Projeto Haema Hippocampus [Tr...

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Kyungsoo tem muitos planos, por exemplo, assassinar um homem ou dois, ou três... Kyungsoo tem um só sonho e e... Еще

Prólogo - G-6
Capítulo 1 - Jongin
Capítulo 2 - Luhan
Capítulo 3 - Sehun
Capítulo 4 - Kyungsoo
Capítulo 5 - Jongin
Capítulo 6 - Baekhyun
Capítulo 7 - Baekhyun
Capítulo 8 - Kyungsoo
Capítulo 9 - Baekhyun
Capítulo 10 - Luhan
Capítulo 11 - Yixing
Capítulo 12 - Yixing
Capítulo 13 - Sehun
Capítulo 14 - Jongin
Capítulo 15 - Kyungsoo
Capítulo 16 - Chanyeol
Capítulo 17 - Chanyeol
Capítulo 18 - Jongin
Capítulo 19 - Kyungsoo
Capítulo 20 - Sehun
Capítulo 21 - Jongin
Capítulo 22 - Xiumin
Capítulo 23 - Kyungsoo
Capítulo 24 - Baekhyun
Capítulo 25 - Kyungsoo
Capítulo 26 - Chanyeol
Capítulo 27 - Kyungsoo
Capítulo 28 - Sehun
Capítulo 29 - Jongin
Capítulo 30 - Baekhyun
Capítulo 31 - Jongin
Capítulo 32 - Kyungsoo
Capítulo 33 - Baekhyun
Capítulo 34 - Jongin
Capítulo 35 - Sehun
Capítulo 36 - Luhan
Capítulo 37 - Jongin
Capítulo 38 - Chanyeol
Capítulo 39 - Kyungsoo
Capítulo 40 - Baekhyun
Capítulo 41 - Luhan
Capítulo 42 - Chanyeol
Capítulo 43 - Jongin
Capítulo 44 - Baekhyun
Capítulo 45 - Kyungsoo
Capítulo 46 - Kyungsoo
Capítulo 47 - Chanyeol
Capítulo 48 - Luhan
Capítulo 49 - Sehun
Capítulo 50 - Kyungsoo
Capítulo 51 - Kyungsoo
Capítulo 52 - Kris
Capítulo 53 - Xiumin
Capítulo 54 - Yixing
Capítulo 55 - KaiSoo
Capítulo 56 - Chanyeol
Capítulo 57 - Baekhyun
Capítulo 58 - Kyungsoo
Capítulo 59 - Jongin
Capítulo 60 - Jongdae
Capítulo 61 - Chanyeol
Capítulo 62 - Sehun
Capítulo 63 - Joonmyeon
Capítulo 64 - Joonmyeon
Capítulo 65 - Xiumin
Capítulo 66 - Jongdae
Capítulo 67 - Joonmyeon
Capítulo 68 - Jongin
Capítulo 69 - Kyungsoo
Capítulo 70 - Luhan
Capítulo 71 - Xiumin
Capítulo 72 - Baekhyun
Capítulo 73 - Yixing
Capítulo 74 - Joy
Capítulo 75 - Joy
Capítulo 76 - Chanyeol
Capítulo 77 - Joonmyeon
Capítulo 78 - Joonmyeon
Capítulo 79 - Jongin
Capítulo 80 - Baekhyun
Capítulo 81 - ChanBaek
Capítulo 82 - Kyungsoo
Coisas de Hippocampus
Capítulo 83 - Baekhyun
Capítulo 84 - Kris
Capítulo 85 - Luhan
Capítulo 86 - Jongdae
Capítulo 87 - Luhan
Capítulo 88 - Chanyeol
Capítulo 89 - Chanyeol
Capítulo 90 - Chanyeol
Capítulo 91 - Kyungsoo
Capítulo 92 - Chanyeol
Capítulo 93 - Baekhyun
Capítulo 94 - Jongin
Capítulo 95 - Kyungsoo
Capítulo 96 - Kyungsoo
Capítulo 97 - Xiumin
Capítulo 98 - Kyungsoo
Capítulo 99 - Chanyeol
Especial: Curiosidades e dados de Projeto Haema
Capítulo 100 - Kyungsoo
Capítulo 101 - HunHan
Capítulo 102 - Baekhyun
Capítulo 103 - Chanyeol
Capítulo 104 - Kyungsoo
Capítulo 105 - Jongin
Capítulo 106 - Jongin
Capítulo 107 - Baekhyun
Capítulo 108 - Kyungsoo
Capítulo 109 - Jongin
Capítulo 110 - Kyungsoo
Capítulo 111 - Luhan
Capítulo 112 - Sehun
Capítulo 114 - Baekhyun
Capítulo 115 - Sehun
Capítulo 116 - Tao
Capítulo 117 - Kyungsoo
Capítulo 118 - Taemin
Capítulo 119 - Kris
Capítulo 120 - Jongin
Capítulo 121 - Kyungsoo
Capítulo 122 - HunHan
Capítulo 123 - Chanyeol
Capítulo 124 - Kyungsoo
Capítulo 125 - Sehun
Capítulo 126 - Kyungsoo
Capítulo 127 - Jongdae
Capítulo 128 - Tao
Capítulo 129 - Kyungsoo
Capítulo Especial
Capítulo 130 - Kris
Capítulo 131 - Jongin
Capítulo 132 - Jongin
Capítulo 133 - Kyungsoo
Epílogo: Asher/Taeoh
1o Especial: BaekSoo
2o Especial: OT12
3o Especial: A Adolescência de um Hippocampus
4o Especial: Um Natal Especial

