Quando entro no meu apartamento, olho em volta e tem resquícios da noite com Luigi por toda parte. Na sala as almofadas no chão onde nos sentamos para jantar, na cozinha dentro da pia ainda tem os dois pratos, os hashis e as taças de vinho.
Vou para o meu quarto, a cama está revirada, deixando claro que ali aconteceu uma cena de sexo quente e enlouquecido. No chão encontro um envelope de preservativo, apanho-o, rodo nos dedos me lembrando de tudo que fizemos nessa cama na noite anterior.
- A onde você está com a porra da sua cabeça Samantha Avelar? - Essa é a pergunta que eu me faço.
Jogo minha bolsa em cima da poltrona, e lá está a toalha que o Luigi se secou. Seguro-a firme entre os dedos, vou até o banheiro, e a primeira coisa que eu vejo ao entrar, é a marca de uma mão no vidro do box, parece feita com espuma de banho. Coloco minha mão espalmada em cima, e a mão desenhada e bem maior que a minha.
Respiro fundo ao meu lembrar da mão de Luigi passeando no meu corpo, enquanto a outra estava apoiada no vidro.
Começo aos poucos a arrumar tudo aquilo, penduro a toalha no suporte na parede e volto para o quarto, pego o travesseiro que ele dormiu e levo ao rosto, respiro fundo sentindo o seu cheiro delicioso que ainda permanece ali. Com os pensamentos ainda no homem que está me levando a loucura, eu arrumo a minha cama, coloco às almofada no lugar, e olho em volta. Não tem mais jeito, por mais que eu não queira, agora a imagem de Luigi já faz parte desse ambiente.
Vou para cozinha, coloco os pratos, as taças e os hashis na lava louça. Respiro fundo, Aliás o meu apartamento não será mais o mesmo.
Droga. Como pode uma pessoa que eu conheço a poucos dias tomar conta de tudo que me cerca do jeito que ele fez? Que italiano é esse, e que poderes ele tem?
Luigi me pediu para vivermos um momento de cada vez, falou para simplesmente deixar acontecer, mas para quem já sofreu tanto como eu, isso se torna impossível. Como não me preocupar? Onde fica o sentido de autopreservação?
Dou uma olhada em volta, acho que as coisas já estão organizadas por aqui, bom, pelo menos alguma coisa tem que estar.
Me encosto na pia da cozinha e olho em volta. O meu apartamento que sempre foi o meu paraíso particular, hoje está me parecendo que falta alguma coisa. Pego o pano de prato de cima da mesa, o dobro e coloco arrumado em cima do balcão.
Preciso fazer alguma coisa. Ficar pensando no Luigi, não vai me ajudar em nada, aliás só está me desestabilizando ainda mais.
Me lembro que tenho que falar com os meus pais, e pego o telefone para ligar para minha família.
- Alo? - Me surpreendo ao ouvir a voz do meu pai do outro lado da linha. Isso me intriga, o meu pai odeia falar ao telefone.
- Oi pai.
- Olá Samy minha pequena.
Sorrio. A minha família é o meu porto seguro, aqueles que eu sei que sempre vão estar por perto para mim. Cada um deles tem algo que me ajuda, que me sustenta, que me ajuda a não me entregar mesmo nas maiores dificuldades, como foi a que passei a um ano atrás, eles me fortalecem, me dão o impulso que preciso para seguir em frente.
- Há pai, que saudade, como o senhor está?
- Estou bem querida, também estou com muita saudade de você.
- E a mãe, e o Dylan ?
- Eles estão bem, o Dylan está no hospital, me parece que teve uma emergência por lá. E a sua mãe, foi na casa da sua avó Sara, ela fez uma chantagem emocional falando que estava se sentindo sozinha, a gente falou para ela vir para cá, mas sabe como ela é, acabou sua mãe tendo mesmo que ir.
Então está explicado porque meu pai atendeu o telefone mesmo não gostando. Meu pai é ótimo, chega a ser super protetor, tanto que ele não foi muito receptivo quando eu disse que estava vindo morar na Flórida, no começo ele bateu o pé e disse para eu não vir. Mas depois ele acabou aceitando e me deu o apoio que eu tanto estava precisando na época.
Claro que ele sempre continuou tomando conta de mim; mesmo depois que vim morar aqui, e mesmo tendo um ótimo emprego, e um ótimo salário, religiosamente todo mês ele deposita uma boa quantia na minha conta. Já falei para ele que não precisa, que eu me mantenho, mas ele sempre vêm com aquela história:
- Fica para uma emergência então, nunca se sabe quando vai quebrar o carro, ou ter que chamar o encanador por causa de um cano vazando. Sem contar que às vezes ele me liga só para perguntar se está tudo bem, ou se eu preciso de alguma coisa, ou se eu mandei fazer a revisão no meu carro.
