Fuck Me [HS]

By BrunaChiarett

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Essa é a história sobre o verão que uniu a garota estragada ao garoto quebrado. Duas pessoas aparentemente d... More

f u c k . m e
I m p o r t a n t e
s i n o p s e
e p í g r a f e
1: pantera cor de rosa
1.2
2: cuidado com o que você deseja
2.2
3: você é tão capiau
3.2
3.3
4: quer que eu te mostre como montar?
4.2
5: colega de quarto
5.2
06 : regra número um
6.2
07: você gosta dele, não gosta?
7.2
08: eu não posso te beijar agora
8.2
09: quer brincar, é?
9.2
10: é mais fácil falar do que fazer
10.2
11: deixa eu te assistir
11.2
12: você quer que eu tire as suas roupas?
12.2
13: você sabe como superamos memórias dolorosas?
13.2
14: eu disse sim
14.2
15: você está indo longe demais
15.2
16: eu me importo com você
16.2
17: vamos descobrir qual gosto você tem
17.2
19: eu estou comigo
19.2
20: posso tocar em você?
20.2
21: tudo o que você precisa fazer é dizer sim
21.2
22: minha casa ou a sua?
22.2
23: sentiu a minha falta?
23.2
24: você pode me culpar?
24.2
25: sim
25.2
26: você não vale nada
26.2
27: você quer?
27.2
28: trate as pessoas com gentileza
28.2
29: tá terminando comigo?
29.2
30: ela não é uma ameaça
30.2
31: olá, Mel
31.2
32: eu gosto de garotas
32.2
33: eu não quero que você passe a me olhar de outro jeito
33.2
34: você está fugindo de mim
34.2
35: bem-vinda de volta, Melissa
36: o começo do fim
36.2
37: as malas estão prontas
37.2
38: eu te amo
38.2
39: dois corações partidos não formam um inteiro
39.2

18: sente alguma coisa além do meu gosto?

27.1K 2.8K 2.4K
By BrunaChiarett

Tem alguém aí?

✾✾✾

harry


Joguei água no rosto pela quinta vez na noite.

Não que eu precisasse disso para me manter acordado. Pensar em Melissa tendo um encontro com Zayn era o suficiente para manter meus olhos bem abertos.

Você não tem direito de se sentir assim.

Eu sabia. Eu sabia que estava sendo a droga de um cretino, mas eu simplesmente não conseguia evitar. Não era racional.

O incômodo em imaginá-la com outra pessoa, com ele, fazia a pele coçar.

Ela não era nada minha, mas ainda assim... Eu não conseguia escolher como me sentir.

E naquele momento tudo o que eu sentia era a droga de ciúmes.

Idiota.

Idiota! Por que você concordou com essa ideia?

Eu não tinha escolha, ela ia embora... E ela está certa, ela não é minha.

Idiota!

Bufei sozinho e ignorei a discussão que estava tendo comigo mesmo enquanto saía do quarto e andava pela casa escura.

Eu não precisava acender as luzes, conhecia aquelas paredes bem o suficiente depois de passar tantos anos perambulando pelos mesmos corredores.

Muitas madrugadas de insônia tinham me marcado naquela fazenda. Mas me manter acordado era melhor do que a droga dos pesadelos com o fogo.

Respirei fundo e me joguei de volta no sofá, mesmo lugar no qual tinha passado as últimas horas. Eu conseguia sentir o formato perfeito do meu peso marcado no estofado no qual fiquei enfurnado a noite toda.

Idiota!

Onde ela estava, afinal de contas?

Meus olhos estavam acompanhando o ponteiro do relógio da sala, precariamente iluminado. Eu disse que ela tinha até meia-noite para chegar antes que eu trancasse a porta, uma regra estúpida e autoritária que formei sem pensar. Mas ainda assim... Ela ia me ouvir?

10 minutos para meia-noite.

Ela não tem que ouvir merda nenhuma do que você diz, ela não é sua.

9 minutos.

Mas é a droga da sua fazenda! Sua casa, suas regras.

8 minutos.

Ela estava tão linda naquele vestido vermelho quando saiu...

7 minutos.

Seria uma pena se tivesse caído em uma poça de lama e o arruinado quando foi esperar por Zayn na porteira.

6 minutos.

Quem você quer enganar? Você não quer que ela se machuque.

5 minutos.

Você é patético.

Antes que finalmente me deixasse louco, ouvi um ruído na porta e fiquei atento, calando as vozes na minha cabeça.

Estreitei os olhos, mal piscando enquanto encarava a maçaneta.

Ouvi outro baque sobre a porta, mais forte dessa vez. Afundei as unhas no braço do sofá para me impedir de levantar, usando todo autocontrole do meu corpo.

Poucos instantes depois, ouvi o barulho do motor se afastando.

Aquele idiota tinha entrado na merda da minha fazenda e eu estava muito ocupado discutindo comigo mesmo para notar.

O que você queria? Que ele deixasse ela andar sozinha no meio da noite para cá?