Capítulo 113 - Kyungsoo

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"Você sabe pelo o que vale a pena lutar?

Quando não vale a pena morrer?

Isso te deixa sem ar?

E você se sente sufocando?

A dor supera o orgulho?

E você procura por um lugar para se esconder?

Alguém partiu o seu coração por dentro?

Você está em ruínas".

21 Guns, Green Day.

Fonte: Desconhecida.




Eu já enfrentei todo tipo de pessoas ruins ao longo da minha vida. Tenho que confessar que alguns me fizeram sentir medo e mesmo assim, eu os enfrentei. No entanto, conheci um cara a quem eu jamais gostaria de ter como inimigo.

Chen.

Eu respeitava demais esse canalha medroso porque eu sabia que ele era capaz de derrubar a metade do planeta apenas com seus dedos.

Chen havia me enviado alguns registros de nascimento onde Baekhyun afirmou ser o médico encarregado pelo parto, e Chanyeol o médico responsável pelo registro de óbito de uma falsa mãe. Oficialmente, o meu filho era meu. Só tinha um problema: o menino havia sido registrado como Do Tae Oh. Maldito Chen. Ele "por acaso confundiu os sobrenomes" na hora de fazer os papéis, mas não, eu não ia acreditar nisso. Estou convencido de que ele fez isso desse jeito como protesto por eu me empenhar em afastar Taeoh de Jongin.

Tudo bem, eu poderia suportar que o meu filho carregasse esse nome horrível porque, pelo menos, ele teria o meu sobrenome e estava comigo. Nem sequer reclamei de nada com Chen, ele tinha me dado uma dedada com as suas habilidades em informática; nós dois sabíamos e não tinha nada a se fazer. Eu o devia muito, e esse filho da puta queria pôr qualquer nome em Asher, não me restava outra opção a não ser ficar calado.

Boa jogada, bastardo infeliz.

Depois de jantar, dei banho em Asher e procurei um pijama para vesti-lo. Baek e Chanyeol tinham trazido uma caixa cheia de roupas e demais artigos para Asher já que eu não tinha nada para criança em casa. Com certeza, eles tinham gastado muito dinheiro nisso. Agradeci muito.

Asher tinha deixado de ser um bebê: seu corpo era maior e pesado, sua voz mais rouca, e ele tinha mais força em seus bracinhos. Seu jeito de ser também era muito diferente do que eu lembrava. Era como se o seu físico tivesse crescido ao mesmo tempo em que o seu psicológico retrocedeu.

