Pior é a hora de ir embora e se despedir dos meus meninos, mas não pensem que eu vou dar sumiço não, vou estar sempre por perto e mesmo de longe tô palmeando tudo!
Dei um beijo no meu filho e puxei sua orelha.
Mayane: Tô de olho no senhor, se cuida!
E Serafim eu nem dei muita confiança, tô pê da vida com ele ainda pelo o que ele fez, achei uma puta sacanagem.
Fui embora para a minha casinha, eu já estou com saudade daqui e agora o que tiver que ser será, o que for de acontecer que aconteça logo de uma vez, que eu não quero sofrer por nada mais. Quero que essa paz fique para sempre na minha vida!
Gratifull! 💫
Cheguei em casa com Clarisse, já pondo tudo em seu devido lugar, Vitória manteu a casa arrumadinha, dividir casa com gente caprichosa é outra coisa.
Vitória: Tia, tô saindo com um menino aí... -contou- Conheci...
Mayane: De onde ele é?
Vitoria: Perto de uma loja que eu modelo, em Bonsucesso.
Mayane: Humm, tem que ver se ele é direito né Vitória.
Vitória: Ai tia, deve ser sim.
Mayane: Pelo amor, não me venha com vagabundo, já num basta eu ter sido crucificada lá em casa.
Tenho maior medo da minha sobrinha se envolver com esses tralhas, a culpa vai ser toda minha e com razão, vou me sentir amargamente culpada. Não desejo para ninguém a vida que eu já levei, mesmo que eu ainda leve, hoje em dia é mais fácil de manusear, mas antes, consolo era só chorar na cama quente; muito menos membro da minha família, não desejo para ninguém!
Segunda amanheceu chuvosa, bateu uma preguiça fodida de ir nas lojas. Coloquei a Clarisse para a escola e fui junto, muda-la de turno, ela não está se adaptando com esse pessoal e disse que tem meninas implicando com ela. Sempre assim, ela é a nojenta e nariz em pé da classe.
Mayane: Me mostra quem são, ouviu? -Falo antes de sair do carro.
Abri o guarda chuva e fomos caminhamos até o pátio, tive que esperar o sinal bater que quase ninguém tinha chegado ainda.
Não gosto dessas coisas, principalmente com a minha filha, eu boto a cara mesmo, vergonha é tu deixar o filho largado sem saber o que acontece na escola, não vejo problema algum a mãe ir na escola. Clarisse me mostrou uma das meninas e eu fui falar com o responsável dela.
Mayane: Bom dia! Peço que sua filha e o grupinho dela deixe a minha filha quieta e pare de implicar com ela - já chego falando- Que se existe algum problema que ele seja resolvido logo, que escola é para estudar e não fazer inimizades. -Falo sendo direta; a mulher chacoalhou a garota ali mesmo, na frente de geral.
— Desculpa, eu vou resolver esse problema agora.
Fez igual a minha mãe na época, eu penava na escola, ainda mais depois da quarta série, que eu me transformei numa diabinha, mas eu fechava com todos. Fui na secretaria e pedi a transferência para o turno da tarde, vai ser até melhor para gente.
Parti para a loja e fiquei a manhã inteira resolvendo pendências.