Amo o meu pai. Mas voltando a minha atenção para a nossa conversa, eu dou um sorriso quando ouço ele que ele continua falando dela. Dona Sara, é típica avó que sempre fez tudo que os netos queriam, comidas diferentes, e histórias na hora de dormir, com isso eu e o Dylan sempre fomos muito paparicados.
- Há papai, a vovó está carente. Ela só quer de volta a atenção que ela tanto dispensou a nós. Até mesmo ao senhor, se lembre que você sempre foi o queridinho dela.
- Eu sei e não estou reclamando. Eu gosto dela. - Ouço um sorriso. - Eu só queria que ela facilitasse as coisas para a sua mãe. Você sabe como ela fica preocupada.
É verdade, a minha mãe sempre pensa muito na minha avó, e às vezes eu sei que a vovó só faz às coisas para chamar atenção. - Mas filha, você está bem? Sua voz parece distante, um pouco perturbada, sei lá.
- Eu estou bem papai, estou um pouco cansada, e ainda trouxe algumas coisas da empresa para fazer em casa.
- Filha quando pretende vir pra casa? Estamos todos com saudade de você.
Já faz algum tempo que eu não vou para Boston na casa dos meus pais. E eu sei que eles me cobrarem isso, é muito válido.
- Pai, quero ir em breve, antes que chegue o próximo mês, tenho uns dias no banco de horas em haver, mesmo depois dessas duas semanas chegando depois do horário, e posso usá-los. No próximo mês, Evan vai ter que ir para Grécia com o diretor da empresa, então provavelmente muita coisa vai sobrar para mim me deixando presa por aqui até ele voltar.
- Isso é uma boa notícia filha, então venha logo, estamos ansiosos pela sua chegada.
- Vou em breve pai, também estou sentindo muito a falta de vocês. - Ouço um suspiro do outro lado da linha e sei que já é hora de encerrar a ligação. Meu pai gosta de fazer o estilo durão, mas na verdade eu sei que nesse momento ele já está preocupado comigo. - Olha manda um beijo para mamãe e para o Dylan . Diga a eles que eu os amo. E amo você também pai. Um beijo.
- Um beijo minha filha, também te amo.
Desligo o telefone e o coloco de volta na base. Me lembro que a imagem do meu pai, foi a primeira que eu vi quando abri os olhos no hospital depois de passar dois dias desacordada. Seus olhos assustados, vermelhos e inchados de tanto chorar, não saem da minha memória.
Balanço a cabeça tentando em vão mais uma vez apagar aquela maldita noite da minha cabeça, mas tudo ainda está tão vivo dentro de mim que parece que aconteceu ontem.
Volto para cozinha e pego um pouco de suco e umas bolachas, deveria comer alguma coisa com mais vitaminas, mas acontece que eu não estou com a mínima vontade.
Vou para meu escritório, tenho que revisar o relatório para a reunião de amanhã a tarde. Foi muito bom para mim estas duas semanas em que eu entrei às 9:30 na segunda - feira, deu para descansar um pouco e também colocar algumas coisas em dia, mas partir da semana que vem meu horário volta ao normal.
Por sinal, o Evan não via a hora das coisas voltarem ao normal. Ele dizia que essa uma hora e meia que eu ficava fora, não eram produtivas para ele. Besteira. Tudo bem que ele me ligava quase todas às manhãs de segunda para perguntar alguma coisa, mas com certeza era só por costume. Evan sabe bem mais dos Resorts Stalden, do que muitos que trabalham ali a anos. Enquanto vou comendo, ligo o notebook e começo a fazer a tal revisão, quando estou quase acabando recebo um e-mail. E só de ler o nome de quem o mandou, eu sinto às mãos tremerem.
De: Luigi Montrezol Stalden
Assunto: Divino
Para: Samantha Avelar
Este final de semana foi divino. E a cama está vazia sem você aqui.
Luigi Montrezol Stalden
Diretor Presidente Resorts Stalden Internacional
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Me pego sorrindo sem perceber e clico em responder.
De: Samantha Avelar
Assunto: Simplesmente Divino
Para: Luigi Montrezol Stalden
Adorei cada minuto que passei com você. E só para constar meu apartamento está vazio sem você aqui.
Samantha Avelar
Assistente Junior Administrativo Resorts Stalden Internacional
Clico em enviar.
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Fico olhando a tela do computador com um misto de sentimentos espalhados em mim. Sem dúvida estou muito feliz por tudo que aconteceu nesse fim de semana, mas angustiada por não saber o que esperar disso tudo. Para dizer o mínimo, Luigi é italiano, ele não mora aqui, e mais cedo ou mais tarde, ele vai voltar para onde veio. Ou seja: Me apegar, é a última coisa que eu posso pensar em fazer agora.
O bip me alerta de um novo e-mail.