Onde ele já tinha dominado o controle dos seus esfíncteres, agora, Taeoh se urinava e defecava sem avisar, como há tanto tempo não fazia. Ele tinha voltado a chupar dedo e pedia mamadeira sem pronunciar direito. Nessa etapa da sua vida, ele já deveria ser capaz de falar do jeito certo.

Percebi que ele não gostava de ficar sozinho, mas, ao mesmo tempo, não se sentia confortável quando havia muitas pessoas em casa. Havia vezes em que Taeoh falava bastante, mas havia vezes nas quais eu não conseguia fazer com que ele me dirigisse a palavra: Taeoh entrava numa espécie de mutismo do qual ninguém era capaz de tirá-lo. E quando dormia, tinha pesadelos, dizia que ouvia fantasmas.

Nessa noite, consegui fazer com que ele falasse um pouco mais e perguntei o que fazia na sua antiga casa.

Atitia televisão do berço — respondeu com simplicidade enquanto brincava desordenando um cubo de Rubik.

— Muito bem. O quê mais?

— Comia no berço — disse antes de espirrar, de um jeito que me foi adorável. Até essas coisas tornavam uma benção tê-lo de volta em casa.

— Hummm, o quê mais? — interroguei enquanto limpava o seu nariz.

— Nada.

— Você passava o tempo todo no berço — ele assentiu, mas em seguida, pareceu se retratar.

— Às vezes, os doutoles me fulavam aqui — apontou para os seus braços fazendo beicinho. Isso me confirmava que sim, investigaram sobre ele.

— Bateram em você alguma vez?

Nhão — olhou em meu olhos pela primeira vez. — O fofô bligava comigo...

— O vovô?

— Sim, quando eu não me compotava bem — voltou a espirrar. Talvez Taeoh estivesse começando a se resfriar.

— O que você fazia? — ele deu de ombros e eu acariciei sua cabeça. — Bebê, você nem sequer sabia o que fazia de errado...

— Eu gostava do tio que lia para mim e às vezes brincava comigo e cantava para mim...

— Você nunca mais vai vê-lo.

Talvez tenha sido um erro dizer isso de um jeito tão contundente, porque Taeoh imediatamente começou a chorar, e quando eu quis me aproximar para consolá-lo, ele protestou.

Nhão! Eu quelo ir agora! Quelo voltar pla minha casa! Te odeio!

Foi inútil tentar conversar com ele, e a verdade, é que eu tampouco sou a pessoa mais paciente do mundo, portanto, o carreguei, saí do quarto e fui até onde Hye Sung assistia TV e deixei Taeoh sentado ao seu lado enquanto eu saía para fumar.

Eu tinha fumado demais durante a minha fase de caça e agora eu estava muito viciado em nicotina; porém, por estar com Asher eu não havia consumido nada durante o dia todo, e isso somado ao meu estresse estava me causando ansiedade demais. Eu não podia lidar com o meu filho pedindo para voltar para um luar que ele conhecia, para aquela caverna de lobos...

— O que aconteceu? — meu padrasto perguntou ao ver que Asher chorava sem parar.

— Ele disse que quer voltar! — reclamei do lado de fora ao mesmo tempo em que acendia um cigarro. — Ele está louco! Não vai voltar para lugar nenhum!

— Ele é um menino assustado, você não pode tratá-lo assim — me aconselhou.

O menino desceu do sofá e se jogou em meus braços enquanto ainda chorava — o olhei de cima, que apesar de não ser muito alto, para Asher poderia parecer o contrário.

— Você quer voltar ou quer ficar comigo? — o menino se sentou no chão chorando ainda mais, eu o carreguei imediatamente. — Não chore, Asher. Olha, olha ali. — Apontei para o céu. — Você gosta das estrelas? Elas são lindas... Quando você crescer, eu vou te levar para acampar e nós olharemos as estrelas. Você gosta disso? — Dei outra tragada em meu cigarro, e ele começou a se acalmar enquanto esfregava um olho com o dorso de sua mão.

