Gustavo narrando
Preferi nem brotar na porra desse pagode, passei lá de moto tava a Duda e o Henrique juntos, melhor evitar problema. O foda é que não tinha nada melhor pra fazer, geral tava no pagode e eu morgado na boca junto com o Iguin.
Trocamos maior papo até a tropa começar a descer.
- Vt tá indo pro Zé também?!
Fj: Claro irmãozin, tá quase geral de lá.
Iguin: Tem certeza que tu não quer ir?! -levantou-
- Perdi nada lá. Vou resolver umas paradas aqui e vou pra minha casa ou vou caçar alguém pra dar um rolê cmg.
Iguin: Jae então, fé de cria pra tu. -fizemos um toque e ele desceu-
Agora nem Iguin tem mais.
Guardei uns papéis de fornecedores que estavam espalhados pela mesa, fumei a última ponta que tava lá, tranquei a boca e desci de moto.
Essa parada da Eduarda com meu irmão é um bgl que irrita até meu espírito de uma maneira que eu não controlo. Ele disse que tirou o time dele de campo mas tá lá cheirando o rabo dela, me disseram até que ele foi buscar ela na entradado morro. Falso do caralho.
Avistei a Bruna mexendo no celular no portão de casa, a fdp tava linda, ficava com ela direto mas ela começou a tontear, eu fui e dei um chega pra lá.
- Tá indo pra onde? -parei a moto fazendo ela me olhar-
Bruna: Vou sair com meu bofe.
- Mas teu bofe tá aqui. -ela gargalhou-
Bruna: Eu não te dou nem confiança, garoto.
- Antes me dava confiança e muito mais. -cruzei os braços-
Bruna: Bateu saudades? -riu cínica-
- Saudade a gente não fala a gente mata, bora?
Ela me olhou de cima baixo e encarou o celular, provavelmente tava pensando no corno do namorado dela.
- Aah para, só falar que tua mãe tá passando mal e pediu pra tu ficar em casa hoje! Sobe aí logo -puxei ela-
Bruna: Se eu ficar solteira tu vai ter que me bancar. -ela subiu na garupa-
Eu ri acelerando a moto indo pra casa, resolvi passar pelo pagode pra fazer uma graça né, duvido que eu passo batido.
Bruna: Tu quer arrumar piolho pra cabeça né?!
- Fica sussa po, vou só dar um alô pra rapaziada.
Dei a volta no beco e entrei na rua do pagode, o bgl tava cheio mrm, fiz o motor roncar pra chamar atenção e avistei a rapaziada.
Iguin: Porra viado tu falou que não ia vim. -falou assim que eu parei a moto- Fala ae Bruninha.
- Nem vou ficar, tenho mais o que fazer. -ri- Heloísa tá aí?
Iguin: Vi ela não, quem tá aí são as meninas. -apontou-
Assim que eu olhei vi que ela me encarava, ela tava tão linda pqp mal consigo me concentrar em outra coisa. Nossos olhares estavam vidrados um no outro, minha vontade era pegar ela pelo braço e sumir pra viver longe dessa maluquice toda.
Balancei a cabeça jogando esse planos idiotas pra longe e me despedi da rapaziada, Henrique me olhou e acenou com a cabeça, fiz o mesmo.
Arranquei com a moto dali indo pra casa.
(...)
Bruninha sempre foi boa no que faz, principalmente quando o assunto era boquete, porraaa boquinha de veludo. Me deixava tranquilinho em 20min fazendo eu esquecer de qualquer merda que me perturbava, era incrível.
Hoje não tava sendo diferente, mesmo depois da gente já ter transado ela ajoelhou sem nem eu pedir.
- E essa cara de cachorra aí?! -ajeitei o cabelo dela na minha mão-
Eu gemia baixo deixando ela mais a vontade ainda.
- Aah Eduarda.. -gemi de olhos fechados-
Bruna: É O QUE? -levantou-
- Qual foi maluca? -encarei ela-
Bruna: Maluca é o caralho, tu gemeu o nome da Eduarda!
- Tá cheirando o pó de café, Bruna?? -levantei- Eu falei teu nome!
Ela começou a resmungar catando as roupas dela pelo quarto.
- Vai embora por causa de bobeira?!
Bruna: Chamar o nome de outra na hora H já é esculacho demais. -falou vestindo a roupa-
- EU NÃO CHAMEI O NOME DELA!!!
Bruna: Chamou sim, Guto. Tu sabe que chamou!!
Bufei impaciente.
- Quer que eu te deixe em casa?!
Bruna: Graças a Deus eu tenho duas pernas. Tchau!
Ela bateu a porta de quarto e eu ri coçando a cabeça indo tomar um banho gelado e fui dormir.
(...)
Paulinho: Ah k.o, meno.. -gargalhou-
Junin: Ela passou lá pelo pagode putassa, pensei que tu tinha dado um sacode dela.
- Viado, juro que eu pensei nela mas na hora saiu o nome da Eduarda. Tô até agora sem saber o que aconteceu! -passei o balão pro Junin-
Paulinho: O que acontece é que tu tá gamado pela Eduarda e não quer assumir!
- Tá maluco, irmão??? Sou bicho solto, se quisesse já estaria com ela.
Paulinho: Mentira, teu orgulho fala mais alto que qualquer coisa. O problema é que tu pensa demais no que o povo do morro vai falar!! Vários aí doido pra achar uma mina decente pra ficar junto, tu tendo uma na mão e desperdiça a chance.
Junin: Concordo com o menor! Tá de bobeira achando que quem tem todas tem tudo..
- Olha quem fala né Junin?! Tá achando que ninguém sabe do teu rolo com a minha prima e com a Geovanna?! Deixa isso chegar no ouvido do meu pai. -ele estalou a língua me fazendo rir- A Eduarda me sacaneou pra caralho e vcs acham que eu vou voltar igual cão arrependido?! Vai se fuder.
Paulinho: Tô te dando o papo de visão, corre atrás dela antes que outro tome teu lugar, aí tu vai ficar chupando dedo.
- Ah, vamo encerrar esse assunto. Amanhã tem baile, várias gata, melhor forma impossível!
Ficamos lá conversando enquanto eu esperava uma encomenda chegar, separei o pacotinhos de pó pra entregar pro vapores e pedi pro Paulinho levar lá pra mim.
Paulinho: Tá maluco? Minha mãe come meu coro de porrada se eu me envolver nesse bgl. -eu ri-
- É só uma entrega mlk, vai de moto rapidão.
Paulinho: Não vou irmão, ela já me mandou o papo serinho que quer eu longe disso. Pede pra qualquer vapor aí.
- Cagão do caralho! Tu sabe que isso tá no sangue da família né?!
Paulinho: Cagão não po, prezo pela minha vida e respeito minha mãe pra caralho. -levantou- Vou até procurar alguma coisa pra fazer.
- Sei bem o que tu vai fazer -rimos- E com certeza é com a Josi!
Fizemos um toque e ele saiu do escritório, passei um rádio pro Jt fazer a entrega pra mim. Passei o dia todo pensando no vacilo que eu dei ontem, nunca tinha acontecido isso cmg. Sempre tive mulher pra caralho e nunca confundi o nome de nenhuma, que porra é essa agora?