De: Luigi Montrezol Stalden
Assunto: Divino com certeza
Para: Samantha Avelar
Queria estar ai com você, ou então queria que você estivesse aqui comigo. Não vejo a hora de te encontrar amanhã.
Luigi Montrezol Stalden
Diretor Presidente Resorts Stalden Internacional
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Levo minhas mãos a cabeça e esfrego compulsivamente o couro cabeludo: Meu Deus, como manter os pés no chão desse jeito, o tempo que eu tenho do lado dele é pequeno demais, será no máximo um mês e depois adeus. E aí o que eu vou fazer?
Cruzo os braços em cima da mesa e deito a minha cabeça neles completamente exasperada.
Me pergunto como a vida pode mudar de uma hora para outra. Agora que tudo estava começando a entrar nos eixos, que eu tinha finalmente conseguido acordar do pesadelo que me encontrava no último ano, veio aparecer bem na minha frente o homem mais lindo que eu já tive o prazer de ver. E se já não bastasse, ele está fazendo questão de se fazer presente. - Ergo a cabeça e olho para o teto.
- Há não, alguém aí em cima deve estar de brincadeira comigo, não é possível.
Clico em responder.
De: Samantha Avelar
Assunto: Absolutamente Divino
Para: Luigi Montrezol Stalden
Também queria estar com você, sem importar onde. Bons sonhos. Beijos
Samantha Avelar
Assistente Junior Administrativo Resorts Stalden Internacional
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Envio e volto para a tela de trabalho, olho para o relatório e o finalizo, estava faltando pouco. A tela do e-mail se abre novamente.
De: Luigi Montrezol Stalden
Assunto: Vou sonhar com você
Para: Samantha Avelar
Não é preciso fazer grande esforço para saber com quem vou sonhar esta noite. Um beijo Mia Dea. Sonha comigo também.
Luigi Montrezol Stalden
Diretor Presidente Resorts Stalden Internacional.
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- Sonhar é pouco, sr. Stalden, você está fazendo parte de cada pensamento meu.
De: Samantha Avelar
Assunto: Sim, com toda certeza.
Para: Luigi Montrezol Stalden
Sim, eu vou sonhar com você. Beijos
Samantha Avelar
Assistente Junior Administrativo Resorts Stalden Internacional
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Desligo o notebook, me levanto e vou para o meu quarto. Na minha bolsa o meu celular toca a música Count On Me de Bruno Mars, sei que é o Evan, mas mesmo assim olho para o visor e sorrio. Essa música é muito especial para nós dois,
- Olá meu querido.
- Oi menina, até que enfim consigo falar com você.
- Eu ia mesmo te ligar Evan, mas estava revendo o relatório para a reunião de amanhã.
- Claro, revendo o relatório durante todo o dia. - Não me passa despercebido o tom sarcástico na voz dele. - você deve estar mesmo muito cansada, Samy.
Sorrio. Fica mais que claro que ele já sabe de alguma coisa.
- Não banque o engraçadinho comigo. Eu não escutei o celular tocar hoje mais cedo, eu fiquei muito ocupada de verdade, mas mesmo assim eu ia te ligar, aliás estava pensando em fazer isso agora mesmo. - Menti.
- Ok, vou me contentar com uma mentira educada, afinal é melhor do que a verdade de estar sendo deixado de lado. - Por falar nisso, eu acabei de falar com o Luigi.
Luigi. Só o som desse nome já mexe com a minha libido
- Primeiro para de se fazer de dramático porque isso não combina com você. E...Você falou com o Luigi?
Sinto um frio na espinha.
- Sim Samy falei, e ele me contou sobre vocês. - Evan não perde tempo e vai logo ao assunto.
Droga, eu não queria que ele soubesse pelo Luigi. Eu queria ter contado. Eu sei que os dois são muito amigos, mas depois de tudo que o Evan fez por mim, eu acho que ele merecia esse gesto de atenção da minha parte.
- Hum, e ai Evan o que você acha?
- Minha querida, ainda não sei, mas pra falar a verdade eu fico muito preocupado com você. Conheço o Luigi a alguns anos, e eu não quero te preocupar, mas você sabe o quanto sou protetor com relação a você... - Evan para de falar repentinamente, com certeza em dúvida se continua falando ou não, por fim ele se decide. - Luigi teve uma vida amorosa bem agitada até agora. Digamos que o meu amigo sempre gostou de experimentar bastante por onde passou. Além disso, ele vai voltar para a Itália logo depois que vier da Grécia. Então... - Como ele mesmo acabou de dizer: Evan é extremamente protetor e é claro que ele já pensou em tudo isso. - Hoje eu voltei a reafirmar para ele o que eu já havia dito antes.
Aí caramba. - E o que foi?
- Relaxa Samy, eu e o Luigi somos muito amigos, e com isso temos a liberdade de poder falarmos o que for necessário um para o outro, e além do mais, nós nunca faltaremos com respeito um com o outro. Eu só falei para ele que se ele te machucar vai ter problemas bem sérios comigo, e acho que ele entendeu.