— Onde?

— Para a praia ou montanha, onde você quiser. Iremos para os dois lugares se você quiser.. O que me diz? Você quer ir? — ele assentiu antes de começar a tossir. Dei uma última tragada em meu cigarro antes de apagá-lo contra a sola do meu sapato. Pensei em jogar o filtro por aí, mas como Asher estava me vendo, o levei até uma lixeira e em seguida, entramos.

Hye Sung se interessou pelo porquê de o menino continuar tossindo e me brigou por fumar na frente dele. Acabei carregando-o até que finalmente acabou dormindo em meus braços e eu pude deitá-lo. Então recebemos a visita de Baekhyun que me pediu para sair do quarto para conversarmos na cozinha com Chanyeol e Hye Sung como testemunhas.

— Vou te dizer só uma vez, Soo: Luhan é inocente e eu não vou permitir que você volte a machucá-lo. Se você se aproximar dele, eu vou te denunciar a polícia, vou dizer tudo, entendeu? Apresentarei provas...

— Ou seja, ele não está morto — me inteirei. Eu não tinha terminado com ele, porque a verdade, é que Luhan pouco me interessava. O que fiz com ele, foi por causa de um momento de ira depois daquele velório; agora, todas as minhas forças estavam sobre o meu filho. Eu queria deixar as minhas vinganças para trás. Luhan não me interessava mais, mas se ele estava vivo e fosse me denunciar... Talvez eu devesse fazer algo.

— E não vai estar! Me ouviu? Você o feriu demais, Kyungsoo. No que você se transformou?

— De que lado você está, Baekhyun?

— Do seu. Eu não quero que você perca Asher de novo por causa da sua estupidez.

— Eu não fiz nada que Luhan não merecesse.

— Ele é mais uma vítima, assim como Jongin.

— Não volte a pronunciar esse nome nessa casa.

— A casa é minha e você não pode me proibir disso. Eu falo sério, Kyung. Você não vai tocar em Luhan de novo, e pode ir pensando em como vai fazer para Asher ter contato com o seu pai porque...

— EU SOU O PAI DELE! — o interrompi irado. — EU!

— Você não é o único pai dele.

— Ele não vai o ver mais, entendeu? Não importa o que você pensa — fiquei de pé na frente dele. — O que você vai fazer a respeito disso, hein? Você não pode fazer nada, Baekhyun, porque a decisão é minha, e não sua.

— Eu disse que vou te denunciar se você tocar em Luhan — me advertiu num tom sombrio. Porém, eu podia vê-lo hesitar; ele estava tremendo.

— Você nem sequer pode me ameaçar, como poderia me denunciar? — zombei.

— Eu o apoiaria — Chanyeol acrescentou. — Se Baekhyun quer te entregar, eu serei testemunha e Jongin também. Você estará perdido sim. Mesmo que não acreditem em nós no começo, vão ter que iniciar uma investigação. Eu tenho um amigo na polícia, esqueceu?

— Porque você está se metendo, drogadinho de merda? Por acaso agora você faz tudo o que Baekhyun manda pra poder transar com ele?

Baekhyun deu um passo à frente e me deu uma bofetada. Eu estava disposto a devolver, mas Chanyeol se meteu no meio.

— Calma, Kyungsoo — disse num tom tranquilo. — Você pode pensar o que quiser de mim, não me interessa, mas você precisa saber que Luhan não tinha ideia de que Eric era Jeong Hyuk... assim como Jongin. E eu não vou permitir que você machuque Baekhyun por tentar abrir os seus olhos.

— VOCÊS NÃO ENTENDEM! — gritei.

— Eu só sei que você já passou por muito e que chegou a hora de você se acalmar. Relaxa.

De algum jeito, entendi que esse idiota tinha razão.

— Promete pra mim que você não vai tocar em Luhan — Baekhyun guinchou por trás dele. O encarei com ódio e Chanyeol voltou a interceder.

