Os Trigémeos Styles (tradução)

By d_silvaa

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Primeiro livro da coleção "O Trigémeos Styles". Acompanha a história de Bella, uma aluna de intercâmbio que i... More

Prólogo
Capítulo 1 (Parte 1)
Capitulo 1 (Parte 2)
Capítulo 1 (Parte 3)
Capítulo 2
Capítulo 3
Capítulo 4
Capítulo 5
Capítulo 6
Capítulo 7
Capítulo 9
Capítulo 10
Capítulo 11
Capítulo 12
Capítulo 13
Capítulo 14
Capítulo 15
Capítulo 16
Capítulo 17
Capítulo 18
Capítulo 19
Capítulo 20
Capítulo 21
Capítulo 22
Capítulo 23
Capítulo 24
Capítulo 25
Capítulo 26
Capítulo 27
Capítulo 28 (Parte 1)
Capítulo 28 (Parte 2)
Capítulo 29
Capítulo 30 (Parte 1)
Capítulo 30 (Parte 2)
Capítulo 31
Capítulo 32
Capítulo 33
Capítulo 34
Capítulo 35 (Parte 1)
Capítulo 35 (Parte 2)
Capítulo 36 (Parte 1)
Capítulo 36 (Parte 2)
Capítulo 37
Capítulo 38
Capítulo 39 (Parte 1)
Capítulo 39 (Parte 2)
Capítulo 40 (Parte 1)
Capítulo 40 (Parte 2)
Capítulo 41
Capítulo 42 (Parte 1)
Capítulo 42 (Parte 2)
Capítulo 43
Capítulo 44
Capítulo 45
Capítulo 46
Epílogo
Aviso 2ª temporada

Capítulo 8

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By d_silvaa

Bella

As minhas mãos estão a tremer e os meus olhos não deixam o chão nem por um segundo. Não sei dizer se estou nervosa, ou se tenho medo por causa da presença do Edward. Ele ainda não tinha dito nada, apenas caminhava ao meu lado como se isto fosse a coisa mais aborrecida do mundo. Como se eu lhe metesse nojo. Estou à espera que os lábios dele se abram e que soltem alguma palavra, mas parece que ele não o quer fazer.

Caminhámos por várias ruas, eu sempre atrás dele, até que chegámos ao supermercado. Quando entrámos lá, o Edward entregou-me a lista seguida de um "Diz-me o que tenho que comprar, cabra" assenti e engoli em seco. Meu Deus, chateava-me mesmo o seu tom de voz. "Puta" e "Cabra" eram as únicas palavras que me dirigia e, pessoalmente, dava-me vontade de lhe partir a cara. Mas não me atrevia e era melhor que não o fizesse, tinha que viver com ele e já tinha problemas suficientes com o Harry, não queria arranjar problemas com o Edward também .

Quando acabámos de fazer as compras, ele pegou nuns sacos e eu noutros. Os sacos pesavam demasiado. Caminhei atrás dele, tentando não parar ou pousar um saco, mas foi-me impossível. Isto está a pesar demasiado, tanto, que as minhas mãos já estavam a ficar vermelhas.

- Edward.- chamei-o e ele virou-se para me ver a pousar os sacos no chão e sacudir as  mãos.- Podes esperar um bocadinho?

Ele levantou uma sobrancelha, sem paciência, como sempre.

- Estás a ver-me com cara de quem pode esperar por ti?

Engoli em seco.

- Por favor, é que isto pesa muito.- supliquei e ele bufou.

- Foda-se.- exclamou.- Vá, eu espero.

Maldito Edward. Porque é que ele é assim? Quero perguntar-lhe, mas por outro lado sei que é melhor não. Uma parte de mim diz para lhe gritar, perguntar-lhe porque é que ele é assim e dizer-lhe algo. Mas outra parte de mim diz para me calar.

- Já está?- perguntou e eu assenti. Agachei-me e peguei nos sacos.