- Há Evan, eu não quero que você brigue com o Luigi por minha causa. Como você mesmo acabou de falar; vocês são muito amigos, além disso ele é o seu chefe.
- Eu não vou brigar com ele a não ser que seja preciso. Além disso você também é minha amiga, aliás a única. - Evan tem alguns amigos, mas a única amiga do sexo feminino sou eu. Acho que ele não gosta muito de misturar as coisas.
- É por isso que eu te amo tanto.
- Eu também te amo Samy, por isso me preocupo tanto com você.
Por falar em preocupação...
- Por falar nisso, eu preciso muito ter uma conversa séria com você, amanhã a gente se encontra antes da reunião pode ser?
- Claro, mas o que foi? Ainda tem a ver com o Luigi?
- Amanhã Evan, esse não é um assunto que deva ser tratado por telefone. Mas não se preocupe, está tudo bem.
- Não gostei, esse negócio de depois preciso falar com você não é legal; parece a minha mãe quando queria me dar bronca: "Evan vai dormir agora, mas amanhã cedo nós vamos ter uma conversa bem séria rapazinho." - Dou uma gargalhada. - Mas fazer o que, tudo bem, a gente se fala amanhã então, um beijo, dorme bem.
- Beijo querido.
Desligo o celular e vou para o banheiro, tiro minha roupa e tomo um banho. Coloco uma camiseta do Dylan que ele deixou aqui em casa, essas camisetas enormes são sempre as melhores para dormir.
Quando estou quase pegando no sono, eu olho para o relógio e já são 22:37, me dou conta que a Sophie não me ligou para avisar da sua chegada, então pego o telefone e ligo para a casa dela.
O telefone toca insistentemente e quanto já estou quase desligando e ligando para o celular ela atende com uma voz de sono.
- Oi.
- Oi moça, porque não me avisou que tinha chegado?
- Primeiro porque pensei que não estivesse em casa, segundo que eu não estou aguentando ficar de olho aberto, aliás eles estão fechados agora mesmo, se é que isso lhe interessa.
Dou um sorriso.
- Como está sua mãe, bela adormecida?
- Depois de não me deixar dormir por duas noites e três dias, ela está bem.
- Nossa Sophie, imagino como você deve estar cansada.
- Querida, nem tente imaginar, minha mãe quis descontar todas as noites em que eu era bebê e chorei não deixando ela dormir. Ela reclamou de tudo, me deixou completamente maluca, falei para Lauren ir dormir na casa dela, para descansar já que ela vai ter que assumir a partir de hoje, com isso fiquei sozinha com a minha mãe durante às noites, e... Deu nisso.
- Sinto muito Sô, se precisar de algo é só gritar, e desculpa ter te acordado.
- Tudo bem amiga, mas não pense que conseguiu fugir de mim, deixa eu só me recuperar um pouco, que amanhã eu vou querer saber de todo o seu final de semana, até dos detalhes mais sórdidos.
Há mas é claro que ela vai. Eu nunca duvidei disso. - Tudo bem Sophie, amanhã te passo o relatório dos fatos.
- Beijos querida, vou voltar para os braços de Morfeu.
- Beijos.
Também estou começando a ficar com sono, coloco meu celular para despertar às 6:30, e me jogo na cama.
Quando acordo na manhã seguinte, tenho a sensação de não ter dormido o suficiente, mas me levanto logo. Tomo uma ducha rápida, coloco uma calça preta de yoga, um top preto com listras brancas, com uma regata branca por cima, e um tênis de corrida. Prendo os meus cabelos em um rabo de cavalo, passo na cozinha, abro a geladeira e pego um iogurte de morango e meu squeeze com água. Vou tomando-o no elevador. Quando chego na portaria o sr Alfred me cumprimenta com um sorriso.
- Bom dia senhor. Alfred, tudo bem?
- Bom dia Samantha, sim tudo ótimo e você minha filha?
- Tudo bem, já vou, até daqui a pouco. - Ele da um sorriso e faz um aceno com a cabeça.
A academia fica a três quadras do meu apartamento. Quando chego o Matheus está se aquecendo.
- E ai Samy...
- Oi Mat, - Ele é muito bonito, cabelos castanhos escuros, quase dois metros de altura, olhos castanhos, um porte físico de deixar qualquer um de boca aberta. As mulheres babam por ele. A Sophie foi uma que quando o viu, ficou super impressionada e perguntando tudo que podia sobre ele.
- E aí, está pronta?
- Sempre. - Começamos o meu aquecimento, e depois passamos pra aula. Nosso treino é sempre muito intenso. É uma hora e meia sempre muito bem aproveitada.
- Pronto Samy, acho que já deu por hoje. - Matheus pega a sua garrafinha de água e bebe um grande gole.