— Você não viu o seu irmão suplicar a Luhan que ele não te denunciasse para você não se afastar da sua família, Kyungsoo. Você está irritado com as pessoas erradas.

— O que você fez, Kyungsoo? — meu padrasto perguntou.

— Está bem — ergui minhas mãos em sinal de rendição diante de tal pressão. — Se o que querem é que eu deixe esse bastardo com vida, vocês conseguiram. Eu não vou mais atrás dele. Deixarei vocês serem amiguinhos. Felizes?

— Não completamente — acrescentou Hye Sung. — Já que estamos falando sobre Jongin também, eu posso aceitar que você não queira que ele veja o menino. Se você pergunta, eu não estou de acordo com essa decisão, mas como eu vi a traição tão de perto, eu não vou te pressionar... Você saberá o que fazer, é seu filho. Porém, eu tenho que voltar para o meu trabalho e não posso te sustentar, Kyungsoo, nem ao Asher. Ele parece doente e está crescendo. Ele precisa de remédios, mais roupa, comida... coisas que eu não posso pagar totalmente. Você tem que resolver como vai trabalhar e cuidar dele ao mesmo tempo. Eu posso ajudar pelas tardes. Posso pegar um horário que seja dar aulas só de manhã mesmo que isso implique na diminuição do meu salário, o resto é seu problema — disse antes de dar meia volta e ir preparar um pouco de café.

—Talvez Jongin... — insistiu Baek.

— Quer calar a boca?! Eu não estou convencido de que ele não sabia de tudo isso. Ele me chamava de "Hippocampus". Você sabe qual era o nome dessa maldita pesquisa? "Projeto Haema", Baekhyun... além disso, estourei os miolos do pai dele diante dos seus olhos. Como eu poderia confiar o meu filho sem temer uma represália? O que acontece se ele decidir que eu estou louco e rouba Asher mais uma vez para afastá-lo de mim? Quando me torturaram, Jongin acreditou que de fato, eu tinha perdido a cabeça; ele esteve a ponto de me abandonar ali e ir embora com Asher. Então não, ouviu? Eu não vou deixar que ele o tenha. Pode me denunciar se te der a puta vontade, eu vou sentar no portão e atirar em todo aquele que tentar sequer me afastar de Asher, mesmo que essa pessoa seja você.

O vi se inclinar, dobrado sobre a sua própria barriga enquanto reclamava de alguma dor. Pensei que ele só estava assustado pelo o que eu havia dito. Eu nunca tinha falado desse jeito com meu irmão. Entendi que não era só um dos seus teatros quando Baekhyun tossiu sangue sobre a palma de sua mão.

Chanyeol se apressou para examiná-lo enquanto Baekhyun suava e reclamava de dor abdominal.

— Parece que a úlcera péptica sofreu uma ruptura. Vou levá-lo para a clínica agora mesmo — nos informou antes de carregá-lo nos braços e colocá-lo em seu carro. Não pensei antes de pegar a minha moto e ir atrás deles, inclusive cheguei primeiro, mas uns caras na entrada não me deixaram entrar.

— São da segurança particular que Sehun contratou! — Chanyeol me informou quando passou ao meu lado com meu irmão nos braços. Eu ia forçar a minha entrada, mas Baekhyun gritou para mim cheio de preocupação para que eu não causasse problemas.

— Vai para casa, por favor! Por favor! — o vi desaparecer pelo corredor e eu tive que me retirar dali derrotado e cheio de preocupação. Quando cheguei em casa, Hye Sung tentava acalmar Asher.

— Ele te ouviu ir embora e desde então está chorando — o entregou para mim. — O que aconteceu com Baekhyun?

— Não me deixaram entrar, é melhor você ir lá.

As seguintes três horas eu estive tentando baixar a temperatura de Asher. Lhe dei remédio e coloquei toalhinhas úmidas na sua testa, mas era inútil. A tosse também parecia aumentar até que ele vomitou parte do jantar. Me vi obrigado a arrumá-lo e chamar um táxi para levá-lo ao serviço público de emergência já que eu não podia entrar na clínica por culpa daquele milionário idiota.