Eu não sabia como me sentir sobre aquilo, mas também não tive muito tempo para descobrir. No segundo seguinte, Melissa entrou na ponta dos pés, visivelmente fazendo esforço para se manter silenciosa enquanto fechava a porta atrás de si.

Balancei a cabeça para mim mesmo, assistindo-a se esgueirar no escuro com o maior esforço possível para não fazer barulho, sem se dar conta da minha presença.

No instante em que acendi o abajur, ela pulou.

Melissa se virou de uma só vez na minha direção, com olhos arregalados e boca aberta.

— Você tinha cinco minutos – pontuei, perguntando-me se parecia tão patético quanto me sentia.

— Minha nossa! – arfou, levando a mão ao peito para se recuperar do susto.

— Estou falando sério! Se tivesse dado meia-noite, eu teria trancado a porta, Melissa.

Eu me levantei e a encarei nos olhos, sem me dar ao trabalho de esconder meu descontentamento com aquela situação ridícula.

Mas Mel fugiu do meu olhar, fitando os próprios pés.

— Tanto faz, Harry... – resmungou, dando meia-volta para ir para o quarto.

Quando comecei a segui-la, ela apertou os passos.

— Ei – segurei seu braço, impedindo-a de continuar. — O que há com você?

— Só estou cansada, me deixa ir – torceu o pulso e se livrou do meu toque, incomodada.

O que era aquilo? Tinha acontecido alguma coisa? O que Zayn disse a ela?

Ergui seu queixo com ponta dos meus dedos, procurando por respostas nos seus olhos. Melissa apertou os lábios, mas não baixou a cabeça dessa vez. Permitiu que eu a estudasse o quanto quisesse até finalmente entender o que estava errado.

Seus lábios estavam vermelhos e inchados, exatamente como ficavam quando eu os beijava.

— Ele beijou você? – eu me ouvi perguntar desnecessariamente, a resposta estava bem à minha frente.

Mel respirou fundo e afastou a minha mão do seu rosto, desviando o olhar.

— Por favor, olha para mim – pedi, soando mais calmo do que eu me sentia. — Ele beijou você?

Ela franziu a testa, parecendo confusa com meu tom neutro. Eu também estava surpreso com a tranquilidade inédita, mas não conseguia explicar o que estava sentindo. Estava apenas... Calmo.

Após analisar cuidadosamente os meus traços, Melissa assentiu brevemente, confirmando o que eu já sabia.

— Eu não fiz nada de errado. Você sabe disso, não sabe? – perguntou quando me ouviu suspirar, frustrado.

Olhei para ela e dei alguns passos em sua direção, fazendo-a se encurralar na parede. Ela olhou para cima e me encarou por baixo de seus longos cílios, sem entender minha atitude quando envolvi seu rosto em minhas mãos.

— É, eu sei – soprei antes de tomar seus lábios com os meus.

Aquele beijo foi diferente de todos que tivemos até então. Começou bem calculado, mas não demorou muito até que eu me perdesse completamente nela. Era sempre assim com Melissa, ela não me dava outra escolha a não ser me afogar em seu gosto.

Beijei sua boca sem pressa, minha língua correndo contra a dela de forma lenta e intensa. Ela parecia hesitante a princípio, mas logo se desmanchou nos meus braços, suas mãos envolvendo meu pescoço em um gesto automático. Parecia que ela não tinha escolha também.

Só entendi o que eu queria quando já estava fazendo.

Eu queria beijar a sua boca até que ela entendesse que não teria aquilo com mais ninguém.

Era diferente, éramos nós dois.

Parte mim – a que não era ciumenta e possessiva – entendia o que Melissa estava fazendo com Zayn. Ela só queria viver o que eu já tinha vivido.

Eu já tinha beijado e tido garotas o suficiente para entender que aquilo era diferente, que era Melissa que eu queria.

Mas para ela tudo era muito novo. Ela era inexperiente e curiosa. E eu sabia que a nossa intensidade a assustava.

Eu sabia disso porque estava assustado também. Tanto que não conseguia evitar ser um idiota às vezes, perdido nos meus próprios sentimentos.

A minha parte racional entendia Melissa. Mas a emocional só queria beijá-la até ela se render à mim.

Mordisquei seu lábio inferior enquanto descia as mãos para seus ombros e arrastava o blazer que claramente não era dela por seus braços, livrando-a daquela maldita peça de roupa.

Melissa ofegou na minha boca e abriu olhos de forma sonolenta quando me afastei.

Passei a língua nos lábios, buscando guardar seu sabor comigo por mais tempo.

Esfreguei o nariz no dela e perguntei por baixo da respiração.

— Sente alguma coisa além do meu gosto?

Ela piscou, parecendo se perguntar se tinha ouvido certo.

Ainda estava aérea quando balançou a cabeça negativamente, me dando a resposta que eu queria.

— Bom – fiquei satisfeito, puxando fortemente o cheiro dela uma última vez antes de me afastar completamente. — Boa noite, Mel – joguei o blazer no ombro, dando as costas e indo para o nosso quarto.

Eu podia dormir tranquilo agora, Melissa estava em casa.

✾✾✾

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