- Sim, com certeza deu por hoje. Nossa estou exausta. - Me lembro que eu tenho que mudar os horários das minhas aulas. - Mat, tem como passar minhas aulas de segunda de manhã para a noite? Na próxima semana meu horário na empresa volta ao normal.
- Claro Samy, vou reformular meus horários, e eu ligo te avisando. - Matheus me lança uma piscadinha e sorri.
Passo a toalha pelo meu rosto suado e dou um sorriso. Aí caramba ele é bonito mesmo, mas nada que me deslumbre. Na verdade eu prefiro um loiro de olhos azuis, e com um sotaque italiano de tirar o fôlego.
- Que bom Mat. Até sexta. - Vou até ele e lhe dou um beijo no rosto. Pego o meu squeeze, e já estou quase de saída quando ouço ele me chamar.
- Samy? - Olho para trás.
- Sim.
- Han... Aquela sua amiga... aquela que veio assistir uma aula outro dia. - Mat abaixa a cabeça, nossa é até estranho ver um homem daquele tamanho tão desconcertado.
- Hum o que tem a Sophie?
- Ela não se interessou em fazer as aulas? - Minha vontade é de falar que ela se interessou mais pelo professor, mas resolvi que é melhor não, ela iria me matar.
- Sim, ela se interessou, acho que ela deve vir na próxima semana fazer a matrícula aqui na academia. - Seu sorriso quase não cabe no rosto.
- Ok então, até sexta Samy.
- Até Mat - Sorrio
Essa eu preciso falar para Sophie o quanto antes.
Volto literalmente correndo para casa, quando chego vou direto para o banho tomar uma ducha, tenho que estar na Stalden em uma hora.
Com uma lingerie preta, um vestido tubinho preto sem mangas com decote em V, um peep toe nude do Jimmy Choo e um blazer de tecido leve preto, eu me olho no espelho e gosto do resultado. Agora só falta uma maquiagem básica, e escovar bem cabelos até os deixarem caírem pelos meu ombros livres e brilhosos.
Pronto, estou me sentindo preparada para mais um dia de trabalho intenso.
O trânsito está tranquilo, então é muito tranquilo o trajeto até a Stalden.
Quando desço no hall do elevador no andar da minha sala a Larissa abre um enorme sorriso pra mim.
- Bom dia Samantha, está se sentindo melhor?
Melhor? Então me lembro que tinha dado uma desculpa tola para ir embora na sexta.
- Sim Lari, estou bem melhor, obrigada por perguntar. Mas e aí, como está meu dia?
- Na parte da manhã sua agenda está tranquila, depois do almoço você tem uma reunião, com o Evan.
Isso me tranquiliza um pouco. Pelo menos tenho a chance de verificar algumas coisas antes de pegar pesado. - É Lari, vamos ao trabalho, temos que arrumar um jeito de expandir essa empresa. - Dou um sorriso e vou para minha sala.
Meu computador de mesa já está ligado, graças ao trabalho bem feito da minha secretária. Sento em minha cadeira e abro meu notebook, e logo em seguida, o relatório que vou apresentar na reunião.
Prendo meus cabelos em um coque bem frouxo, coloco meus óculos de leitura e começo a verificar algumas planilhas e os emails que chegaram do setor de compras. Eles estão tendo que rever alguns fornecedores. alguns aumentaram os preços das suas mercadorias bem acima do que era esperado, e outros deixaram de fazer o serviço com a mesma excelência que a Stalden Resorts cobra dos seus fornecedores. Vou ver isso com o Evan na reunião também, precisamos descobrir a melhor maneira de substituí-los sem causar danos para o dia a dia dos hotéis.O telefone da minha mesa toca.
- Sim Larissa.
- O sr. Luigi está aqui para vê-la.
Meu coração começa a bater acelerado. - Tá bom Lari, pede para ele entrar por favor.
- Agora mesmo Samantha.
Não tenho tempo para nada, e a porta se abre, estou sentada, com o cotovelo direito apoiado na mesa e mordendo a ponta da caneta. Luigi entra e seu olhar vai direto para minha boca, fecha a porta atrás de si e caminha na minha direção.
- Samantha. - O tom da voz dele saiu rouca. - Essa imagem de você mordendo essa caneta, é a mais pura tentação.
Me levanto e caminho em sua direção, passando os braços em volta do seu pescoço.
- Você quer dizer que uma mulher completamente concentrada em seu serviço te deixa excitado sr. Stalden?
- Não srta. Avelar, eu quero dizer que você me deixa excitado, e com esses óculos de leitura, e com aquela caneta na boca... - Luigi me aperta forte em seus braços. - Isso pode me fazer ter pensamentos bem depravados. Como arrancar sua roupa e te comer agora mesmo em cima dessa mesa.
- Hum querido eu iria adorar, mas tenho uma reputação a zelar e não seria nada bom se aquela porta de abrisse e você estivesse em cima de mim.