Tivemos que parar mais vezes. O Edward só olhava para mim impacientemente e resmungava. Mas na terceira vez que lhe pedi para parar, ele disse-me:

- Já estou pelos cabelos contigo.- aproximou-se de mim e agarrou nos sacos.- Dá-me os sacos que eu levo-os. És uma inútil.

Eu baixei a cabeça e contive a vontade que tinha de o matar. "És uma inútil"  Eu? Uma inútil? Na verdade chateou-me imenso ouvir isso.

- Eu não sou uma inútil.- respondi enquanto esfregava as mãos, devido às dores horríveis.

- Cala-te.- disse-me. Já estava farta de me calar, e na verdade esta situação já me estava a irritar.

Inspirei algum ar e observei-o fixamente, encontrando o seu olhar desafiante.

- Porque é que és assim? Porque que é que me odeias? O que é que eu te fiz?- disse-lhe seguidamente.- Não percebo porque é que te comportas assim, nem sequer me deste uma oportunidade, passas a vida a insultar-me e a dar a entender que não gostas nada de mim.

Ele revirou os olhos.

- Meteste-te em minha casa, foi isso que fizeste. E sim, odeio-te, mas não te vou dizer porquê , porque não há uma razão. Eu odeio-te e ponto. Eu odeio toda a gente. Essa pergunta não tem sentido nenhum.- respondeu e virou-se logo.- E agora vamos para casa antes que me arrependa e te deixe aí sozinha.

- Agora sou eu que te odeio.- disse-lhe cruzando os braços e caminhando ao lado dele. Ele riu-se sarcasticamente.

- Boa, é mútuo.

***

- Quem é que me roubou a garrafa de vodka?- perguntou Edward quando entrámos na cozinha. Ele deixou os sacos na mesa e eu pus-me logo a arrumar as coisas.

O Edward agarrou na garrafa de vodka quase vazia e murmurou algo antes do Marcel entrar pela porta.

- Foi o Harry que a bebeu, não foi?- perguntou o Edward. O Marcel olhou para ele, nervoso.

- Sim.- disse ele. O Edward deixou a garrafa na mesa com um estrondo, fazendo com que eu desse um salto devido ao susto.

- Eu vou matá-lo.- disse Edward e dirigiu-se à porta, mas o Marcel impediu-o.- Sai, bicho.

- Edward, por favor, deixa-o. Ele está mal.- disse Marcel, tentando acalmar o seu gémeo.

- Isso não me importa um caralho. Ele bebeu a minha garrafa de vodka.- disse ele.

- Edward, por favor. Estou farto disto tudo. Somos irmãos e tu e o Harry comportam-se como se fossem estranhos. Tu odeias o Harry. Odeias-me a mim. Eu sei, mas somos trigémeos e devíamos ajudar-nos uns aos outros. O Harry está mal, está a dormir, deixa-o. Por favor.- suplicou Marcel e o Edward bufou.

- Como queiras.- disse Edward e saiu dali.

Eu e o Marcel seguimos o Edward, para ver se ele ia ter com o Harry, mas não o fez, simplesmente caminhou com uma rapidez espantosa e foi para o seu quarto.

- Ele odeia-me.- disse Marcel e suspirou.

- A mim também, se isto te servir de consolo.- disse-lhe e pus a minha mão no seu ombro. Ele sorriu para mim.

-Bem... Ajuda um pouco.

Voltámos para a cozinha e colocámos os produtos que comprámos nos seus devidos lugares. Quando acabámos, o Marcel sentou-se na mesa e eu imitei-o.

- Não sei o que fazer.- disse ele.- Esta relação que temos os 3 está a deixar-me maluco, e na verdade lamento muito que tenhas que aguentar isto.

- Não peças desculpa, a culpa não é tua.- disse.

