Hoje faz três dias que estou aqui no hospital, três dias de sustos, noites mal dormida numa poltrona, coluna ferrada... E meu filho bom, pronto para ir para casa, pela fé!
Assinei a alta dele e era só isso que nos faltava, tiveram que ser dois homens para levar ele até o carro, me sentei no banco de trás com ele, toda contente.
Mayane: Tem certeza que você não quer ficar lá em casa? Lá eu posso cuidar melhor de você, na sua casa não tem uma mulher Cleyton... É distante para mim
Cleyton: Lá em casa é melhor para mim. -responde.
Logo que chegamos Serafim, carregou ele sozinho e o sentou no sofá.
Serafim: Agora está tranquilo né?! Já fez a merda, está aí fodidão. -Falou brigando mesmo
Mayane: Deixa o garoto quieto, já chega! -Digo me intrometendo; não gosto até porque ele tem razão e além do mais é o pai, mas agora não!
Vanda: Isso mesmo, pode deixando o garoto em paz, já aconteceu e eu espero que ele tenha apreendido.
Serafim: Quero ver se aprendeu mesmo, não quis abraçar o papo e evitar né, não aprendeu por bem então foi por mal né!?
Serafim ficou implicando com o garoto embora ele esteja certo, não era o momento, já está tudo bem e não há necessidade em falar disso que o pior já aconteceu, tentamos evitar, mas a teimosia não deixou.
Dona Vanda preparou várias comidinhas maravilhosa e eu comi bem mesmo, que naquele hospital eu comia muito mal, não por ser ruim de sabor e sim na mistura e na quantidade, eu chega estava triste.
Ficamos conversando para distrair um pouco a cabeça, meu celular despertou alarme do remédio, dei ao Cleyton. E no fim da tarde eu resolvi ir embora. Meu corpo precisava de um banho gostoso, uma cama para deitar e ver a minha filhota também. Fui até o Serafim que estava fumando cigarro na varanda.
Mayane: E aí Serafim, como vai ficar a situação do nosso filho?
Serafim: Por mim ele ficava lá na sua casa.
Mayane: Concordo, mas ele não quer, o melhor conforto para ele é a casa dele!
Serafim: Tranquilo então pô, vou dar um jeito.
Mayane: Então vê logo porque é o meu filho e não uma outra pendência su qualquer não. -Falei mesmo, ele sequer se importou.
Terminei de tomar o suco de cupuaçu que tinha em meu copo e fui falar com o Cleyton.
Mayane: Vou embora e qualquer coisa me liga que eu volto.
Cleyton: Pô mãe, queria te pedir se não fosse muito, a senhora ficar aqui comigo... -pediu todo amorosinho, aff me derreto toda; é minha vida esse meus filhos- Pode trazer a Clarisse e a Vitória se a senhora quiser, mas fica aqui comigo.
Mayane: Ai meu filho, o que eu não faço por você hein? -Digo emocionada mesmo- Difícil vai ser conviver com seu pai, mas por você faço e aturo qualquer coisa, eu vou ficar contigo até pelo menos você se levantar sozinho, conseguir usar os braços.
Cleyton: Tá bom mãezona, obrigada! Eu te amo e desculpas.
Acho que eu não iria conseguir ficar em paz com meu filho na mão de qualquer um, dona Vanda a única em que eu confio vire e mexe tem seus partos para fazer, não vai poder ficar o tempo inteiro com ele... Eu vou ficar aqui só por ele. Por um filho somos capazes de fazer qualquer esforço.
O difícil vai ser estar com Serafim todos os dias, ôh se vai! Avisei a ele e o expliquei o que foi resolvido.
Serafim: Precisava nem falar nada comigo, fica a vontade pô, é mais que justo isso.
Vanda: Isso mesmo May, ninguém melhor que você para ficar com o nosso menino.
Mayane: É, até ele ficar mais apto.
Serafim: Tranquilo pô pode trazer sua filha também para ficar aí contigo, tem problema nenhum não.
Mayane: Tudo bem, obrigada!
Fui em casa buscar umas coisas e a minha chaveirinho, a final ela também tem mãe!