Então eu beijo sua boca, quente. Sua língua se entrelaça na minha e minha vontade é de ter ele sempre assim, com sua boca grudada na minha. O beijo que antes era suave se transforma em uma explosão de tesão, uma mão sua sobe para minha nuca e a outra desce até a minha bunda e a aperta forte.
- Samantha, você tem muita sorte, porque eu vou ter uma reunião e tenho só quinze minutos para estar na minha sala, se não...
Quando ele fala assim, a devassa que mora em mim aparece com força total.
- Então acho que eu não tenho tanta sorte assim. - Faço um biquinho de criança que ficou sem seu doce preferido.
- Mas você não disse que tem uma reputação a zelar mia dea? - Seus olhos azuis estão vidrados em mim.
- Sim, mas eu colocaria a minha reputação em suas mãos, sem pensar duas vezes.
- Há minha querida, você está fazendo eu perder o controle sobre mim.
- Que bom saber que não estou sozinha nessa. - Lhe dou um sorriso. Meu celular toca, neste momento a música Count on Me do Bruno Mars.
- Só um minuto Luigi, é o Evan. - Sua sobrancelha esquerda se ergue.
- Oi Evan, tudo bem?
- Sim Samy, só queria saber se podemos almoçar juntos, tenho uma reunião daqui a pouco com o Luigi, que vai me ocupar até a hora do almoço. Mas estou muito curioso para saber o que você quer comigo.
- Posso imaginar que esteja mesmo querido. Claro almoçamos juntos então.
- Ok, passo na sua sala. Beijos gata. - Abro um sorriso, esse apelido vem desde a faculdade.
- Beijos gato.
- Olho para o Luigi que está sentado com as pernas cruzadas e o olhar fixo em mim.
- Querido? Gato? Interessante o jeito que você o chama. - Ele parece estar chateado.
Dou a volta na mesa e sento no seu colo, ele se ajeita para me receber.
- Nós nos chamamos assim desde a faculdade. - Dou um beijo em sua boca.
- Percebi também a música que toca quando ele te liga, me faz ver que vocês já passaram por algumas coisas juntos, e isso me deixa um pouco embaraçado, porque queria saber mais de você.
É verdade, eu e o Evan já passamos por poucas e boas. Ele segurou a minha barra quando eu precisei, mas eu também já estive por perto quando ele estava precisando de mim.
- Eu e o Evan já passamos por algumas coisas sim, ele esteve do meu lado quando eu mais precisei, me segurou e não deixou eu correr para saia da minha mãe e desistir dos meus sonhos, dormiu comigo e segurou a minha mão quando eu tive meus pesadelos. E eu também sempre estive do lado dele quando ele necessitou. Como por exemplo a noite em que passei na casa dele segurando sua cabeça enquanto ele vomitava, depois do porre que tomou quando decidiu que não poderia levar o relacionamento com a sua irmã adiante. - Nossa essa noite foi horrível, pensei que nunca teria fim. Evan me ligou de um bar, sua voz estava arrastada e enrolada. E ele dizia algo sobre não poder estar com Melyne, que ele poderia acabar com a vida dela. - Bom, enfim, eu e o Evan fazemos parte da vida um do outro Luigi.
Ele me olhou, e um monte de perguntas eu vi que se formou em sua cabeça.
- Eu sei, e nunca contestaria a amizade de vocês, é que eu queria saber mais de você, segurar sua mão quando tiver pesadelos e ter uma música só pra mim em seu celular. E quanto ao relacionamento do Evan com a minha irmã, eu preciso mesmo conversar com ele sobre isso, eu ainda não consegui entender.
- Uhum acho mesmo que você deve conversar com ele sobre isso, sei que você vai ajudar bastante a tirar algumas besteiras da cabeça dele. - Falo isso e me levanto do seu colo, me apoiando na mesa a sua frente. - E quanto as músicas no meu celular: Titanium do David Guetta, para a Sophie e Bruno Mars para o Evan, foram eles mesmo que pegaram o meu celular e colocaram. Estávamos em um jantar uma noite lá em casa. Eles escolheram essas músicas especificamente porque segundo eles, às letras são exatamente o que eles querem me dizer. Sophie fala que eu sou feita de titanium que eu permaneci forte mesmo depois de tudo que passei. E a do Evan; ele disse que sempre vai cantar para mim quando eu não conseguir adormecer, que estará sempre comigo e sabe que eu também sempre estarei do lado dele quando precisar de mim. - Coloco as mãos em sua gravata e a ajeito. - E você também pode escolher uma música e colocar como sua em meu celular, aliás eu vou adorar.
Ele se levanta e segura as minhas mãos, me fixo nos olhos dele.