Eu tinha meu filho envolto em um lençol, meio adormecido em meu ombro, acordando de vez em quando por causa do mal estar. Roguei internamente para que não tivesse nada de errado com os malditos papéis que Chen enviou. Não foi até depois de duas horas que uma médica chamou o nome de Taeoh que ele foi atendido. Uma vez que entrei ali, a reconheci. Como eu poderia não lembrar se era Joy Park? Tive o resultado de testes do seu útero dentro de mim.

— No que eu posso ajudar, Do Kyungsoo? — perguntou de modo arrogante.

— Seria ótimo se outro médico se encarrega.

— Ótimo, então saia daqui e espere mais duas horas.

— Não posso esperar tanto tempo, meu filho não se sente bem.

— Sou pediatra, deixe-me examinar Taeoh. Mesmo que eu não goste de você, sou profissional.

Ela tinha razão... Eu apenas a deixei o ver, mas foi difícil porque Tae não gostava de pessoas com bata branca. Eu a observei bem de perto e vi que ela se encarregou bem do meu filho. O enviou para uma zona de internamento. Disse que ele tinha sinais de bronquite.

Uma vez ali, foi uma enorme luta para realizar a oxigenoterapia que ela receitou. Asher se debatia porque se assustava com a máscara oronasal que cobria parte do seu rosto. Além disso, ele havia recebido uma via de soro em seu bracinho e a dor da mesma o mantinha desesperado. Suei muito tentando controlá-lo até que às dez da manhã do dia seguinte, ele recebeu alta. Joy pessoalmente se encarregou de voltar ao hospital só para examiná-lo. Quando ela estava assinando os papéis de saída, me atrevi a conversar com ela.

— Pensei que você trabalhava numa clínica luxuosa.

— Não desde que briguei com os meus pais. — me respondeu ao me entregar a folha de saida do meu bebê com algumas receitas médicas que eu deveria comprar. A vi colocar a caneta no bolso do seu jaleco num gesto natural.

— Muito obrigado por ter cuidado do meu filho.

— Eu só fiz o meu trabalho.

— Eu soube que você também tem uma filha... Como ela está?

— Está bem.

— Onde ela fica quando você está trabalhando?

— Com o pai dela.

— O pai dela? — isso foi estranho, pensei que esse cara nem existia. Como ela podia ter voltado com alguém assim?

— É o padrasto, Kyungsoo, não o pai biológico. Pode dizer ao seu irmão que fique tranquilo, eu mantenho uma relação sentimental com outra pessoa, e sim, essa pessoa cuida da minha filha quando eu tenho que trabalhar durante a noite. A sua curiosidade foi satisfeita?

— Me desculpe... não só por hoje, mas por aquela vez, você sabe.

— Só vai embora.

Antes de sair, me virei para olhá-la. Eu não podia ir embora sem contar para ela...

— Joy... a pessoa que levou a sua filha e tirou o seu útero... essa pessoa está morta. Se algum dia você quiser encontrar o pai biológico, você pode me ligar.

Mas eu sabia que ela não ia me ligar. Ela não ia atrás de Chanyeol, e muito menos iria atrás de um louco amor do colegial. Não sei, de repente, eu ia com a cara dessa mulher até demais.

Quando cheguei em casa, Hye Sung me disse que tinha operado o meu irmão e que agora ele estava muito melhor. Deixei o meu filho aos seu cuidados e fui procurar emprego. Dois dias depois, fui contratado como pedreiro num projeto de construção de um novo centro comercial. O aceitei no mesmo instante pois tinha um horário de oito horas, seis vezes por semana, com direito a seguro médico, o que me ajudaria a cuidar de Asher.

