mais difícil para mim não te amar sr. Stalden.
Quando estamos voltando para casa eu conto para o Dylan sobre o Luigi e, como eu esperava ele me pergunta porque eu ainda não contei sobre Andrey.
- Samantha, não é vergonha nenhuma, quem fez a merda toda foi aquele cretino do Andrey, não você. Conta logo e foda-se, e olha se quer mesmo saber esse cara parece ser legal.
Minha noite de sono é tranquila, na manhã seguinte eu acordo tarde, minha mãe falou que eu estava dormindo tão gostoso quando ela foi no quarto me ver, que ficou com pena de me acordar.
- Mãe, pai, eu vou embora depois do almoço.
Meu pai me olha. - Mas como já comprou a passagem?
- Na verdade eu não preciso, o Luigi disponibilizou o Jatinho executivo dele para me trazer.
Minha mãe até engasga com a água que está tomando. Meu pai sorri e o Dylan que não pode perder a piada vai logo dizendo.
- Tai gente, o cara empresta um avião como quem empresta 10 pratas.
Caímos todos na risada. O almoço está uma delícia, prometo aos meus pais que não vou demorar para voltar então eles me levam para o aeroporto.
Me despeço deles, já com um vazio no peito.
- Volta logo filha. - Minha mãe fala com os olhos cheios de lágrimas.
- Prometo que não demoro.
Filipo e a Anne me esperam na porta do jato do Luigi.
- Filipo, Ana esses são meus pais e meu irmão.
- Prazer em conhecê-los.
- O Prazer é nosso. Por favor leve a minha filha em segurança. - O meu pai fala.
- Com certeza, farei isso sr. Até logo.
Ele entra e a Ana dando um sorriso o segue.
- Até breve, eu volto logo. - Dou um abraço nos três e entro. Ana fecha a porta e eu ouço os motores sendo ligados.
A viagem de volta parece demorar mais do que quando eu fui, acho que é a minha ansiedade de ver o Luigi. Sei que ele vai estar me esperando.
Quando o comandante Filipo acaba de pousar, eu olho pela janela do jatinho e encostado no carro está Luigi, de calça jeans, camiseta branca e óculos escuros.
Parece uma miragem. Ana abre a porta para mim, e eu desço a escada praticamente correndo em direção a ele.
Luigi me aperta firme em seus braços e me beija ferozmente.
- Há srta. Avelar quanta falta eu senti dessa sua boca.
- Eu também senti muito a falta da sua Sr. Stalden
Ele me beija e me aperta mais uma vez em seus braços.
- La sua bocca morbido, bacio lei tutto il giorno, di sicuro.
"Sua boca macia, vou beijá-la durante todo o dia, com certeza".
E eu me derreti em seus braços.