- Samantha, você é uma mulher muito especial. Querer você é mais fácil que se possa imaginar e não só pelo seu rosto perfeito e seu corpo espetacular. Sophie está certa, você é uma mulher forte e que embora eu não saiba o que foi que aconteceu com você, eu sei que passou por algo que te deixou marcas muito profundas, e eu sei que é por conta de tudo que passou que ainda te sinto distante de mim.
Concordo com tudo que ele falou, tenho que tomar uma decisão de uma vez por todas, eu não posso mais fazer isso com ele. Como posso cobrar alguma coisa dele, se eu mesma não estou entregue por inteira nessa relação.
- Você está certo Luigi, você tem que saber de tudo, você tem que saber sobre os meus medos e tudo que aconteceu, eu vou te contar, só me deixa eu me preparar psicologicamente.
Luigi coloca os meus cabelos para trás do ombro. - Claro querida, você vai ter o tempo que precisar de mim, quanto a minha música, pode deixar que eu vou escolher uma muito especial. - Ele me da um beijo leve na boca, mas cheio de significados. - Agora preciso ir, o Evan já deve estar me esperando.
- Tudo bem, nos vemos mais tarde então. - Ele se aproxima mais e me beija de novo e de novo.
Quando ele sai eu me jogo na cadeira. Eu preciso dar um jeito na minha vida. Preciso criar coragem e contar tudo a ele.
Volto ao trabalho tentando ao máximo me concentrar. Termino de ver os emails, verifico as planilhas de planejamento para os objetivos dos valores a serem alcançados, e quando dou por mim vejo o Evan entrando pela porta.
- Nossa vai me dizer que já é hora do almoço? - Olho para ele tirando os óculos.
- Sim, aliás já estamos atrasados o Luigi me prendeu além do tempo. - Evan faz um careta. - Parece até que o homem fez de propósito. - Ele fala de brincadeira.
- Vai saber se não fez mesmo. - Falo entrando na brincadeira. Me levanto pegando minha bolsa e meu celular. - Vamos então, temos que estar de volta daqui a uma hora.
Chegamos ao restaurante e o garçom nos entrega o cardápio, fazemos nossos pedidos e ele se retira.
Evan me olha intrigado. - E então Samy o que foi? O que você quer falar comigo?
- Evan, você sabe o quanto eu te amo, devo em grande parte eu não ter ido embora da Flórida a você e a Sophie, vocês fazem parte da minha família...
Evan me olha com preocupação.. - Deve ser mesmo muito sério o que você quer falar, tá enrolando muito gata, também te amo, mas fala logo, aqui ó estou ficando nervoso. - E me mostra sua mão suada.
- Tá bom Evan, bem está na hora de você resolver de uma vez por todas o seu caso com a Melyne. Você ainda não está sabendo, mas ela deve chegar aqui nos próximos dias e ela também vai para Grécia com vocês.
Seu olhar se desloca por um tempo, parece meio perdido.
- O que ela vai vir fazer aqui?
- Ela vai vir trazer umas coisas para o Luigi, e olha pelo que eu entendi ela não quer que ele fale para você que ela está vindo, aliás umas das regras para ela vir, foi que você só ficasse sabendo quando vocês tivessem que ir para a Grécia.
- Imagino o porque. Mas Samantha, eu não tenho nada para resolver sobre esse caso, tudo já está devidamente em seu lugar, nada pode ser mudado pode ter certeza.
Sua face é de tristeza, eu sei que ele a ama e sofre ao dizer que o amor dos dois não tem jeito. Mas todas as vezes em que tentei falar com ele sobre esse assunto, ele sempre age da mesma maneira, faz de tudo para parecer imune ao sofrimento que isto o provoca.
- Bom Evan, eu queria te falar isso, embora esteja sendo bem indiscreta, porque eu ouvi a conversa do Luigi e da irmã dele ao telefone, e estou passando para você. Mas acontece que por nada no mundo eu ia deixar você sem saber.
Ele puxa e segura minhas mãos dando um beijo em cada uma. - Samy você é a melhor pessoa que eu já conheci na vida, mas não tem mais nada a se fazer a respeito disso. Quanto a Melyne estar vindo para cá, provavelmente a gente não vai se encontrar antes da nossa viagem. Ela vai fazer de tudo para que isso aconteça, e agora que eu sei da sua chegada, eu também não vou permitir que aconteça. Mas eu te agradeço por se preocupar comigo.
- Evan, não é justo o que você está fazendo com vocês dois, ela merece saber porque você resolveu se distanciar dela.
- Samantha não adianta, nada vai mudar. Melyne está melhor assim, longe de mim e sem saber de nada. - Evan olha para os lados. - Mas por falar em saber, em se explicar para os outros, eu acho que também já está na hora do Luigi saber de algumas coisas, você não acha? Afinal de contas, eu e Melyne não temos nada, mas você e o Luigi estão juntos. - Ele fala rude e seu olhar ficou gelado.