- Eu sei, mas o Harry está bêbado, a dizer parvoíces e a lamentar-se da sua vida. E, sabes, não gosto de o ver assim, isto dá-me a impressão de que se nós fossemos os três mais unidos estas coisas não aconteceriam.- o Marcel apoiou a sua mão no seu queixo e bufou.- Isto é uma merda.

Levantei-me e sentei-me ao lado dele.

- Isto vai melhorar, vais ver.- disse para o tranquilizar e abracei-o.

Eu sou uma rapariga muito carinhosa, e gosto imenso de abraçar as pessoas. Ele ficou tenso, provavelmente por não estar habituado a este tipo de coisas, mas devolveu-me o abraço.

- Espero que sim.- disse ele.

Depois de um tempo, subimos cada um para o seu quarto e fomos estudar. Acabei por me aborrecer. Não tenho vontade de estudar e lembrei-me do que o Harry me disse. "Já? Acabaste de começar as aulas, descansa um pouco", isso começava a ter lógica. É tão pouco o que tenho para estudar que já o sei de cor.

Pensei em telefonar aos meus pais, mas não o fiz. Eles não me ligaram e o "Esquece-nos e afasta-te. Bella, para nós tu já não és nossa filha" continua a repetir-se na minha mente, consumindo-me. Alguém tem ideia do quanto isto doí? Os teus próprios pais dizerem-te isto? Eu sei o quanto dói. É como um murro, uma mentira. E dói muito, mas não vou deixar que isto me afete. Não vale a pena, e para além de não valer a pena, eu já não preciso dos meus pais para nada. Estou sozinha. Sempre estive. Não tive oportunidade de ter amigas na escola, porque eram os professores que vinham a minha casa dar-me aulas. Não podia ir ao cinema, ou sair num sábado à noite com as minhas amigas e irmos às compras, porque simplesmente não as tinha. A minha vida era uma merda. Não sabia o que era dar o primeiro beijo, até que me apaixonei pelo filho de um dos sócios dos meus pais, que acabou por revelar ser um grande idiota.

A minha vida era solitária. Passava o dia a sonhar acordada com coisas, que para muita gente eram normais, coisas do dia-a-dia. Coisas como ir dormir a casa da minha melhor amiga, ou simplesmente ter uma melhor amiga. Não sei o que isso é. Também sonhava em experimentar correr pelos corredores da escola, cheios de gente e de vida. Foi por isso que quando cheguei à universidade senti que aquilo era a coisa mais impressionante que alguma vez tinha visto na minha vida. E apesar de não dizer nada disto aos trigémeos, odeio os problemas deles e o único decente é o Marcel. Isto é simplesmente emocionante. Estou a conviver com 3 rapazes iguais. Uma loucura, mas por outro lado não me posso esquecer que este era o meu sonho. Eu apenas queria fugir da realidade, a porcaria de realidade que os meus pais me obrigaram a viver. Por isso, quando fiz 18 anos, fugi. Os meus pais não aceitaram isso porque queriam que eu me dedicasse à empresa e que continuasse com o negócio, mas para que é que eu queria ser rica se vivia daquela maneira? Eles deram-me 2 milhões de euros. Segundo eles é pouco , mas eu guardo-os como se fossem ouro. Disseram-me para me esquecer deles e que eu já não me consideravam sua filha. São uns hipócritas. Quis atirar-lhes com as notas à cara, mas não o fiz, porque me interessava guardar esse dinheiro. Agora sei que eles nunca me amaram. Nunca. Definitivamente, não os posso chamar pais.

Suspirei e troquei de roupa, vestindo o pijama. Já era tarde e não tinha vontade de jantar, recordar a minha família tirou-me o apetite. Sem pensar em mais nada, deitei-me na cama e tentei dormir, mas não conseguia. É-me completamente impossível conciliar o sono quando a minha cabeça está a tentar ordenar todos os pensamentos que passam por ela. A minha cabeça deu voltas e voltas, durante minutos, ou talvez horas. Até que no final consegui dormir e esquecer-me de tudo.

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