Eu tive que me desdobrar porque eu não podia contar com Baek e Yeol para cuidar do meu filho. O matriculei na creche mais barata da zona porque era a única que estava ao meu alcance. Além disso, só era questão de que cuidassem dele pela manhã porque Hye Sung o pegaria depois do meio-dia quando saísse do trabalho.

A vida se tornou realmente difícil quando eu tinha que acordar bem cedo para conseguir que o menino e eu estivéssemos prontos a tempo. Eu o montava na moto e o deixava na creche, onde se formava um autêntico drama porque Asher gritava e esperneava para que eu não fosse embora. Sempre, a minha última imagem dele pelas manhãs consistia em um menino chorando, agarrado às grades da creche, esticando suas mãozinhas para mim para que eu não o abandonasse.

Quando eu voltava para casa a tarde, eu o encontrava ressentido e triste. Hye Sung parecia muito cansado de estar trocando fraldas e preparando mamadeiras na sua idade. Estávamos tentando fazer Asher deixar tudo isso, mas era muito mais difícil do que quando ele tinha dois anos. O menino não respondia nada bem. Eu dedicava tudo de mim quando eu pisava em casa, e no final da noite, eu caia esgotado, mas acordava a cada certo tempo porque Asher continuava tendo uma tosse horrível que não o deixava dormir ou porque chorava por causa de algum pesadelo até que eu cantava algo doce e então, ele voltava a descansar.

Depois de poucos dias, Asher sofreu uma recaída e tivemos que passar mais uma noite na emergência onde voltei a encontrar Joy. Nesse ocasião, Asher e u saimos da ala de observação e fomos direto para creche porque ficaria tarde para eu ir trabalhar. Além disso, eu tive que fazer duas horas extras porque a obra havia atrasado, e agora trabalhávamos contra o tempo. Quando cheguei em casa, Asher estava dormindo nos braços de seu avô. O levei para o quarto e descansei também sem ter tido tempo para sequer conversar com ele. Dois dias depois, ele contraiu virose de uma das crianças da creche. E então, Hye Sung tirou dois dias para cuidar dele.

Quando recebi meu salário, entendi que tudo iria direto para os gastos médicos do menino. Eu não queria incomodar Chen emprestando dinheiro. Também não queria incomodar Baek. Depois do nosso último encontro, eu apenas tinha falado com ele por telefone para me desculpar; eu acho que isso o estressar ainda mais quando sua saúde estava delicada. De qualquer forma, ele já havia gastado muito comprando roupas e fraldas para Asher. Hye Sung não podia fazer mais por nós dois do que já fazia. Kris me visitou, cuidou de Asher durante algumas tardes, mas o menino continuava detestando ficar com pessoas de quem quase não lembrava, ele só aceitava a mim e ao seu avô.

E eu, a cada vez ficava mais exausto.

Eu tinha meu filho comigo, mas não era capaz de aproveitá-lo, eu nem sequer tinha tempo para educá-lo ou amá-lo. Eu o abandonava todo dia.

O que eu podia fazer?

Certa tarde, cheguei do trabalho um pouco mais cedo do que o habitual e não encontrei Asher em casa. Antes de entrar em pânico, Hye Sung me explicou que Baek (que já havia recebido alto da clínica) tinha o levado para brincar no parque do centro. Eu quis me unir a ele, pensei que seria um bom momento para deixar tudo em pratos limpos com meu irmão, então peguei a minha moto e dirigi até lá.

Quando me aproximei, pude reconhecer que eles não estavam sozinhos. Havia um homem aparando a bola que Asher jogava atrapalhado e que logo, corria até levantá-lo no ar, girando-o com ele. O enchia de beijos no rosto e o abraçava contra si mesmo antes de voltar a deixá-lo no chão, onde o menino corria até a bola mais uma vez.

Me escondi para ligar para o meu irmão.

— Baekhyun, quero que você traga o meu filho para casa agora mesmo. Espero que você não esteja fazendo algo realmente estúpido. Não me provoque...

— O quê? Claro que não! Estaremos aí em cinco minutos — assegurou o grande mentiroso.




Fonte: Google

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