Abaixo minha cabeça, eu sei que ele está certo não posso cobrar dele uma atitude que eu mesmo não estou tendo. O garçom chega com nossos pedidos. Ele me olha sem graça e parece arrependido do que falou.
- Desculpa Samy, você só quis me ajudar e eu fui rude com você. É claro que você só deve contar se estiver realmente preparada para isso.
- Não precisa pedir desculpas Evan, você está certo, eu não tenho o direito de te cobrar nada, eu que te peço desculpas.
Ele passa a mão no meu rosto.
- Samy, eu não sei o que vai acontecer quando, e se eu encontrar com a Melyne, mas não quero pensar nisso agora.
- Tá bom, vamos deixar como está. - Seguro sua mão que está no meu rosto e beijo sua palma.
Comemos a comida, evitando voltar em assuntos que não nos faria bem. E voltamos a empresa logo em seguida.
Na reunião todos os pontos pertinentes são levantados. John, o chefe do setor de compras nos fala sobre o distribuidores de bebidas importadas que está querendo reajustar absurdamente os preços.
Evan pede o contrato do fornecedor com a nossa empresa para dar uma olhada, e quando o John passa para ele, Evan lê e fica branco feito um papel na mesma hora.
- Mas que merda.
- O que foi Evan. - Pergunto
Ele me olha e eu percebo que tem algo errado. Evan me passa o contrato e eu leio sem perceber que o faço em voz alta.
- Palome Importação e Exportação de Bebidas. Palome. - Não, só pode ser brincadeira. - Não é possível, você já sabia disso Evan?
- Não Samantha, esse contrato é de três anos atrás, ainda está assinado pelo senhor. Carlos Palome e pelo doutor Luigi.
Jhon sem entender nada entra na conversa tentando explicar. - Sim, esse contrato teve a duração de três anos, ele vai vencer no próximo mês e está assinado por Carlos Palome, que ainda respondia pela empresa a três anos atrás, hoje quem responde é seu filho, Andrey Palome.
A simples menção daquele nome me dá nojo. Olho para o Evan que vê minha repulsa.
- Ok Jhon, vou levar isto para o Luigi Stalden, te dou uma resposta amanhã a tarde.
- Para mim tudo bem. Só não se esqueça que precisamos disso o mais rápido possível, não podemos permitir que faltem esses produtos nos hotéis.
Ao final da reunião que durou quase a tarde toda, todos as pessoas saem, e fica somente eu e o Evan na sala. Ele se levanta e vêm até a mim.
- Fica calma Samy, eu cuido de tudo que tem a ver com essa empresa, você não vai precisar se encontrar com ele. - Evan me dá um sorriso amistoso.
- Não mesmo Evan, eu não quero me encontrar com esse cara, e te agradeço por tomar a frente nesse assunto.
Evan me puxa para um abraço. - Eu te prometi que sempre estaria por perto, e eu vou cumprir a minha promessa. Eu vou tratar desse assunto com o Luigi, mas eu acho melhor, você não demorar muito para esclarecer as coisas com ele, ou então, ele pode se sentir traído, e isso eu tenho certeza que você não quer.
- Não mesmo. - Nesse momento a porta se abre e o Luigi entra, o sorriso que ele tinha no rosto desaparece como em um passe de mágica.
- Estou atrapalhando alguma coisa? - Evan me solta e se vira para ele com um sorriso.
- Claro que não cara, isso é só uma abraço entre amigos, vêm cá que eu abraço você também.
Luigi acaba sorrindo.
- Por mais que eu goste de você cara, o único abraço que me interessa aqui é o da mia dea.
Evan coloca as mãos para cima em sinal de rendição. - Tá certo, eu sei ver quando não sou bem vindo. Até mais tarde crianças, e não façam nada que eu não faria. - Evan passa a mão pelo meu cabelo e depois vai embora fechando a porta ao passar por ela.
- Será que eu ganho um abraço como aquele também? - Luigi fala olhando para mim com um sorriso lindo no rosto perfeito.
- Claro e posso te garantir que o seu terá muitos adicionais que só você tem direito.
- Hum muito bom, e eu quero todos eles. - Às mãos dele circula a minha cintura e a sua boca brinca de leve com a minha. - Vamos embora, passamos na sua casa pegamos suas coisas e vamos para o hotel, hoje você é minha, eu não vou dormir sem você.
- Hum adorei a proposta.
- Então vamos que essa noite será de muito prazer. Vi chiedo di pensare a tutto ciò che di buono ti darò tutto quello che ho te lo do proteggere tra le mie braccia e io sarò uno che avete sempre sognato.
Peço-lhe que pense em todas as coisas boas que eu dar-te-ei tudo o que eu tenho, eu vou te dou proteger entre meus braços e eu vou ser quem você sempre sonhou.
Está praticamente impossível eu não me apaixonar por esse italiano gostoso.